Ignis JM: “Eu vim trazer fogo”
O Encontro Internacional da Juventude Masculina de Schoenstatt, Ignis (do latim “Fogo”), tem 532 participantes, de 18 países e é realizado em Aveiro, na véspera da JMJ.
Expectativa, ansiedade e muito trabalho fazem parte da rotina dos integrantes da Juventude Masculina de Schoenstatt (JM) de Portugal. Eles estão totalmente envolvidos na realização do Ignis, que é o Encontro Internacional da JM. O evento acontece em Aveiro/Portugal, de 27 a 30 de julho, na véspera da JMJ. Ao todo, são esperados 532 participantes, de 18 países: Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Espanha, Itália, México, Paraguai, Polônia, Portugal, República Checa, Suíça e Hungria.
“Estamos a todo vapor, com muitas reuniões, trabalhos logísticos, ensaios, viagens, ligações, etc. Mas temos a alegria de contar com uma grande equipe de jovens e assessores que estão se esforçando ao máximo para tornar o IGNIS uma experiência marcante de encontro com Deus e entre os jovens”, conta o seminarista Lucas Botassio, do Instituto dos Padres de Schoenstatt.
Levamos o fogo de nosso carisma para a JMJ
O lema escolhido pela equipe de líderes da JM de Portugal e da Espanha, para este encontro, é uma frase de Cristo (Lc 12, 49): “Eu vim trazer fogo”. “Ele expressa o espírito que desejamos vivenciar durante esses dias de preparação para a JMJ. Por um lado, queremos deixar-nos inflamar pela vida e entusiasmo que cada grupo da juventude masculina internacional traz de seu país de origem. É uma grande riqueza e oportunidade para compartilhar sonhos, construir novos vínculos e sentir novamente o fogo de estarmos juntos, especialmente após a pandemia. Por outro lado, expressa o desejo de levarmos o fogo de nosso carisma para a JMJ. Queremos compartilhar nossa forma de viver a fé, nossa cultura de aliança com todas as pessoas que encontrarmos. Portanto, também somos enviados para levar o fogo!”, explica o Lucas.
Simbolicamente, haverá uma peregrinação de Aveiro até Fátima, no dia 30 de julho. Eles carregarão a mesma tocha que a Juventude Masculina levou de Roma até Schoenstatt, em 2014 (Fackelauff). “Esse gesto expressa nosso sonho de levar, por meio de Nossa Senhora, o fogo de Cristo a todas as pessoas que participam da JMJ”, conta Lucas Botassio.
Os jovens são os protagonistas
“Os jovens são os protagonistas, por isso queremos que eles tenham um espaço privilegiado para se expressarem e compartilharem seus sonhos e experiências. Os líderes do IGNIS se esforçaram para que o encontro seja o mais vivencial e dinâmico possível. Por isso, reduzimos os momentos ‘massivos’ e apostamos em atividades com grupos menores e internacionais. O grande tesouro do encontro é a oportunidade de estarmos juntos e conhecermos Schoenstatt e a Juventude Masculina de muitos lugares através dos grupos que serão formados durante o encontro”, detalha o seminarista.
Histórico
A primeira edição do Ignis aconteceu no Brasil, na véspera da JMJ do Rio de Janeiro, em 2013. Lucas Botássio participou desse evento e, a partir dele conta sua expectativa para o próximo Encontro Internacional da JM: Há 10 anos, participei do 1º IGNIS no Rio de Janeiro. Foi uma experiência que me marcou profundamente, também no sentido vocacional. Lembro-me de estar em Copacabana e olhar para todas aquelas pessoas, cores e bandeiras que expressavam os valores que eu queria levar para a vida. Olhando o mar no horizonte, enquanto observava o pôr do sol, senti uma imensa paz e um desejo de ir além. Acredito que foi ali que Jesus começou a me chamar para ir a águas mais profundas, mesmo que naquela hora não soubesse expressar em palavras que Ele me chamava ao sacerdócio. Hoje encontro-me do outro lado do mar, no sentido geográfico da história. É um privilégio estar em Portugal e ter a oportunidade de trabalhar para que muitos se encontrem com o testemunho de outros jovens e com Cristo, que continua a chamar jovens para uma vida plena, seja no matrimônio, na vida consagrada ou religiosa.
O símbolo do Ignis
A 𝐞𝐬𝐟𝐞𝐫𝐚 𝐚𝐫𝐦𝐢𝐥𝐚𝐫 é um símbolo nacional de Portugal desde finais do século XV, quando o rei D. Manuel a incorpora no seu emblema real. Inventada na China em primeiro lugar e depois melhorada pelos astrónomos gregos e persas, era um instrumento de astronomia que permitiu aos marinheiros Portugueses entender o céu estrelado para guiar-se pelos Oceanos. É um símbolo que une Portugal ao resto do mundo!
A 𝐜𝐫𝐮𝐳 da unidade é a nossa estrela! Cruz que representa a união tão profunda entre Jesus e Maria e nos recorda a centralidade dos vínculos na espiritualidade de Schoenstatt, está feita em ferro na pedra do memorial atrás do Santuário de Lisboa. É o símbolo do heroísmo a que queremos aspirar para as nossas vidas. Como estrela que nos guia na entrega de amor até ao limite!
As 𝐯𝐞𝐥𝐚𝐬 dos barcos portugueses, como as caravelas, que foram desenhadas em Lisboa e em Coimbra, entre os séculos XV e XVI, permitiram cruzar o Oceano com o vento em contra e levavam representada a Cruz de Cristo. Foram especialmente importantes para cruzar o Cabo das Tormentas (Cape Town), onde os ventos geralmente tempestuosos afundavam os barcos e destroçavam as tripulações. Este feito foi alcançado por Bartolomeu Dias numa Caravela e por isso mais tarde fomentou a produção deste tipo de barcos com velas triangulares. Recorda-nos Maria, nossa bandeira, no seu ímpeto missionário para levar Jesus sem importar a força dos ventos adversos!
A 𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚 do santuário, símbolo que em Portugal tornou-se ideal da JM e mais tarde de toda a Família. Queremos ser Porta da Europa! Assim como a expansão cristã saiu da Europa, pelos portos Portugueses, ao encontro do novo mundo. Assim também acreditamos que a re-cristianização da Europa passa por Portugal e pelo acolhimento dos Portugueses. Queremos ser porta de saída e de entrada das graças de Deus! É o símbolo em Portugal da contra-corrente do 31 de Maio e da missão de Schoenstatt para o mundo!
Fonte: schoenstatt.com