Ir. M. Nilza P. da Silva – Esta pergunta desafiadora é um convite que Maria de Lourdes Angelotti Beli recebeu de uma amiga que conhecia muito bem seu medo quase invencível de viagem aérea. “Eu pensava em conhecer o primeiro Santuário do Brasil, não tinha coragem para viajar de avião, lembra ela. Quando ouviu essa pergunta da amiga, mesmo com que o “coração ficou apertado, pela Mãe eu faria essa viagem.”
Então, viajou para Santa Maria/RS, junto com um grupo liderado pela União de Mães de Schoenstatt, de 4 a 7 de agosto. A peregrinação, que foi adiada algumas vezes, devido a pandemia, tinha a intenção de agradecer pelos 70 anos da Campanha da Mãe Peregrina e os 75 anos do Ideal Nacional. Neste ano, incluiu também o Jubileu de Brilhante de fundação da Liga de Mães de Schoenstatt do Brasil e Jubileu de Pérola da fundação da União de Mães, no Brasil.
O grupo tinha pessoas de 5 estados do Brasil (SP, PR, MG, RJ e DF), visitou o local do primeiro Santuário Filial do Brasil, lugares históricos por onde o Pe José Kentenich passou em suas viagens ao Brasil, definição do Ideal Tabor como missão para o nosso país. Também conheceu e se aprofundou nos fatos históricos sobre a vida e a obra do Sr. João Luiz Pozzobon.
Tabor no Tabor de Santa Maria
“Nossa Mãe Admirável e seu divino filho, Jesus, quiseram presentear e enriquecer a nossa peregrinação com a mais bela experiência: estarmos no Santuário Tabor, no dia da solenidade litúrgica do Tabor, a 6 de agosto,” escreve Neusa Maria Rocha.
O programa da viagem constou em visitar os lugares históricos do Movimento de Schoenstatt, em Santa Maria, onde esteve o Fundador, Pe. José Kentenich e onde nasceu e viveu o servo de Deus, Diác. João Luiz Pozzobon, iniciador da Campanha da Mãe Peregrina. A caminho, o grupo passou também pelo Santuário de Schoenstatt, em Porto Alegre/RS.
“As Irmãs de Maria de Schoenstatt que coordenaram as atividades e todos que se dedicaram a atender o nosso grupo, estavam empenhados em favorecer a nossa estadia para que tivéssemos a melhor experiência na realização da nossa viagem, desde o Santuário Tabor Maria Coração da Igreja, em Porto Alegre, no Centro Mariano de Santa Maria, nos locais marcados pela presença do Sr. João como sua casa, seu túmulo, outros locais como igrejas e capelas onde ele serviu como diácono permanente, viveu e conviveu: São João de Polêsine, Faxinal do Soturno, Ribeirão – áreas de forte influência da imigração italiana. Sentimos a grande admiração e o respeito de todos aqueles de quem nos aproximamos, por sua vida e obra, além do ardor por sua missão,” descreve Neusa.
Sair das páginas de livros para a vida real
Para Gláucia V. Sadério Perazza, “a peregrinação a Santa Maria foi como sair das páginas dos livros, para enfim palpar e sentir o aroma das graças e bênçãos que ali foram depositadas pela vida do Pe. José Kentenich e seu filho espiritual João Luiz Pozzobon. Participar da peregrinação e conhecer pessoalmente o local onde o Servo de Deus nasceu e viveu é uma forma de sentir a grandeza espiritual que o envolvia. Com ele, aprendemos que o amor de Deus e de nossa Mãe devem estar acima de tudo, principalmente nas dificuldades.”
De fato, pelos depoimentos, é o encontro com a vida e a história de João Luiz Pozzobon o que mais impactou o grupo.
Encontramos com Deus
“Não tem como não se emocionar na vida de um homem simples que dedicou a sua vida pelo santuário, vida de oração, dedicação a família que é um exemplo,” relata Pe. Rafael do Carmo Azevedo, da Diocese de Bragança Paulista, que acompanhou o grupo. Ele diz que lhe veio à mente o lema beneditino: “Ora et Labora”. Por exemplo: “Sabemos da utilidade de uma enxada, mas dificilmente imaginamos que ela pode ser um instrumento de oração.
João Pozzobon tinha marcado no cabo da enxada os mistérios do terço. Enquanto trabalhava, rezava. Ele é um grande missionário mariano, que levou a imagem da Mãe e Rainha nas escolas, incentivando as pessoas a buscar o Santuário. Criou as ermidas: um lugar simples, com a imagem de Maria, para rezar.
Confiante, ele seguiu nos passos de Nossa Senhora, em suas viagens. A imagem de Mãe Peregrina viajava junto e ele comprava a passagem para a Mãe, nos dias chuvosos, não permitia que a Mãe tomasse chuva. Em visita a sua casa, aos ver objetos de sua vida e histórias contadas, sentimos uma presença transformadora no nosso interior.
Ao ver os passos do Pai e Fundador e todo o seu sofrimento, porém, a perspectiva de vencer as dificuldades no caminho de Schoenstatt, mostrando que, por meio da fé, é possível vencer o mundo.
Os lugares trazem um ensinamento de vida de palavra de presença de Deus. Na peregrinação nos passos de João Luiz Pozzobon e do Pai Fundador, encontramos com Deus e nos santificamos com o exemplo de homens que rezam, que confiam e possibilitam, pela oração, viver com Maria na santidade do Evangelho. Que os Servos de Deus João Pozzobon e Pe. José Kentenich intercedam a Deus por nós e nos guiem nos passos de Maria.”
Eles são uma carta de Deus
Eliana Soncin Alfaro diz que a peregrinação “foi um momento de renovação! Que grande benção percorrer os passos do Sr. João, passar pela história das visitas de nosso Fundador ao Brasil, senti-los muito presente em cada detalhe, em cada pontinho da história e dos locais por onde eles estiveram.
Retornamos transfigurados pelas partilhas e enriquecidas nas amizades, alimentadas de grande alegria e especialíssimas vivências com Cristo e Maria! Trazemos na mala o desejo de um dia voltar à Santa Maria”
A Carta Fraterna, escrita durante o Congresso de Pentecostes, começa com a frase de São Paulo, indicando que cada um de nós é uma carta vida do Fundador para a Igreja e o mundo. As mães e outros do grupo de peregrinos puderam ler a carta que Pozzobon era do Fundador e ao mesmo tempo a carta que o Fundador é de Deus. “Nessa peregrinação, me deparei com uma alma que viveu para se dedicar à Mãe de Deus: João Luiz Pozzobon,” conta Solange Maria de Faria Scanavachi. “Que riqueza, que história de fé e devoção! A visita nos lugares sagrados, seguindo os passos do Pe. José Kentenich me faz acreditar que o que importa é a perseverança. Estou ainda em estado de graças.”
Peregrina é ir ao encontro de Deus
Neusa Rocha lembra as palavras do Papa Bento XVI: “Peregrinar significa ir ao encontro de Deus onde Ele se manifestou, onde a graça divina se mostrou com particular esplendor e produziu abundantes frutos de conversão e santidade entre os crentes.” Renata Garbellini conclui: “Nos momentos de oração e reflexão pessoal, dentro do Santuário Tabor, senti-me especialmente tocada pela Graça Divina. Pude silenciar meus pensamentos, acalmar minhas inquietudes e desfrutar da atmosfera de tranquilidade e paz que emanava daquele santo lugar. Nosso grupo peregrino experimentou, com gratidão, a oportunidade de aprendizado e fortalecimento da fé. Foram dias de profunda sintonia e crescimento espiritual. Peçamos a Deus a graça, de assim como o Sr. João Luiz Pozzobon, ‘entender a missão’ e entregar-se inteiramente a ela. Que possamos assumir com coragem a missão que nos for confiada!”
Só tenho a agradecer a Mãe e Rainha pela graça de ter participado de um momento muito especial q foi a peregrinação ao Santuário em Santa Maria , RS .Foram momentos q já mais saíram da minha memória, momentos estes q tivemos a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas , cada uma delas com suas Histórias de vida, e de fé. Está no Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt e se fortacer.E lugar que sempre bom está. E venho por meio deste simples comentário , apesar de nao me expressar muito bem nas palavras, agradecer a mãe pelas graças alcançadas, pelas conquistas, pelas preocupações e por tudo q á vida nos oferece. Que a mãe nos fortaleça a cada dia como Custódia Viva . Obrigada minha querida Mae Rainha por está sempre ao meu lado e da minha família.Nesta peregrinação tivemos um momento muito especial entre muitos mas um deles me marcou profundamente , foi quando fomos conhecer a igreja onde João Pozzobon se batizou , fez a primeira comunhão, crisma e casou . E nela tive a benção de fazer a nenovacao do meu matrimônio Carla e Mário foi um momento de muitas graças para nós , só temos a agradecer. João Luiz Pozzobon foi um peregrino incansável ele dedicou a sua vida a levar a Mãe e Rainha às famílias, hospitais, escolas ,rezando o terço . Foi um privilégio muito grande de ter participado desta peregrinação.Muito obrigada.