Ir M Rosequiel Fávero – Era imensa a alegria estampada nos rostos dos cerca de 150 participantes do Congresso de Outubro, realizado em Santa Maria, de 21 a 23 de outubro.
Depois de dois congressos online e preparar-se com uma novena, dirigentes e lideranças do Movimento Apostólico de Schoenstatt, do Rio Grande do Sul e Santa Catarina puderam se encontrar, presencialmente, junto ao Santuário Tabor.
À luz do Congresso de Pentecostes
A primeira noite esteve sob a luz do Congresso de Pentecostes, transmitido pelo casal Elizandra e Daniel Piccinin, da União de Famílias, que fez parte da delegação brasileira. Com o auxílio de vídeos, com o resumo de cada dia, eles apresentaram passo a passo o desenrolar do evento, salientando que “o Congresso de Pentecostes foi uma experiência de verdadeira família, unida pelo carisma e missão independente de idioma, costumes e cultura. E é este Espírito que nos move a aprofundarmos ainda mais o nosso carisma especialmente para a Causa Padre Kentenich”.
A atividade da noite foi concluída com a leitura da “Carta Fraterna”, documento conclusivo do Congresso de Pentecostes.
Ampliar o olhar…
Este é o desafio lançado por Ir. M Claudete Rauen, no início dos trabalhos da manhã de sábado. Partindo da realidade pós pandemia, ela estimulou que, como congressistas, fôssemos além do olhar reduzido, marcado por notícias tristes e pessimistas. Disse: “Que tal, se nestes dias de congresso fizéssemos este exercício: Olhar, como Família, com profundidade e não de forma superficial, olhar o outro e não demasiado a si mesmo. Olhar para descobrir oportunidades e não tanto para as dificuldades, olhar para ver o belo, o bem…. Uma boa oportunidade para isto oferece-nos o nosso lema: Família Tabor, transfigura hoje a realidade”.
Nesta perspectiva, a Irmã convidou a todos olharem para a pessoa de nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, as denúncias contra ele e a suspensão do processo para sua beatificação, e perguntar-se: O que Deus nos fala por meio desta situação? Como somos chamados a transfigurá-la?
Como aconteceu no tempo do seu exílio, quando alguns achavam que era possível aceitar o Movimento de Schoenstatt, porém, sem o Pe. Kentenich, também nos tempos atuais existe o perigo de alguém achar que a solução seja pela fórmula: “Schoenstatt sim, Kentenich não”. Ir. M. Claudete apontou outro caminho: “Deus nos chama para aprofundar o núcleo do nosso carisma: O verdadeiro significado da situação atual não reside, antes de mais, na canonização do Pai. Penso que todos estamos de acordo sobre isto. Neste novo tempo, ele deve aparecer através de nós, do nosso testemunho de vida, no quotidiano, da nossa história pessoal e familiar. Ele deve tornar-se visível e provar o seu valor nos desafios dos tempos e da vida da Igreja. Neste sentido, devemos estar atentos à providência de Deus que espera de nós resultados criativos.
A pedido dos assessores do Regional Tabor, o postulador da causa de beatificação, Pe. Eduardo Aguirre, enviou um vídeo sobre a situação atual do processo. Toda a reflexão encontrou sua conclusão num momento de adoração eucarística, ainda no auditório do Centro Mariano, quando o tema da manhã pode ser ‘rezado’ e interiorizado.
A Família quer saber!
A tarde de sábado inicia num alegre ambiente familiar, com a ‘orquestra’ do Cefasol (Centro de Referência Materno Infantil Recanto do Sol), obra social das Irmãs de Maria e apoiada pela Família de Schoenstatt de Santa Maria.
Seguiu-se, o que já se tornou tradição nos Congressos de Outubro em Santa Maria: O momento em que integrantes da Família de Schoenstatt das dioceses ou de comunidades do Movimento partilham notícias e avisos. Os schoenstattianos de Santa Cruz do Sul/RS e de Santa Catarina falaram sobre a construção dos seus Santuários, também os jubileus de 75 anos do Santuário Tabor (2023) e da Campanha da Mãe Peregrina (2025) estiveram em pauta.
Pe. Clodoaldo Kamimura, Diretor Regional, conclui este momento, estimulando os congressistas a darem sugestões de um nome para o ‘Regional Sul’, recorda os propósitos tomados no congresso (online) de 2021 e convida os representantes a partilharem suas experiências.
Na luz do Cristo Tabor
As reflexões da tarde, conduzidas pelo Pe. Clodoaldo, traz o tema a centralidade de Cristo no Tabor: O Filho amado, aquele se entregou na cruz e se transfigurou. Apresenta a simbologia da Cruz da Unidade, recorda a todos que a cruz faz parte, necessariamente, da nossa vida de intimidade com Cristo.
A seguir, estimula para que, em grupos, em sintonia com os temas da manhã e da tarde, se busque da vida do Pe. Kentenich, momentos que possam ser relacionados com a vida de Jesus. O resultado, apresentado em plenário, foi uma profunda espiritualidade e espírito de família. Trouxe paralelos entre Jesus e o Pe. Kentenich, que os próprios assessores ainda não haviam imaginado.
O dia se encerra, junto ao Santuário Tabor, numa vivência recordando os 75 anos do primeiro Santuário de Schoenstatt no Brasil. Ponto alto deste momento foi a entrega de um tijolo histórico do Santuário Tabor para as famílias de Schoenstatt de Santa Catarina e de Santa Cruz do Sul, para serem colocados nos seus Santuários.
Momento de aplicar à vida
A Santa Missa dominical, na Capela Tabor, junto com a comunidade das Irmãs de Maria, deu início à última manhã de congresso.
Neste dia, novamente sob a condução do Pe. Clodoaldo, os congressistas se agrupam por diocese, para refletir sobre como aplicar o resultado do congresso na vida da Família de Schoenstatt diocesana.
O Congresso de Outubro 2022 foi encerrado com uma peregrinação à Cruz da Unidade e ao Santuário Tabor, onde cada diocese foi novamente enviada com a Lâmpada da Missão.