Júlio e Jane Machado*- Fritz Kühr foi separado de sua esposa, Helene, preso no campo de concentração de Dachau, na Alemanha, durante a II Guerra Mundial. A fundação do Instituto de Famílias, completando a obra familiar, se deu nesse momento, com a condução do Pe. Kentenich, que também permanecia preso no mesmo local.
Helene veio ao Brasil, conhecer as terras que o casal adquirira em Rolândia/PR, quando soube da invasão das tropas alemãs em Viena, na Áustria, onde viviam e não pode mais retornar ao país. Eles estiveram separados pela guerra por quase 10 anos.
Mas, o amor entre Fritz e Helene se tornou ainda mais forte, preanunciando as palavras do Papa Francisco, na exortação “A alegria do amor”, quando afirma:
“A alegria (do amor matrimonial) renova-se no sofrimento. Como dizia Santo Agostinho, ‘quanto mais grave for o perigo no combate, tanto maior é o gozo no triunfo. Depois de ter sofrido e lutado unidos, os cônjuges podem experimentar que valeu a pena, porque conseguiram algo de bom, aprenderam alguma coisa juntos ou podem apreciar melhor o que têm. Poucas alegrias humanas são tão profundas e festivas como quando duas pessoas que se amam conquistaram, conjuntamente, algo que lhes custou um grande esforço compartilhado” (130).
Esse amor e essa entrega ficaram evidenciadas, como uma graça de unidade que Deus concedeu ao casal Kühr, já falecidos e enterrados um longe do outro, foram novamente unidos, quando o Instituto de Famílias promoveu um ato religioso para juntar os restos mortais de Helene ao de seu esposo, no Monumento dos Heróis, ao lado do Santuário da Mãe Três Vezes Admirável, em Londrina/PR. Nesse momento, presenciamos um sinal sensível: milhares de pássaros, nesse exato momento, apareceram voando e revoando por um longo tempo sobre esse lugar, como se isso tivesse sido programado, por quem organizou o ato. Entendemos que esses pássaros foram um aceno do Bom Deus coroando de alegria a cerimônia.
* Júlio e Jane pertencem ao Instituto de Famílias de Schoenstatt, no Brasil