Agora é tempo: “Amar pelo servir em prontidão filial”
Ir. M. Iracema Betone/Ir. M. Nilza P. da Silva – O Encontro Inter Regional (IR 2023) reuniu 176 participantes da Juventude Feminina de Schoenstatt (Jufem), de 8 a 11 de junho, junto ao Santuário da Mãe e Rainha, em Cornélio Procópio/PR e provou que sempre cabe mais um na mesa, quando o amor é generoso.
As jovens da Jufem, dos Regionais Missionis e Coração Tabor, chegaram ao Santuário Tabor da Fidelidade à Igreja, para a Glória da Santíssima Trindade no dia de Corpus Christi e foram acolhidas com a Santa Missa, presidida por Dom Marcos José dos Santos, pelo Bispo diocesano de Cornélio Procópio. Em sua homilia, ele motiva cada jovem a refletir sobre sua vocação. Em seguida a Missa, ele presidiu a procissão, com Jesus sacramentado, pelas alamedas e jardins do Santuário.
O leitmotiv do evento é a celebração dos 80 anos de nascimento de Maria Regina Sakura Tokano (Regininha), heroína brasileira de Schoenstatt. Seu Ideal Pessoal, amar pelo servir, em prontidão filial, iluminou todas as conferências, workshops e a espiritualidade: Agora é tempo: amar pelo servir, em prontidão filial. Com a ajuda da “Sempre Jufem” Luciana Mocelim e da “agora Jufem” Juliana Sakamoto, a Jufem resgatou o hino dedicado a Regininha e ressoou com força em todos os corações. O auditório e todo o espaço do Santuário foi ocupado com as atividades diárias, a Casa de Encontros João Paulo II foi local de pernoite.
A sexta-feira teve o horário todo preenchido por atividades aprofundando os temas: Amar, Servir, Prontidão, Filial. Para os trabalhos e discussões as jovens se agrupavam por média de idades, a fim de que o tema fosse aplicado às suas diferentes realidades. Cada jovem confeccionou uma flor, em papel, com uma intenção, para ser presenteada para Regininha. Os temas tocaram os corações com o desejo de servir a Igreja, o Reino de Cristo. Maellen Cristina da Cruz, Urai/PR, nos diz: “O tema ‘servir’, dado por Ir. M. Gislaine Lourenço, me marcou muito. Servir faz parte do ideal da nossa heroína Regininha e mostra que servir sem esperar nada em troca é ser um instrumento nas mãos da Mãe de Deus. Ser instrumento é estar disponível em qualquer momento, servir desde as coisas mais simples da vida. Desde pequena, sirvo nossa Igreja e continuarei a fazer isso, como um ato de amor a Deus e à nossa MTA.”.
Pés nos passos de Regininha
Na manhã de sábado, as jovens partiram em peregrinação à Uraí/PR. O primeiro lugar visitado foi a tumba de Regininha. Como expressão de gratidão, amor e confiança colocaram em sua tumba as flores com seus pedidos, para que ela ajude cada uma a concretizar santamente o seu ideal pessoal, assim como ela o fez. Para Maria Luiza S. Fonseca, Curitiba/PR, essa foi a vivência mais forte do EIR 2023: “Foram momentos em que mais senti a proximidade de Maria e o auxílio da Regininha. Naquele momento, senti que ela estava sempre por perto, nos ajudando a lutar contra nossas dificuldades e sendo exemplo de que podemos ser heroínas todos os dias.”.
Em seguida, as jovens foram acolhidas na paróquia Nossa Senhora Aparecida, onde Regininha participava da missa quase que diariamente. Pe. Enéias Meado da Cruz, pároco e assessor do Setor juvenil da Diocese, presidiu a santa missa e testemunhou para as jovens o seu grande amor ao Santuário. Schoenstattianos da paróquia, prepararam o almoço. Idalina Navaro partilha sua alegria por ter estudado, trabalhado e feito aulas de violão com a Regininha: “Era uma satisfação grande estar na presença da Regininha. Eu ia às aulas de violão só para ficar sozinha com ela, não aprendi nada de violão, minha alegria era estar na sua presença. Isso fazia sentir-me bem, porque ela transmitia paz e serenidade.”.
É possível sermos santas
Ao visitar o Colégio Estadual Maria Regina Sakura Tokano, onde Regininha atuou como professora de história e pode aplicar a pedagogia de Schoenstatt que trazia viva em seu coração, as jovens puderam vivenciar o aprenderam em teoria: a santidade se faz no dia a dia, nas pequeninas coisas, é possível ser santa na vida quotidiana. A marca que Regininha deixou nesse Colégio é tão grande que, além de ter sido homenageada dando o nome ao seu local de trabalho, ali há também uma Capela dedicada à Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Nesse dia, a Jufem colocou ali uma placa comemorativa, pela passagem dos 80 anos do nascimento de Regininha.
“No momento em que fomos tanto ao túmulo e à escola que leva o nome da Regininha, me trouxe a sensação de esperança e fé é indescritível. É como se conhecer mais de perto uma parte da vida dessa ‘santa’ nos deixasse mais próximas de atingir também a nossa santificação. Mostra-nos que é possível, em meio a muitas dificuldades, sermos santas e isso é muito bom,” partilha Júlia Cordeiro Panarini, Atibaia/SP.
Estar no Colégio Maria Regina também estimulou as jovens para conhecer um pouco mais sobre a pedagogia de Schoenstatt, tema abordado por irmã M. Nelly Mendes, que explicou as cinco estrelas condutoras da pedagogia do Fundador, Pe. Kentenich. Maria Vitória Lippi, Curitiba, conta: “Um dos temas que marcou minha vida foram as palestras sobre o servir, por Ir. M. Gislaine Lourenço, e sobre a pedagogia de Schoenstatt, por Ir. M. Nelly. Pude observar mais minhas atitudes como Jufem e ver o que posso melhorar em minha vida, no meu local, em relação ao servir as pessoas. O Inter-regional foi um marco de encontro entre a essência de ser Jufem e o que foi nossa heroína Regininha.”
O domingo trouxe a participação na Santa Missa, na Catedral de Cornélio Procópio e o encerramento com o envio de todas, especialmente das que irão para a JMJ 2023, em Lisboa.
Mas, quando cada jovem está no cotidiano, em seus locais, as mensagens e vivências do EIR continuam a ressoar e transformar vidas, como vemos nesses depoimentos:
Cada detalhe foi pensado com muito amor
As jovens de Cornélio Procópio se sentiram desafiadas a sediar o encontro e não mediram esforços, para que tudo acontecesse da melhor forma. Algumas partilham o que significou para elas preparar e servir durante esse EIR:
Júlia de Oliveira das Neves: “Para eu e para toda Jufem do Tabor da Fidelidade à Igreja, esse EIR foi de grande importância, afinal foi na minha, na nossa cidade. Num período curto, devíamos dar conta de muita coisa. Cada detalhe foi pensado com muito amor, para que cada menina pudesse se sentir bem acolhida em nosso Santuário.
Quando a Irmã M. Gislaine falou sobre o servir, ela disse: ‘A Jufem é para servir e não para ser servida’. Essa frase me marcou, pois senti que foi realmente isso que nós vivemos, ajudando na preparação desse encontro. Foi incrível receber tantas meninas no nosso santuário e sentir a presença da nossa heroína Regininha em cada menina aqui presente. Foi lindo ver a realização do encontro que preparamos, com muita alegria e espírito de serviço à Mãe de Deus e por ela à Jufem.”
Quão feliz eu estava
Júlia Maeda de Atibaia/SP: “Esperei meses e dias para o EIR e, enquanto participava, me dei conta de quão feliz eu estava com minhas irmãs de grupo e a assessora Ir. M. Verônica Cristina dos Santos. Foram experiências espirituais incríveis sobre a história da Regininha e ver que todas nós podemos ser iguais a ela. Foi muito emocionante caminhar nas ruas, anunciando Cristo para as pessoas, e ver olhares de alegria e emoção. As palestras tocaram meu coração, despertando interiormente Maria. Foi sensacional! Voltei completamente renovada pela Mãe de Deus.”
O Ideal une e dá nova energia
Jufem do Rio de Janeiro: “Reencontrar e conhecer novas jovens da grande Família de Schoenstatt, todas movidas pelo ideal de ser ‘Lírio do Pai, Tabor para o Mundo,’ fez nossos corações baterem uníssonos. O ardor mariano, missionário e apostólico de Schoenstatt nos trouxe uma enorme alegria e nos fez sentir que tudo valeu a pena… as palavras amar, servir e prontidão, nas palestras e partilhas do encontro, abriram-nos portas para as meditações sobre como devemos atender às necessidades do tempo presente, de acordo com a vontade do Bom Deus e de sua Mãe Santíssima”.
O amor explicou tudo
Giovanna Rodrigues Coelho, Jaraguá – São Paulo/SP: “O encontro foi muito significante para mim, me fez refletir sobre muitas coisas. Nós falamos isso, na palestra da Ir. M. Diná Batista de Sousa, e me marcou muito. O ato de amar pode ser visto de tantas formas e demonstrado de diversas maneiras. Ela disse uma frase de São João Paulo II, que me chamou muita a atenção: ‘O amor explicou tudo para mim’. Isso me fez questionar: Por que nos reunirmos, dedicarmos a vida a um propósito, aos nossos compromissos e às pessoas que estão a nossa volta, senão por amor? Fiquei muito grata em compartilhar esses momentos ao lado de tantas meninas: ver que estávamos empenhadas em aperfeiçoar o servir, as cantorias sob aquele céu estrelado, em frente ao Santuário, a hora de dormir… Tudo foi muita demonstração do amor de Deus e de Maria para conosco e de umas para com as outras.”.