Ir. M. Neiva Pavlak/Ir. M. Nilza P. da Silva – A celebração dos 108 anos da Aliança de Amor, junto ao Santuário Tabor Maria Cor Ecclesiae, em Porto Alegre/RS, faz lembrar as palavras do Pe. José Kentenich, em 18 de outubro de 1914: “Seria obra sublime, digna do zelo e do suor dos mais nobres, se nós conseguíssemos fazer desabrochar (aqui) um ardente amor a Maria e elevada aspiração à virtude, como nunca houve.”1
Ao chegar para renovar a Aliança de Amor com a Mãe de Deus, alguns dos participantes traziam nas mãos também o seu gesto concreto de ajuda aos mais necessitados, como alimentos não perecíveis e roupas em bom estado. “Essas doações são encaminhadas para as instituições caritativas que atendem pessoas com alta vulnerabilidade social”, explica Márcia Kazumi.
As Santas Missas, às 16 e às 20 horas, reuniram cerca de 250 pessoas e foram precedidas pela reza do “terço em comum, preparando assim um clima de interioridade e de oração para a celebração da Eucaristia,” diz Ir. M. Neiva Pavlak. A primeira Santa Missa, presidida pelo Pe. Davi Dietrich, da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, tem a liturgia configurada pelas adolescentes que pertencem ao Movimento A. de Schoenstatt, as Apóstolas de Maria, com a colaboração de outros Ramos. Os participantes vieram de vários locais da região metropolitana de Porto Alegre, como Santo Antônio da Patrulha, Guaíba e das diversas paróquias de Porto Alegre.
Ir. Neiva narra que “em sua homilia o Pe. Davi destacou o fato de ser o dia da fundação de Schoenstatt e diz que o que nos atrai ao Santuário, a cada dia 18, é a confiança que a Mãe de Deus nos traz o seu Filho, para renovarmos a Aliança de Amor e ‘essa aliança é tão profunda, tão verdadeira, que ressignifica nossa vida.’ Ressalta que a aliança que o Pe. Kentenich selou em 1914 é a mesma aliança que está presente no antigo e no novo testamento, que Deus selou com a humanidade em vista de um permanente encontro com Ele.”
“Que linda é uma espiritualidade que conta com a nossa participação! O Capital de Graças é isto, é a nossa ‘palhinha’. Deus faz o resto e pede de nós aquele esforço, aquele suor, aquele empenho para o capital de graças. E as bênçãos nos vêm em troca…” afirma Pe. Davi, e continua: “Tenho feito esta experiência desde dois últimos anos, antes ainda de me tornar sacerdote. Comecei a conhecer esta espiritualidade (de Schoenstatt) e, aos poucos, ela vai nos dando uma nova forma de olhar as coisas. Quem diria? Eu já tinha passado quantos anos de seminário, mas não faz muito tempo que fui descobrir a riqueza que é esta espiritualidade. Posso dizer, como um testemunho pessoal, que a espiritualidade do Tabor, da Aliança de Amor, do Capital de Graças, transforma nossa vida. E a gente pode dizer, finalmente: ‘Nada sem vós, nada sem nós!’”
Quando chega a noite, o espaço do Santuário novamente está ocupado com famílias que trazem nas mãos sacolinhas e pacotes de amor em forma de alimentos e roupas. Assim, a Mãe de Deus tem possibilidade de abraçar de perto seus filhos mais necessitados. Às 20 horas, Pe. Juliano Kenne, da Paróquia Imaculado Coração de Maria, preside a Santa Missa, em que o coral Maria Cor Ecclesiae entoa festivamente os cantos litúrgicos.
Em sua homilia, o padre destaca os dois aspectos especiais do dia: A celebração dos 108 anos da Aliança de Amor e a festa litúrgica do Apóstolo São Lucas. Vale lembrar que as duas Missas foram oferecidas nas intenções de todos os médicos, por ser o dia a eles dedicado. Um ônibus com peregrinos da cidade de Cachoeirinha/RS, vem especialmente para esta celebração e para renovar a Aliança de Amor.
Após a santa Missa os peregrinos seguem cantando ao Santuário para renovar a Aliança de Amor, que é conduzida pelo próprio sacerdote. Segue a bênção aos objetos religiosos que as pessoas trazem consigo ou adquirem junto ao Santuário e, por fim, sobe ao céu a “fumaça branca” da queima dos bilhetinhos com oferecimentos ao Capital de Graças e pedidos filiais dirigidos à Mãe e Rainha. Ali, diante do Santuário o sacerdote dá a bênção do final da celebração Eucarística.
O casal Luíz Fernando e Ana Teresa Nicoloso, da Liga de Famílias, participam e contam que para eles, renovar a Aliança de Amor significa “a renovação do vínculo de amor com a Mãe, é um agradecimento, reafirmação, revigoramento e uma releitura detalhada dos ensinamentos e sentimentos que um dia nos uniram a ela. Um ato de confiança, entrega e certeza que ela é Mãe e educadora que orienta com segurança, para a casa de seu Filho Jesus.”
Como de costume, após as celebrações os presentes foram tomar um lanche juntos e, alimentados na alma e no corpo, partem felizes da Casa da sua Mãe e Rainha.
Fotos: Márcia Kazumi
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1 Documento de Fundação, Pe. José Kentenich