Nota de pesar da Coordenação Internacional

Foto: Mosteiro de São Bento – São Paulo

Pe. Heinrich Walter – Junto com toda a Igreja universal, o Movimento Internacional de Schoenstatt lamenta a morte do Papa Emérito Bento XVI. Agradecemos ao Deus Trino que, neste tempo conturbado, nos deu um pastor e professor que viu e apresentou a razão e a fé juntos, com grande sabedoria. Como um religioso experiente, ele procurou o diálogo, com clareza e humildade, colocando assim a Igreja em diálogo com cientistas, representantes do governo e outros líderes religiosos. Confiando na misericórdia de Deus, ele também enfrentou publicamente a dolorosa realidade da Igreja. Como homem de Deus, ele deu um testemunho visível de que antes de tudo trata-se da glória de Deus e Seu reino.

Com suas encíclicas, homilias e discursos, Bento XVI tem chamado a atenção para as grandes verdades do cristianismo, apresentando repetidamente o amor de Deus, como a raiz da mensagem cristã. Agradecemos-lhe por esta orientação, ao núcleo do que é a Igreja e como ela deve funcionar no mundo de hoje.

Recordamos também a dimensão pastoral de seu trabalho, como na Jornada Mundial da Juventude, em Colônia/Alemanha, quando ele inspirou os jovens a trabalhar por um mundo melhor. Somos gratos que, em 2006, ele convocou as Novas Comunidades e Movimentos Eclesiais para uma grande vigília de Pentecostes, na Praça de São Pedro. Ele falou ali sobre os Movimentos como escolas de verdadeira liberdade.

Como Família de Schoenstatt, caminhamos com ele o caminho da solidariedade sincera e do amor fiel à Igreja. Nosso fundador, Pe. José Kentenich, nos ensinou que a Igreja só pode se tornar uma família de fiéis, se o Santo Padre e os bispos atuarem com um papel paternal. Na pessoa do falecido Papa e em seus ensinamentos, foi dada uma voz paterna de certeza para o nosso tempo.

Nos Santuários de graças de Schoenstatt, encomendamos o Papa Bento XVI ao amor misericordioso de Deus. Que seja agora realizada sua saudade da casa do Pai, como ele expressou com frequência nos últimos tempos.

O legado espiritual que ele deixa para a Igreja e para a humanidade, como teólogo, cardeal e papa, nos ocupará por muito tempo. É visível que ele entendeu sua vocação como um serviço, para que todos os espíritos estejam cada vez mais unidos na verdade e todos os corações no amor.