Ir. M. Nilza P. da Silva – Quem revela isso é Ir. Marione Ginter, do Instituto Secular das Irmãs de Maria de Schoenstatt, que desde 1962 – há 61 anos – atua como missionária em nosso Brasil Tabor.
Nascida na Floresta Negra, na Alemanha, numa família católica, com mais cinco irmãos, e conheceu a Mãe e Rainha de Schoenstatt, em sua paróquia: “Durante a II Guerra Mundial, a imagem da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt foi entronizada nos fundos da igreja, para ajudar as famílias, nesse tempo difícil. Por isso a conheci desde minha infância e, embora não soubesse mais nada sobre Schoenstatt, eu gostava muito dessa imagem,” conta a Irmã.
Um coração em saída
Desde criança, Ir. Marione tinha um coração missionário. Ela se diverte ao narrar vários fatos, em que fazia suas “travessuras” para poder ajudar outras crianças, “furtando” pequenos objetos de sua casa. “Minha mãe dizia que tinha que esconder de mim algumas coisas, senão eu doava o que não se podia,” diz sorrindo.
“Aos 15 anos eu já tinha me decidido ser missionária, para ajudar as pessoas”. Num retiro para jovens, um sacerdote lhe indica que devia se preparar para as missões, estudando inglês. Ela decide que sua preparação deveria ser aprendendo vários ofícios e começa a trabalhar em vários lugares e serviços. Até que decide fazer um curso de enfermagem, já pensando em partir para outros países, como missionária, “pensei: com o curso de enfermagem, posso ajudar as pessoas, mesmo se não entender o idioma delas, porque o cuidado pela saúde é uma linguagem que todos entendem.”
O encontro com Schoenstatt
É justamente no curso de enfermagem, de dois anos, que a Mãe de Deus abre seu caminho para Schoenstatt, pois este se realizou numa escola dirigida pelas Irmãs de Maria. Ela partilha que só dessa escola, “a cada seis meses, muitas jovens decidiam seguir a vocação pela vida consagrada, no Instituto das Irmãs de Maria. Não havia propaganda, mas, as melhores colegas ‘sumiam’ e depois a gente ficava sabendo que elas tinham entrado no postulado e noviciado”.
Depois de dois anos, Marione segue entusiasmada o mesmo caminho, sob o olhar preocupado de seu pai, que inicialmente, não apoiou sua decisão. “Para minha mãe foi mais fácil. Ela disse que, pelo meu comportamento, desde a infância, ela já sabia: ‘Essa vai ser missionária!’,” relembra a Irmã.
Durante o tempo de formação, conhece mais profundamente o Fundador, Pe. Kentenich: “Nunca duvidei dele. Para mim, ele sempre foi um santo.”
Destino: Brasil Tabor
A decisão dos superiores que seria enviada para o Brasil foi acolhida por Ir. Marione como desejo de Deus. Ainda no noviciado, em 1962, ela parte de sua pátria, com um navio, ainda sem saber o idioma, mas, com o coração desejoso de servir as pessoas. É acolhida na nova pátria, por Irmã M. Emanuele, superiora provincial nessa época, e sente-se logo em casa.
Enquanto aprende português, ajuda em vários trabalhos práticos na casa provincial, em Santa Maria/RS. Depois, é enviada para continuar seus estudos de enfermagem e trabalhar na Santa Casa, em Londrina/PR. Atua também na Santa Casa, em Ribeirão Claro/PR, até que chega em Atibaia/SP.
Há 25 anos iluminando vidas
É visível a alegria de Ir. Marione ao falar do trabalho missionário que realiza há 25 anos, desde que em nome das Irmãs de Maria, ajudou na construção do Centro de Educação Infantil Raio de Sol, no bairro de Caetetuba, em Atibaia. Ela sabe detalhar cada parte da construção. Mas, sua maior alegria é pelas milhares de crianças que foram assistidas, juntamente com suas famílias. A creche atende atualmente 238 crianças. “É verdade que algumas pessoas gostam de ver as crianças ali, porque elas estão sempre alegres. Elas se divertem muito correndo e brincando juntas, mesmo que às vezes aconteçam também algumas quedas. É um momento de alegria observar a diversão delas,” conclui Ir. Marione.
De seus pouco mais de 80 anos, 61 ela dedica a missão de Schoenstatt, no Brasil. Uma missionária que só tem um interesse, o mesmo de sua infância: Poder ajudar a muitas pessoas.
A história é vida de Irma Marione, é um exemplo do amor de Deus presente ko mundo. Obrigada Senhor.