Ir. M. Nilza P. da Silva – Pode até parecer conto de fadas, quando chegamos no encontro de dirigentes da Liga de Mães, realizado de 2 a 4 de fevereiro, em Atibaia/SP, e vemos tanta ternura em artes. Mas, quem conhece essas mulheres, sabe a força que elas carregam e a coragem com que enfrentam batalhas diárias. Onde muitos pediriam tréguas na luta contra o mal, elas permanecem em pé, de mãos unidas e um coração que nunca desiste de amar.
Torna-nos semelhantes a ti…
“Num tempo em que as mulheres desconhecem sua missão feminina irrenunciável, a Liga de Mães é um testemunho. É um Ramo que trabalha com a mulher em seu ser integral. A partir da espiritualidade de Schoenstatt, com uma riqueza de símbolos e analogias, as mães são fortalecidas em sua missão de esposa e mãe, procurando unir a fé e a vida concreta a partir da Aliança de Amor,” afirma a Assessora Ir. Adriane Maria Barbosa.
Maria Angélica Rigoto, de Niterói/RJ e Maria Rita Fanelli Vianna, de São Paulo/SP, contam que “estão presentes mães dirigentes de 36 cidades, dos Regionais Coração Tabor e Missionis, além das Irmãs Assessoras. Tudo leva a crer que a Rainha Custódia Viva gosta de unir sua Família,” brincam elas.
Cada mãe presente é uma liderança, que se empenha pela dignidade feminina e pela transformação da sociedade a começar por ela mesma, por sua família, paróquia e comunidade. “O lema que nos impulsiona é: Rainha Custódia Viva, torna-nos semelhantes a ti: fortes, dignas, orantes, espalhando sementes de santidade e missão. É impulso para o Jubileu de Carvalho, 80 anos da fundação da Liga das Mães no Brasil, a ser celebrado em 2027,” explicam as duas mães Marias.
Artesãs da esperança
Na programação do final de semana, além dos tempos de oração, Santas Missas e reflexões em grupos, as mães aprofundaram sobre a maternidade como um ateliê divino e humano, onde se tece a vida. Olhando para o exemplo de Maria e o testemunho de Santa Gianna Beretta Molla, médica e pediatra italiana. Esméria Paula da Silva partilha: “Na Liga das Mães eu descobri a importância de ser mulher, esposa e mãe. Descobri que sou escolhida e amada por Deus. Para mim (os encontros) são uma fonte, onde vou ‘abastecer’, para seguir em frente.”
Juntas, as mães dialogam sobre a atuação como líderes de outras mulheres, avaliam o modo como atuam, trocam experiências e definem metas. Ir. Adriane Maria explica que a meta era colaborar para que as lideranças da Liga das Mães vivessem “uma renovada consciência da beleza de sua maternidade, como matriz única, tecida no ateliê divino humano. Ao mesmo tempo, as inseriu na dinâmica de um renovado empenho como dirigentes, fazendo do seu ramo e grupo, assumindo-o como ‘um filho’, à exemplo da Mãe de Deus, com a tríplice tarefa de gerar, nutrir e educar.”
Colaboradoras na missão de Maria
As Marias Rita e Angélica confirmam: “Cada momento favoreceu a escuta, por meio de palestras; a partilha, por meio de oficinas; e de oração; pela Adoração ao Santíssimo Sacramento, diante de Jesus Sacramentado, a conscientização de que cabe à mãe schoenstattiana gerar, nutrir a vida e educar, colaborar com a missão de Maria.” “Foi um encontro bastante produtivo,” conta Maria Aparecida Lopes. “Houve muitas informações sobre estratégias e comunicação com o grupo, bastante formação sobre a importância da mãe domo genitora, educadora, num paralelo com a vida de Nossa Senhora. Trouxe-me um entendimento melhor sobre o Ano da Oração, em preparação ao Ano Santo 2025.”
Todo esse conteúdo, vivências e momentos de adoração, são acompanhados pela simbologia da Custódia, que guarda e leva Jesus. Mas, também pela representação do tronco da árvore do Carvalho, figurando a preparação para os 80 anos de fundação da Liga de Mães no Brasil, em 2027. Veja mais detalhes no final do texto.
Outros temas aprofundados foram também a oração, tendo como base o Pai Nosso, e o auto conhecimento. “Pelo espírito de oração, de santidade e consciência de missão, ser semente para um futuro mais pleno do Reino do céu, onde a Mãe de Deus também reina e triunfa,” dizem as Marias. Elas explicam também que os dois temas, dignidade feminina e a vida de oração, continuarão a serem aprofundados em suas reuniões e outros encontros no decorrer de todo o ano.
Nos passos do Fundador
Maria Aparecida diz que “acima de tudo, esse evento me trouxe esperança. Como mães, a gente vê um mundo muito complicado, cheio de controvérsias e de informações contraditórias. A gente fica bastante perdida sobre como agir com os filhos, como educar bem. Mas, conseguimos visualizar que esse momento que a gente vive não é diferente do momento que o Pai e Fundador viveu, no Campo de Concentração de Dachau, e todo o período de incertezas no começo do Movimento, mesmo com a Aliança de Amor, pois todo projeto é uma incerteza. Assim como o Pai e Fundador viveu a Aliança de Amor e todas as incertezas serviram para frutificar ainda mais a Família de Schoenstatt, isso vai acontecer também conosco. Trouxe do encontro um ardor para ser realmente essa mãe forte, mãe que entende o que está acontecendo e se coloca a caminho, se coloca a trabalho, como a Mãe de Deus. Essa fortaleza e esse nosso testemunho, toda essa disposição para fazer diferença, para viver o ideal pessoal, se torna uma semente de santidade e transmite um pouco de esperança para as pessoas.”
“Esse encontro de dirigentes me mostrou que tenho uma missão… Senti que a Aliança de Amor é o tronco que nos sustenta, nos conecta e nos conduz a vida. Que não posso esquecer da vida de oração e do Capital de Graças, para sempre estarmos conectados a Deus e a Mãe de Deus. Conduzir o Ramo é um desafio, mais não posso perder a esperança, pois sou filha muito amada, por isso me torno forte. Maria é nossa educadora e a autoeducação é nossa companheira diária. A cada encontro que participo tudo vai ficando mais esclarecido,” partilha Marcia de Assis Camilo.
E as mães partiram para seus locais “felizes para sempre,” brincam as duas Marias, “conscientes que a verdadeira felicidade está em viver a filialidade perante Deus Pai, seguindo a Jesus Cristo, sob a Luz do Espírito Santo e a condução da Rainha Custódia Viva.”
A Liga das Mães é uma Dádiva de Deus no Movimento de Schoenstatt. Gostaria muito de conhecer este Ramo. Sigo todos encontros delas e fico apaixonada pelo carinho e zelo que cada uma tem e pelo que faz. A união delas é o carisma entre elas. Tudo é magnifico.