Ir. M. Nilza P. da Silva – Como você imagina que os apóstolos Tiago, Pedro e João chegaram ao Monte Tabor, onde vivenciaram a transfiguração de Jesus? Não sabemos qual era a estação do ano, mas, o fato de saber que é uma região de deserto, que o nome Tabor significa “Montanha de Pedra” e está numa Altitude de 320 metros, nos torna conscientes de que os apóstolos chegaram lá a custa de uma caminhada difícil. Mas, a experiência do divino fez tudo valer a pena. Tanto que queriam armar ali suas tendas e não descer mais.
Jovens apóstolas estão no Monte Schoenstatt
Nesses dias, de 6 de janeiro a 29 de fevereiro, seis jovens brasileiras – que pertencem à Jufem – fazem uma experiência semelhante: Elas se sacrificaram para poder viajar (subir o monte) e viver presencialmente no lugar de origem, onde Deus toca a terra, em Schoenstatt, na Alemanha.
Júlia Pires e Rafaelle Nogueira de Sousa, do Regional Coração Tabor, Bruna Gabriela Weber, Isabel Alflen Klein e Maria Gabriella Pontini Glaeser, do Regional Tabor, e Maria Luiza Fonseca, do Regional Missionis, se unem a outras 17 meninas – do Paraguay, da República Dominicana, da Alemanha e da Espanha – e participam do Projeto Schoenstatt Zeit (Um tempo em Schoenstatt) oferecido pelas Irmãs de Maria, a fim de dar às jovens a oportunidade de se aprofundar na espiritualidade e pedagogia de Schoenstatt, conhecer a história nos lugares que Deus escolheu para a Fundação da Obra e vivenciar o Santuário Original, a Capela do Fundador e os demais locais de Schoenstatt, na Alemanha.
Um sonho cultivado desde a infância
“Conheci Schoenstatt desde pequena, pelos meus pais que pertencem ao primeiro grupo da Liga de Famílias, em São Bernardo do Campo/SP, conta Rafaelle. Desde pequena, ingressei nas Apóstolas Luzentes (grupo de crianças). Na primeira reunião, conheci a música Filialidade Provada e, desde esse dia, sonhava em vir a Schoenstatt e poder conversar de perto com o Pe. Kentenich de perto, conhecer o lugar onde tudo começou e sentir o mistério de Schoenstatt.”
Programa do dia: Viver Schoenstatt
Maria Luiza explica que, geralmente, na parte da manhã, elas ajudam em algum setor, nas diversas casas das Irmãs, ali em Schoenstatt. Julia partilha: “(Nesse período) aprendemos muito trabalhando nas casas do Monte Schoenstatt, especialmente o cuidado com as pequenas coisas – algo que para mim ficou muito marcado.” Maria Luiza explica que, à tarde, todas as jovens se encontram em um local reservado só para elas e mergulham na espiritualidade e na história, por meio de aulas, testemunhos e visitas aos locais. A noite “é tranquila, explica a jovem, com adoração, vivências nos Santuários do Vale, no túmulo do Pe. Kentenich… Temos tempo livre também, para quem quiser ir ao Supermercado, passear, descer ao Santuário Original, visitar as casas históricas que temos por aqui… Além disso, temos dias livres, de interação, de passeio, e de viagens também.”
“Nesse tempo em Schoenstatt, sinto que estou podendo aprofundar mais na minha espiritualidade, pelas coisas práticas, do dia a dia, o que eu tinha muita dificuldade,” conta Rafaelle e diz que cresce também pela experiência com outras culturas, as diferentes línguas, as longas caminhadas, os encontros e o anseio frequente de sempre estar na Capelinha (Santuário Original). “A internacionalidade que Schoenstatt propõe, as diversas nacionalidades que temos no grupo, proporciona para nós um encontro riquíssimo, uma troca que certamente nos engrandece.” Julia concorda: “Temos a alegria de estar em um grande grupo da Jufem Internacional e quando nos juntamos é alegria certa! Espero que possa levar todas essas vivências para minha vida toda e compartilhá-las com os demais.”
Para Julia, “este tempo para estar à sombra do Santuário Original é um grande presente da Mãe de Deus. Tudo aqui é muito especial, cheio de símbolos, significado e muita história. Aprender sobre esta história no lugar onde tudo aconteceu nos ajuda a aprofundar ainda mais no mistério da Aliança de Amor, no carisma do Pai e Fundador e a entender tudo foi crescendo de maneira orgânica.”
Do outro lado do mundo, mas, no lar
“O que mais marcante para mim é sentir que, mesmo estando do outro lado do mundo, eu consigo me sentir em casa,” reflete Luiza. E continua: “A Mãe de Deus, no Santuário Original nos acolhe de uma forma tão especial. Foi também perceber de uma forma mais clara, que realmente sou filha, que posso pedir e que posso confiar naquilo que eu entrego, porque muitas vezes dizemos que entregamos e confiamos, mas temos medo. Mas, aqui não. Sentimos tudo de uma forma muito serena. Realmente é muito especial”
Compreendi o mistério dos heróis
Rafaelle partilha que até chegarem em Schoenstatt houve muitos sacrifícios, apoios recebidos, muito esforço e contribuição ao Capital de Graças. “Hoje estou aqui, é minha resposta de gratidão a Divina Providência. Em cada minuto que vivo aqui consigo compreender e viver o mistério de Schoenstatt. Na primeira vez que entrei no Santuário, no momento exato em que me ajoelhei, tudo fez sentido. Foi como selar novamente a Aliança de Amor, como encontrar-me pessoalmente com a Mãe e não saber dizer outra coisa senão: Sim.
O tempo de Schoenstatt para mim é isso, meu sim aos planos da Mãe para mim, a reafirmação concreta do 18 de outubro de 1914. A Capelinha, de fato, é a mais linda de todo o Vale de Schoenstatt. Nesta terra de Schoenstatt pude compreender um pouquinho do mistério que cada herói sentiu, em sua pequenez só restava dizer à Mãe: Sim!
Finalizo com uma frase de Leonor Tarifa Gavilan, uma heroína querida: ‘A Mãe de Deus está no Santuário.’”
Rezemos por essas jovens!
Fico feliz em saber que estás jovens estão vivenciando e recebendo as graças junto ao Santuário original
Que elas sejam perseverantes nesta caminhada da AA e que a Virgem Maria com seu Divino Filho as abençoe hoje e sempre!
Otimo estas jovens poderem ter esta experiência viva em Shoentatt. A alegria do Senhor e ver os 💞💞💞💞💞💞felizes a buscaremos as suas realizações. Sejam o q Deus as inspirem para uma vocação assertiva.🙏