Ir. M. Nilza P. da Silva – No dia 15, o Papa Francisco publicou uma exortação apostólica, C’EST LA CONFIANCE, motivando todos nós a termos uma confiança ilimitada no amor misericordioso de Deus. Embora a mensagem seja lançada no ano em que celebramos 150 anos do nascimento de Santa Teresinha, o Papa diz que esta mensagem não se reduz a essa comemoração, mas, é válida para todos os tempos.
“Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor, assim inicia. Ele fala da genialidade da espiritualidade de Santa Teresinha, que nos ensina o caminho da filialidade aplicada nas coisas mais simples da vida, e que isso já seria o suficiente para justificar seu título de Doutora da Igreja. “Não há outra via que devamos percorrer para ser conduzidos ao Amor que tudo dá.
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Com a confiança, a fonte da graça transborda na nossa vida, o Evangelho faz-se carne em nós e transforma-nos em canais de misericórdia para os irmãos.
É muito singular que a filialidade seja o elemento fundamental da espiritualidade de Schoenstatt, não uma filialidade simples e natural, mas aquela cultivada na força do Espírito Santo, que abraça a vontade do Pai até o heroísmo. Ele nos convida a “assumir a filialidade numa forma semelhante à de Santa Teresinha, que, no seu modo de ser filial disse: ‘Sou a bolinha de Deus’. Experimentem ser uma bola Deus e verão que esse caminho não é fácil. Isso desperta o mais elevado heroísmo! Mas devemos conseguir esse heroísmo”.1
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Ele cita também que a “pequena santa” motiva-nos a entregar tudo a Deus, mas, não contar com os próprios méritos: “Na noite desta vida, aparecerei diante de Vós com as mãos vazias, pois não Vos peço, Senhor, que conteis as minhas obras.” Como não vincular isso às ofertas ao Capital de Graças? Seu verdadeiro sentido e despojar-se de todos os méritos próprios das obras que praticamos, mas, entregar tudo nas mãos de Maria, para que no Santuário ela as presenteie a outros, e nos apresentarmos diante de Deus com as mãos vazias e o coração aberto para sua misericórdia.
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Enfim, “Teresa vive a caridade na pequenez, nas coisas mais simples da existência de cada dia, e fá-lo em companhia da Virgem Maria, aprendendo d’Ela que amar é tudo dar, e dar-se a si mesmo. Com efeito, enquanto os pregadores do seu tempo falavam com frequência da grandeza de Maria de forma triunfalista, como se estivesse afastada de nós, Teresinha mostra, a partir do Evangelho, que Maria é a maior do Reino dos Céus porque é a mais pequena, a mais próxima de Jesus na sua humilhação”.
Essa exortação é um grande estímulo para nossa espiritualidade de Schoenstatt. O Espírito Santo confirma com isso a nossa missão justamente para hoje. Como escreve o Papa Francisco: “Cada santo é uma missão; é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, num momento determinado da história, um aspecto do Evangelho.”
O Papa finaliza com o impulso missionário: Na missão da Igreja, “o anúncio concentra-se no essencial, no que é mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário… a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado.”
Sejamos cada vez mais missionários da Aliança de Amor, a exemplo de Santa Teresinha, que “no meio do sofrimento dos seus últimos dias… conta só com o amor.”
Leia aqui a exortação
1 KENTENICH, Pe. José. Ser Filho Diante de Deus, vol I