Ariel Stival* – Com as mãos postas em oração e um sorriso delicado, Nossa Senhora Aparecida acolhe todas as pessoas que recorrem a Ela – ricos, pobres, autoridades, pessoas humildes, brancos, negros, pecadores, santos – seja diante de seu Nicho no Santuário Nacional de Aparecida, ou em igrejas, capelas, oratórios e até em suas casas.
O Papa Francisco pede ao povo brasileiro que tenha a Mãe Aparecida em seus corações. “Que cada um de vocês a encontre em seu coração, assim como os pescadores a encontraram no rio. Busquem nas águas de seus corações e a encontrarão, porque Ela é mãe”.
A Mãe que a todos acolhe, acalenta e conduz
Nossa Senhora na Igreja é Aquela que nos acolhe, nos ama, nos acalenta, mas que principalmente nos aponta Jesus e nos pede para fazer aquilo que Ele nos disser. Por meio da oração e do acolhimento da vontade de Deus, Maria nos direciona à Jesus.
Há mais de 300 anos, podemos contar com a presença materna de Nossa Senhora Aparecida na vida do povo brasileiro. De tamanho pequeno e de cor negra, pela ação do tempo e da Providência Divina, a imagem de Aparecida une a nação brasileira em torno de uma devoção que surgiu para dar visibilidade para o pobre, negro e para quem precisa de libertação. Mas como Mãe, Nossa Senhora Aparecida acolhe todos que chegam a ela, sem nenhuma distinção.
Ela nos convoca a sermos solidários
Contemplá-la ou rezar diante dela é uma convocação a sermos solidários com os pequenos, pobres e necessitados de nosso país. Uma solidariedade que nos leva à defesa dos direitos fundamentais da sociedade, à prática da caridade evangélica e da promoção humana, à denúncia da cultura de morte que gera um mundo ferido.
Outra mensagem fundamental é a importância de vivermos a humildade e a simplicidade no coração, superando o orgulho, a soberba, a arrogância, a ganância dos bens. Devemos aprender ainda a acolher cada pessoa como irmão e irmã, respeitando as diferenças, praticando a tolerância e construindo a comunhão e a unidade.
Sim, a história da Mãe Aparecida está profundamente entrelaçada com a nossa realidade brasileira. Nossa Senhora Aparecida recorda a proteção da Virgem Maria, sua presença materna e consoladora.
Seu coração é Santuário
É por causa desse coração materno, que abraça a todos, sem distinção, que ela se estabeleceu em Schoenstatt e partiu dali para todos os povos, estendendo seus Santuários Filiais pelos continentes. Mais do que isso, para colocar-se no lugar de cada um, viver a sua realidade, e poder servir sem se impor, que Ela se adequa a uma simples Imagem Peregrina e, dessa forma, vai ao encontro de seus filhos de todas as classes sociais, de todas as raças e de todas as culturas. Ela entra nos palácios e nos casebres, nos hospitais e nos presídios, nas escolas e nos centros de reabilitação. Seu coração materno é santuário e lar, que acalenta a todos e os aproxima de Jesus.
Ela nos anima para o apostolado
Como batizados, recebemos do Senhor um presente, uma herança, um chamado: somos chamados a anunciar o Evangelho, nos comprometendo em nossas comunidades, em nossas paróquias, com a missão de também sermos um caminho para o encontro com Cristo. Se no batismo encontramos a coragem de ser Igreja em saída de ir e anunciar o evangelho, nossa Aliança de Amor nos fortalece e anima, pois tanto em Aparecida como em Schoenstatt, a própria Mãe nos dá um grande testemunho dessa vida apostólica.
* Ariel Stival pertence a Liga dos Homens de Schoenstatt, na cidade de Frederico Westphalen/RS