Ir. M. Nilza P. da Silva – “A Celebração Jubilar significou para mim, alento, esperança, felicidade por pertencer à Schoenstatt.” Assim Roseli Fernandes, de São Paulo/SP, tenta descrever o que viveu, junto com aproximadamente 1400 senhoras da Liga de Mães de Schoenstatt, no dia 20 de agosto, junto ao Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai, em Atibaia/SP.
“O céu tocou a terra e a terra tocou o céu! – chavão tão repetido, porém o que melhor expressa a celebração do Jubileu de Brilhante, 75 anos de fundação da Liga das Mães de Schoenstatt, no Brasil,” completa Maria Rita Fanelli Vianna.
Faça-se a pequena Maria brilhante
A preparação, de cinco anos, para esta celebração foi iluminada pelo lema: Chegou a hora do teu amor! Faça-se a pequena Maria, um brilhante nas mãos do Pai!
Cada ano tinha uma motivação para que cada mãe se deixasse lapidar, na Aliança de Amor, como um pequeno brilhante. “Eu não tinha ideia, no início destes cinco anos, do que Deus tinha reservado para mim. Procurei realizar mês a mês a aspiração de cada ano! (Foram anos) de crescimento espiritual em minha vida! Aos poucos e com os estudos em grupo, a proposta de me deixar lapidar foi criando forma. Eu sentia que algo estava mudando nas minhas atitudes, tanto em relação a mim própria, como também em relação aos meus familiares e outras pessoas. Com o objetivo de me tornar um Brilhante nas Mãos do Pai, procurei educar-me de forma genuína, como esta pedra tão preciosa,” partilha Roseli.
Brilhantes no céu e na terra
Sim, quando as mães começaram a caminhada jubilar jamais tinham pensado que mais de dois anos inteiros seriam marcados pela pandemia da Covid. Ao entregar a dádiva do brilhante, elas entregam algumas amigas de grupo que não resistiram a doença, bem como a alguns de seus familiares. “Os textos de preparação para esse jubileu foram muito bem elaborados, que deram a possibilidade de viver certos momentos com ajuda deles,” diz Regina Della Manna, cujo esposo, João Carlos, está entre as milhares de vítimas fatais da pandemia. “Tive a oportunidade de falar com o João Carlos sobre o conteúdo dos encontros. Agora, “estou vivendo essa celebração sem a presença dele, que tanto amava o Santuário.” Esta imagem ao lado mostra as mães que pertenceram ao ramo e que “celebram” o jubileu no céu.
Rosária de Fatima de S. de Lima, diz: “Nesses cincos anos também aprendi a me conhecer e me auto educar. Foi muito lindo perceber que nos desafios encontramos a beleza de ser Mulher, Esposa e Mãe. Meditar a oração da Aliança de Amor foi muito importante na ʽminha lapidaçãoʼ e encontrei muitas respostas para o dia atual.”
Brilhar como Cristo
O dia jubilar reúne mães de 6 estados do Brasil: São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Goiás e Distrito Federal. Muitas viajam uma noite toda para chegar e depois mais uma noite para retornar ao seu lar. Contudo, o cansaço não diminuiu o entusiasmo.
Na parte da manhã, após a solene abertura e a entrega dos símbolos da conquista espiritual do brilhante, na Tenda dos Peregrinos, enquanto algumas mães fazem ali uma ala de guarda para a Rainha Custódia Viva, as demais acompanham Jesus Sacramentado, numa procissão até o Santuário Jubilar, realizando algumas paradas de reflexão. “Em cada uma das cinco paradas, era lembrada uma forma de lapidação; cada uma relembra as alegrias, as conquistas; também os sacrifícios, as dificuldades para se deixar lapidar nas mãos do Pai,” diz Maria Rita.
O caminho é coberto pelos tapetes confeccionados pelas mães. Maria Rita explica que a procissão “sai da Capela Custódia Viva, rumo ao Santuário, ladeado pelas dirigentes de Ramo e acompanhado por todas as demais mães, que enchem a esplanada e os jardins em torno do Santuário. Cada mãe tem um botão de rosas, para ofertar à MTA, em seu Santuário jubilar. Era um mar de rosas que se contemplava em toda a alameda. Logo após receber a rosa, a Mãe de Deus retribui, dando as rosas como seu presente pelo jubileu de brilhante, numa troca de corações.
Exatamente no momento da benção do Santíssimo Sacramento, o céu, que até então estava nublado, abre-se para deixar o sol brilhar. Sim, brilhar como só Cristo pode brilhar e dar a verdadeira luz aos ‘brilhantes’. Foi também uma benção, poder receber a indulgência plenária pelo Jubileu de Ouro do Santuário de Atibaia.”
Brilhantes para a Rainha
A tarde jubilar começa com a celebração da entrega de 5 pedras que brilham na moldura da imagem da Rainha Custódia Viva. É um momento de oração, cantos e de muita emoção. “Nem todas as mães conseguem cantar, pois é impossível conter as lágrimas de alegria, de emoção, de imensa gratidão,” continua Maria Rita. Regina diz que nos brilhantes faz a entrega da vida de seu esposo: “Ele era o brilhante para mim e meus filhos. Para mim, o mais marcante desse dia foi presenciar a entrada das bandeiras e das caixas com as contribuições para o capital de graças. Percebi que eu fiz esta escolha (pelo ideal da Liga de Mães) e me senti plena. A escolha por Schoenstatt me faz crescer espiritualmente.”
A força feminina
As celebrações festivas terminam com a celebração eucarística, presidida pelo Pe. Marcelo Aravena, que em sua homilia fala sobre “a força feminina que completa e aperfeiçoa a ideia do Pe. José Kentenich, fundador deste movimento de renovação da Igreja e do mundo”. Ele diz que “Maria é a terra do encontro com Nosso Senhor Jesus Cristo: o mistério maravilhoso de ser mulher como Maria é produzir encontro, pois a mãe tem a vocação de unir, de gerar vida, de levar uns aos outros a um encontro de amor. É a mãe que une na família, é o princípio de comunhão na casa, é ela que faz o lar”. E convida a “contemplar sempre o exemplo de Maria, pois Ela é a nossa melhor aliada e parceira na nossa caminhada diária”, lembra Ana Lúcia Azanha. [1].
Toda a celebração foi transmitida, assim, muitas mães que não puderam viajar, participavam online. Ao terminar o dia, as alamedas e jardins do Santuário eram “iluminadas” pelo brilho de alegria na face das mães, muitas delas acompanhadas pelo esposo que quis vivenciar o coroamento da aspiração de sua esposa.
“Foram momentos de Tabor! O desejo era construir tendas e ali permanecer. Mas, a missão da mãe schoenstattiana é descer do Tabor e levar seu brilho para a sociedade. Levar a irradiação de ser brilhante, para que o mundo se torne Tabor, onde Cristo e a Rainha Custódia Viva vivam, vençam e triunfam,” finaliza Maria Rita.
Veja mais fotos
Veja a transmissão pelo YouTube Manhã Tarde
Fotos: Ana Lúcia Azanha e Ir. M. Nilza P. da Silva
[1] Liga das Mães de Araraquara
Fico muito feliz, por fazer parte dessa história. Sou da liga das mães do Jaraguá, São Paulo. Estive presente nesse dia e foi tudo muito lindo. Um abraço para todas as mães e dirigentes.
Foi mesmo uma alegria, encontro cheio de paz e esperança. Gratidão foi o que eu sentia em todos os momentos vividos na festa dos 75 anos da Liga das Mães no movimento apostólico de Shoenstatt no Brasil. Mas também teve a comemoração dos 50 anos do Santuário Tabor da Permanente Presença do Pai em Atibaia SP. Foram momentos que certamente ficarão gravados no meu coração ❤. Agradeço à todos que de uma maneira ou outra se esforçaram para que tudo a comemoração acontecesse e todos que lá estavam brilharam como brilhantes.