Todos os dias podemos ler na imprensa: a Igreja fracassou. Todos os dias podemos escutar centenas de vezes: a Igreja não tem o direito de interferir na minha vida pessoal. Ondas de criticas levantam-se fora e também dentro da própria Igreja. É tão fácil criticar tudo e julgar mal, quando já se está predisposto negativamente! Mas também é sinal de imaturidade apontar as faltas e omissões da Igreja, generalizando-as e, por outro lado, calar tudo o que poderia atingir-nos pessoalmente.
CONTEMPLEMOS O FUNDADOR DE SCHOENSTATT
Olhemos a sua imagem por uns momentos, em silêncio…
Ele está em pé, diante do Santo Padre, respeitoso e humilde. Segura na mão um presente, um cálice para a nova Igreja «Mater Ecclesiae». O Papa Paulo VI lê a sua breve alocução e, de tempos em tempos, olha para o seu interlocutor que acaba de regressar de um exílio de 14 anos, imposto pela própria Igreja.
Agradece ao Padre Kentenich a sua fidelidade e expressa o desejo de que a Obra de Schoenstatt cresça, se desenvolva e se torne uma bênção para a santa Igreja.
Padre Kentenich sempre considerou o trabalho ao serviço de sua fundação como uma contribuição para o bem da Igreja: Schoenstatt na sua totalidade, cada ramo da Família e cada filho de Schoenstatt, é uma célula viva no organismo do Corpo Místico, intimamente ligada a Cristo, participando da sua plenitude, mas também pronta a santificar-se nele e a sacrificar-se com Ele para que todo o Corpo seja fortalecido e cada um de seus membros amadureça e atinja a idade adulta de Cristo.
Para a realização deste fim ele consagrou todas as forças de sua vida. Naturalmente, também via os erros que se cometeram no passado e os do presente. Estes, porém, não se tornaram motivo de escândalo ou de rejeição para ele, mas sim, num apelo para realizar uma tarefa.
O verdadeiro amor permanece fiel mesmo nas grandes desilusões.
Também ele sofreu muitas desilusões na Igreja, mas continuou construindo, construindo sempre, não obstáculos, mas sim pontes, pontes que conduzem à nova margem.
O Pai da Cristandade e o Pai da Família de Schoenstatt!
Apenas pode ser pai aquele que se comprovou como filho. Aqui, o Padre Kentenich está como filho da Mãe Igreja diante do Pai da Cristandade. Este agradece a sua fidelidade. Novamente, depois de ter provado ser um filho fiel, o Padre Kentenich assume com plena responsabilidade a sua missão de empenhar-se como Pai da Família de Schoenstatt: Schoenstatt para a Igreja, a Igreja para o mundo e o mundo para o Deus Trino.
Reflexão: Sei comprovar o meu amor à Igreja por minha fidelidade a ela?
REZEMOS COM O PADRE KENTENICH
Senhor Jesus Cristo, Cabeça invisível da santa Igreja, não permitas que eu a contemple separada de ti. Concede-me saber sofrer, sempre que descubro seus erros e fraquezas ou outros me mamam à atenção para eles. Dá-me coragem para empenhar-me na vida profissional e social pela Igreja, pela qual tu te fizeste homem e te ofereceste em holocausto. Ajuda-me, para que, a cada critica que desejaria pronunciar, me pergunte em quê eu falhei para que a tua Igreja hoje não seja mais atraente. Peço-te pelos teólogos, para que não procurem explicar tudo, mas se entreguem com fé à atuação da tua graça. Dá-nos a tua benção e concede-nos o que esperas de nós. Amém.
Mãe, fortalece a minha fé!
Fonte: Ousadia na Fé (novena)