Ir. M. Nilza P. da Silva – “A esperança que trago em meu coração é bem maior do que o medo que está na minha mente.” Com essas palavras, Pe. Antônio Bracht, Diretor Nacional do Movimento, inicia a Santa Missa, na manhã do dia 9 de setembro, segundo dia do Encontro Nacional de Coordenadores da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt, que acontece junto ao Santuário, em Atibaia/SP.
Em sua homilia, ele destaca que o que admiramos em João Luiz Pozzobon é que ele entendeu a origem. Mas, o que havia na origem? O Pe. Kentenich não teve um projeto pronto para a Obra de Schoenstatt, mas, deixava-se inspirar pelas mensagens que Deus lhe enviava por meio dos acontecimentos.
O que havia na origem que João Luiz Pozzobon entendeu?
1. O tempo estava em transição acelerada. Pe. José Kentenich, como Maria, guardava as coisas em seu coração e as meditava. No início, havia a constatação da mudança de época. O Papa Francisco também sempre nos lembra disso hoje: vivemos num tempo de mudanças.
2. Pe. José Kentenich era professor e percebeu que Deus lhe deu a habilidade de conduzir outros. Chamado a ser diretor espiritual de um grupo entusiasmado pelo patriotismo da I Guerra Mundial, que as acabava com o primeiro ataque de canhão. Ele educou de modo que seus educandos mesmos iam encontrando as regras e chegando a solução para a solução dos problemas.
3. Pe. José Kentenich descobriu, nesse tempo de mudança, que Deus é o grande Educador. Em todas as dificuldades de seu tempo, as pessoas perguntaram: Onde está Deus? Pe. José Kentenich descobriu que o povo precisa de Mãe e que a tarefa de Maria é ser Educadora. Ela foi educada pelo Espírito Santo e educou o Filho de Deus. Ela pode nos educar para vincular-nos pessoalmente com Deus.
4. Pe. José Kentenich percebeu também que as pessoas não conheciam a si mesmas e as ensinou a encontrar o ideal pessoal. Não basta fazer as coisas porque sempre foi feito desse modo, é preciso descobrir como posso dar a minha contribuição pessoal no plano de salvação.
5. Ele percebeu ainda que as pessoas têm uma necessidade e capacidade muito grande de conexão, de vínculos. Estamos descobrindo algo de uma realidade que Pe. José Kentenich percebeu desde o início.
Esta é a origem que João Luiz percebeu e que nós precisamos aprender: olhar para a realidade como ela é, saber que talentos deu a mim para colaborar e aplicar esses talentos com esperança e com confiança no poder de Deus de mudar e transformar. O padre finaliza com a motivação: “Que a Mãe nos ajude a atuar com esperança e levar essa esperança a todos os setores de decisões, para que Deus possa educar a nossa gente.”
No Ano Vocacional, um encontro que nos encoraja
Pe. Enivaldo Soares de Melo, veio da Dioc. de Estancia/SE, exclusivamente para o Encontro Nacional e diz que “esse encontro vem afervorar os nossos corações, dentro do Ano Vocacional, cujo lema nos convida: Corações ardentes e pés a caminho. O encontro vem para nos encorajar cada vez mais para que a Campanha continue a crescer. Que a gente saia de nosso comodismo e, confiantes na missão, no Senhor que caminha conosco, a gente possa, sempre mais, ser hoje em dia esse mensageiro, levar a Mãe e levar seu Filho às famílias, para transformá-las.”
SIM: Serviço, Iniciativa e Missionaridade
Na manhã, também o Pe. Gustavo Hanna Crespo falou sobre: “Como João Pozzobon nos ajuda a renovar a Campanha?” Ele destaca três características de João Pozzobon em sua missão com a Mãe Peregrina: Serviço, Iniciativa e Missionariedade. Não podemos ficar no conservadorismo e no mesmo, mas, olhar a realidade com esperança, sem medo de inovar. Por isso, é muito importante conhecer a origem, porque “se não a conhecemos, nada podemos renovar. Todo carisma tem um objetivo, quando voltamos a nossa origem, João Pozzobon nonos ensina que a Campanha tinha como missão salvar às famílias.” Ele citou exemplos de situações nas quais a pessoas olharam para os desafios sem medo e ousaram renovar por meio de ações concretas e simples, que deram um resultado eficiente.
Termina, apresentando a situação atual do processo de beatificação de João Luiz Pozzobon, que não mudou desde o último informe. Podemos ajudar no processo rezando e publicando as graças alcançadas. Os relatos são muito importantes porque a canonização não é só resultado do trabalho de um secretariado, mas a resposta para a convicção e o desejo de um povo.
Cada um recebeu uma relíquia de João Luiz Pozzobon. “Uma relíquia não é um amuleto, mas um instrumento de devoção. Se trata de ter fé que Deus e capaz de realizar um milagre,” explica o Pe. Gustavo.
A programação da tarde começa com as partilhas em grupo: O que podemos fazer para levar a Campanha da Mãe Peregrina ao futuro? Cada grupo resumiu suas reflexões numa palavra, que foi colocada em um aplicativo, dando destaque para as mais citadas (foto no topo).
Infanto Juvenil: Um jeito jovem de ser missionário
Em seguida, o tema “Um olhar para o futuro” é apresentando em painel apresentado de modo criativo pela Campanha da Mãe Peregrina Infantojuvenil: Testemunhos de coordenadores e crianças missionárias atuais e de outros que são jovens e adultos e que atuaram na Infanto mostraram a importância da missão com jovens e crianças.
O Diácono Gustavo Vieira da Silva, que será ordenado sacerdote, na Dioc. de Jundiaí, disse que foi missionário da Mãe Peregrina e estar nessa missionariedade influenciou sua vida e o ajudou em seu discernimento vocacional. Pe. João Renan Paisca Bersan, da paróquia São Luiz Gonzaga, em Itu/SP, também atuou na Campanha da Mãe Peregrina Infanto Juvenil e partilhou o quanto o constante estar em saída para evangelizar, o amor a Maria e as participações nas Gincanas anuais e as romarias ao Santuário influenciaram a sua infância, de modo que, como pároco, ele tenta repetir esse método na pastoral. Para ambos, Schoenstatt lhes ensinou o vínculo pessoal com Maria e o Santuário é o lar, a casa materna.
Como ontem, também esta tarde finaliza com a reza do terço, todos juntos, suplicando à Mãe de Deus que nos eduque, na Aliança de Amor, como missionários da esperança.
É indiscutível que aqui é bom estar
O casal Odilon e Márcia Helena Dellaspora, coordenadores diocesanos da CMPS na Arquidiocese de Ribeirão Preto/SP, são os apresentadores nesses dias. Para Márcia “este encontro significa renovação”. Ela consideram uma graça poderem ajudar nesse evento e que “esta renovação que esperamos da Campanha começa dentro de nós mesmos. A partir de agora é um novo caminhar, para que a Campanha seja como a Mãe deseja”, finaliza. O que mais chama a atenção de Odilon “é a alegria de todos os participantes. A felicidade por estarem aqui é um espetáculo à parte. Somos de tantos estados e culturas diferentes e nota-se realmente uma alegria muito grande. É indiscutível que aqui é muito bom estar. Estarmos reunidos em Família de Schoenstatt é uma felicidade imensa. Só quem veio e sentiu essas graças tem como agora levar e difundir essas graças, este serviço de renovação. Agora é hora de estar em saída e levar esse entusiasmo para todos aqueles que nós coordenamos.”
Na noite, todos são conduzidos por uma dinâmica de reflexão sobre a luz que Deus envia ao mundo por meio da CMPS. Como Pe. José Kentenich e João Luiz Pozzobon disseram sim à Maria, como portadora da luz, cada um de nós também é convidado a deixar-se ser usado por ela como instrumento, para que a luz de Cristo, a partir do Santuário, ilumine o mundo inteiro.
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