Ir. Adriane Maria Andrade Barbosa e Lana de Cássia Andrade* -Todos os Santuários da Arq. de Belo Horizonte são acolhidos no coração da Mãe e Rainha, no Santuário Tabor da Liberdade, em Confins/MG.
Ela recebeu, no dia 26 de novembro, 152 filhos seus, para o VI encontro dos servidores dos Santuários da Arquidiocese: reitores, funcionários e voluntários dos Santuários Arquidiocesanos da Santíssima Eucaristia (Nossa Senhora da Boa Viagem), Nossa Senhora dos Pobres, São Paulo da Cruz, São Judas Tadeu, São Francisco de Assis (Igrejinha histórica da Pampulha), Santuário Saúde e Paz de Belo Horizonte; Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade em Caeté; Santuário Santo Antônio Roças Grande de Sabará; Santa Luzia na cidade de Santa Luzia, Nossa Senhora do Rosário em Brumadinho.
Após a oração de abertura, na qual entoaram a Ladainha dos Santuários, invocando cada padroeiro do mesmo, Ir. Adriane Maria Andrade Barbosa, coordena diocesana dos Reitores dos Santuários, dá as boas-vindas e diz que, nesse dia, “cada servidor se torna um peregrino”. Agradece a dedicação de cada um que representa o “rosto de seu Santuário”, com seu carisma e missão, para todos os peregrinos que chegam fragilizados, em busca de Deus.
Alarga o coração de tua tenda!
“Nós somos o Santuário e não só nos encaixamos nele,” continua a Irmã. Uma das prioridades para quem serve no Santuário, quer seja como colaborador ou voluntário, é a acolhida respeitosa dos peregrinos. Num processo sinodal, somos impelidos a praticar a escuta humilde e aberta. Ao mesmo tempo, ver o próximo em sua maneira integral com suas fragilidades e potencialidades.
“Alarga o espaço de tua tenda” (Is 54:2). Esta frase ilumina a fala do Pe. Samuel Fidelis. Alicerçado nas Sagradas Escrituras, especialmente no Profeta Isaías, ele compara o exílio e a escravidão, vivido por aquele povo, com o momento que vivemos durante e pós a pandemia, aponta que o nosso Deus é o Deus da Aliança, que não abandona seu povo, que cuida, até no exílio, de cada corte, cada fratura de nosso coração. Ele convida aos participantes a alargar a tenda do coração, como lugar de vida nova. Convida cada servidor a entrar na nova tenda alargada, que depende essencialmente de sermos filiais, de observarmos os detalhes, porque Deus mora nos detalhes.
A importância de se pertencer para poder acolher
Na sequência a psicóloga Cristiane Piló ressalta a importância do processo de pertença: “a pertença é o que te pertence, é seu, o que tem que se encaixar é do outro.” O servidor pode ter o Santuário como seu, porque a ele pertence. Para isso, ela destaca a importância da sintonia entre cinco pilares, na vida de cada servidor: vida familiar, crença, cuidar da saúde física e mental, vida profissional e ter um propósito de vida. Tudo de maneira integrada para se conseguir alargar a tenda do coração e acolher a pessoa fragilizada.
Dom Walmor de Oliveira Azevedo, presidente da CNBB e Arcebispo da Arquidiocese de BH, esteve presente e motiva os servidores a ir ao encontro de muitos outros, que ainda participam desse evento ou que não reconhecem que os Santuários que são “pérolas na Evangelização”.
Uma servidora peregrina que se deixa surpreender por Deus
Fátima Lodi, atendente de secretaria, coordenadora das Obras Sociais e do Conselho Pastoral Paroquial do Santuário São Judas Tadeu, assim define o dia de encontro: “Participar do 6º Encontro Arquidiocesano de Servidores e Colaboradores de Santuários significou sentir-me uma peregrina que, de repente, recebeu a visita surpreendente de Deus, num oásis, repleto de espiritualidade, de experiências marcantes e variadas de acolhida, num cenário de extraordinária beleza natural e humana, proporcionadas pela tão bem cuidada Casa da Mãe Rainha!
A importância do serviço e do servidor, do cuidado consigo e do cuidado com o outro ganharam dimensão de destaque no cuidado com Deus, alargando e indicando caminhos para o tempo atual, que pede saúde e paz, de um jeito novo e eficaz. A riqueza e profundidade deste Encontro de Servidores mostram a força e atualidade da Palavra, impulsionam a missão, alimentam convicções, renovam esperança, abrem perspectivas, indicam Santuário como Lugar de alargar o coração, ressignificam as relações humano-afetivas, numa dimensão missionária acolhedora!”
Bárbara Viana, membro da Juventude Feminina de Schoenstatt e auxiliar administrativa do Santuário Tabor da Liberdade, assim se expressa: “Foi a primeira vez que participei desse encontro. Quanta riqueza: a escolha do tema, as palavras do Pe. Samuel Fidelis e da psicóloga Christiane Piló foram oportunas e necessárias para o momento que estamos vivendo. É realmente tempo de cuidar de nossos medos e inseguranças, fortalecer a nossa relação com Deus e alargar a tenda do coração ao nosso irmão/peregrino que visita os Santuários.”
De Santuário a Santuário
Ao final, todos os servidores, como peregrinos, se dirigiram ao Santuário, em procissão, levando nas mãos o símbolo ou padroeiro de seu respectivo Santuário, para juntos saudarem a Mãe e Rainha e lhes confiar a missão que Deus lhes confia em seu respectivo Santuário.
Texto editado por Ir. M. Nilza P. da Silva
* Ir. Adriane Maria é Assessora do Mov. A. de Schoenstatt e coordenadora do grupo de Reitores dos Santuários, na Arq. de Belo Hozonte, Lana pertence à Liga Feminina de Schoenstatt, em Itabira/MG
Fonte: Tabor da Liberdade