Ir. M. Nilza P. da Silva – A Aliança de Amor é um meio que ajuda a santificar a vida diária, por meio de relacionamentos pessoais com Deus e com as pessoas. A Mãe e Rainha, em 18 de outubro de 1914, revela que, se nós lhe trouxermos contribuições ao Capital de Graças, ela vai movimentar uma corrente de renovação da sociedade, a partir do Santuário. Para essa renovação, ela atrai e educa corações juvenis, que atuam em todos os setores da sociedade.
Estamos na Semana da Enfermagem, dia 20 de maio, é dia do Técnico em Enfermagem, em homenagem a Ana Néri, a primeira enfermeira brasileira, que se destacou pela atuação voluntária, nos combates militares. O profissional técnico de enfermagem auxilia os enfermeiros nos cuidados diretos com os pacientes, quer seja em ambiente hospitalar ou fora dele. A Mãe e Rainha precisa desses profissionais que, aliados a Ela, fazem do momento de fragilidade uma experiência de encontro com Deus e, assim, se inicie um movimento de transformação interior: Nada sem vós, nada sem nós.
“A profissão de enfermagem é um grande apostolado. Nela temos a chance de oferecer um gesto ou palavra de apoio e conforto ao irmão que sofre. Pois, em muitos momentos, a doença faz o doente sentir como se tivessem lhe tirado tudo. Nesta hora, precisamos ser instrumentos para fortalecer a fé, a confiança e levar paz e alegria aos que nos são confiados,” conta Marilsa Liviero, técnica de enfermagem, há 19 anos.
Atrairei a mim os corações juvenis
Deus é Pai de verdade, como aprendemos na preparação à Aliança de Amor, Ele é fiel a Aliança que selamos no batismo e precisamos estar atentos às mensagens que ele usa para atrair nosso coração. Nem sempre, ele fala por meio de acontecimentos alegres e, muitas vezes, responder-lhe sim exige doação e sacrifícios.
Na Aliança de Amor, Marilsa entendeu bem o que significa ter a mão no pulso do tempo e o ouvido no coração de Deus. Ela partilha como Deus a chamou para atuar na enfermagem: “Há muitos anos, me deparei com uma situação muito triste: meu pai foi mal atendido, após um acidente de trabalho. Naquele dia, eu me decidi pelo curso na área da saúde, para que quando alguém da minha família precisasse, eu pudesse ajudar.
Isso sempre foi forte para mim e me impulsionou a ser para o outro um profissional diferente, o posto daquele que atendeu meu pai naquele dia”.
Fiel e fidelíssimo cumprimento do dever
A técnica em enfermagem vive da força da Aliança de Amor com a Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt e seu Santuário é, para ela, uma escola de constante atualização e de aperfeiçoamento, para exercer a profissão de modo humanizado: “A espiritualidade de Schoenstatt me ajuda a cuidar de cada paciente, pensando que cada um que Deus coloca em meu caminho merece o melhor de mim. Preciso fazer as pequenas coisas, para cada um, da melhor forma possível, como é nosso caminho de santidade em Schoenstatt: fazer o ordinário de forma extraordinária”.
Elevai ao máximo as exigências a vós mesmos
Para Marilsa, esta exigência da Aliança de Amor é um constante estímulo para “fazer além do que é ‘obrigação’. Algo que considero uma regra de ouro, em minha profissão, é refletir: Nesta situação agora, como eu gostaria que se fizesse comigo ou com um familiar meu? Esta reflexão nunca falha”.
Eu os educarei, para serem instrumentos aptos
No Hospital Universitário Norte do Paraná (HU Londrina), Marilsa atua não somente junto aos fragilizados, mas, auxilia os mais frágeis desses, pois a Mãe de Deus a chama para a Unidade ou Centro de Tratamento Intensivo (UTI ou CTI). “Nos primeiros 16 anos, trabalhei em UTI adulto e, há 3 anos, atuo na Unidade Neonatal”, confirma ela.
“Como instrumentos nas mãos da Mãe de Deus, é preciso tentar ser para o outro reflexo de Cristo, um transparente de Deus Pai. Que diante de nós, as pessoas sintam-se bem, como no Tabor, e, nessa fase difícil de suas vidas, tanto quanto possível, possam dizer que junto de nós ‘é bom estar’. Precisamos fazer com que nossa presença seja para o outro luz e esperança”.
Esta santificação exijo de vós
Sim, muitas vezes, o amor da Mãe de Deus é muito exigente. A técnica de enfermagem conta que o período auge da epidemia pela Covid “foi o momento mais difícil da profissão até hoje. Nesse período, uma quantidade importante de profissionais desenvolveu doenças causadas pelo estresse emocional.
Nesse tempo, que considero o mais difícil que vivenciei na profissão, a minha Aliança de Amor à nível de Inscriptio foi a força que me moveu e me impulsionou a prosseguir. Com a entrega no grau de Inscriptio, eu tinha a convicção de que um Pai e uma Mãe sempre nos educam e nos conduzem. Maria, com seu olhar maternal, e Deus Pai, com suas mãos bondosas, conduzem o leme de nossas vidas.
Gravou-se de modo forte em mim a oração de Ir. M. Emilie: Eu sei que tu és meu bom Pai. Vemos o olhar do Pai repousar sobre nós, com indizível amor. Sim, ele nos ‘persegue’ a cada momento, para nos proteger e nos fazer o bem”.
Leia aqui o relato de Marilsa sobre a confiança, nesse período.
NOTA: Marilsa Liviero pertence a União de Famílias de Schoenstatt e, neste dia da Aliança, renova a Aliança de Amor, com o coração no Santuário, pois está 100% junto aos enfermos, de onde enche a talha com suas contribuições ao Capital de Graças, fazendo sua parte para que, a partir do Santuário, realmente haja muitos instrumentos que ajudem a Mãe de Deus a transformar o mundo.
E você? Como você vive a Aliança de Amor em sua profissão? Partilhe conosco!
Fotos: Marilsa Liviero