“A Aliança de Amor sempre estava presente, quando não tínhamos força para rezar era só olhar para o Santuário…”
Ir. M. Nilza P. da Silva – A Mãe e Rainha escolheu Rodolfo e Priscilla dos Santos, desde adolescentes, como seus instrumentos e prova constantemente isso. Eles se conheceram muito jovens, em eventos da Mãe e Rainha, na cidade em que vivem, Taubaté/SP. A amizade se aprofunda a cada reunião preparada juntos, é regada pelas graças do Santuário e transforma-se em amor conjugal. No casamento, a imagem da Mãe e Rainha é a principal convidada e, além de entrar com o noivo, tem seu lugar de honra junto ao altar.
No novo lar, um espaço especial para a Mãe de Deus, desde o começo, e a missão continua. A família aumenta com a chegada dos dois filhos, Nicolas Eduardo e Miguel Messias, hoje com 12 e 7 anos, e o milagre, nosso Daniel.
A alegria e o impacto preocupante
A partir de agora, eles é quem nos contam: Quando Miguel tinha 6 anos, “nossa família foi agraciada com uma nova vida. Ao descobrir a gestação, a alegria invadiu nossos corações. Na 29ª semana de gravidez, numa consulta de pré-natal, pedi para minha obstetra a realização do exame ecofetal. Surpresa com meu pedido, ela me orientou a agilizar o agendamento, porque o bebê já estava grande, o que dificultaria avaliar toda a estrutura de seu coração.
Conseguimos o exame para a mesma semana e, ao realizá-lo, o médico informou ao meu esposo e a mim que o nosso bebê tinha uma doença cardíaca gravíssima e que as chances de chegar ao final da gestação ou de sobrevivência após o parto eram mínimas. Nosso bebê foi diagnosticado com Displasia da Válvula Tricúspide não Ebstein. Uma anomalia rara, que atinge um a dez mil bebês.
A partir de agora, só esperamos em Deus
Na saída do consultório, sem saber o que fazer, vimos a Capela de Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento e entramos. De joelhos, pedimos a Jesus que cuidasse de tudo. A única certeza que tínhamos era que, a partir daquele momento, tudo seria pela graça de Deus. Ali mesmo, consagramos Daniel ao Sacratíssimo Coração de Jesus e a Nossa Senhora.
Semanalmente, fazíamos exames para ver as condições do bebê e ouvíamos que as nossas chances eram mínimas, pois o coração dele, do lado direito, era praticamente do tamanho do tórax, não permitindo o funcionamento normal de todo o resto do corpo.
A Aliança de Amor sempre estava presente em nossa luta
Quando não tínhamos mais forças para rezar, era só olhar para o Santuário e recomeçávamos com a reza do terço. Nessa caminhada, Deus preparou tudo: Colocou em nossas vidas duas médicas muito abençoadas, que nos encaminharam para um Hospital de Referência no caso, em São Paulo/SP.
Daniel precisou nascer prematuro e nos trouxe mais uma surpresa: descobrimos que nosso bebê tinha trissomia do cromossoma 21. Com dois dias de vida, nós o batizamos na própria UTI, para que a graça fosse completa. Em cinco meses e meio de internação, nosso filho passou por inúmeros exames, infecções, sepses, paradas cardíacas, cateterismo e cinco cirurgias. Durante todo esse tempo, nos mantínhamos com os joelhos dobrados em oração, acreditando que poderíamos alcançar o milagre na vida do Daniel.
A nós, só restava rezar e confiar
A Priscila tinha que ficar no hospital com o Daniel em luta para viver e, em casa, nos surpreendíamos com nossos dois filhos rezando o terço, no Santuário Lar, por própria iniciativa, suplicando pela vida do pequeno irmãozinho. Sim, nossa família rezou (e continua rezando) o tempo todo.
Mesmo com toda a vivência de fé e confiança na Aliança de Amor, não foi fácil. Tivemos que aprender a lidar com a ansiedade, porque o caso do Daniel era muito incomum também para a Equipe Médica e, praticamente, todos os procedimentos cirúrgicos eram decididos nas vésperas do ato. Cabia a nós apenas confiar em Deus, em Nossa Senhora e suplicar ao Espírito Santo que agisse sobre os médicos.
Tudo parecia ser conduzido para a perda…
No dia 6 de fevereiro de 2023, Daniel realizou a cirurgia do Gleen, para depois ser avaliado, se ele teria condições de voltar a ter um coração biventricular ou ele viveria com apenas metade do coração. A cirurgia teve inúmeras complicações e nós já não sabíamos mais o que rezar, a não ser entregá-lo. No final, ouvimos que tinha dado tudo certo e agradecemos muito.
Contudo, não tinha dado “tão certo” e percebemos que nosso bebê, em vez de melhorar, ia piorando rapidamente. Os médicos se desdobravam para tentar salvá-lo e nós intensificamos ainda mais nossas orações, suplicando que Deus tivesse misericórdia, pois o que constatávamos com nossos próprios olhos nos faziam crer que era chegado fim da vida de nosso pequeno filho.
Mas, Ela dava sinais de que estava cuidando
Entre as roupas que levamos para nosso filho, estava uma toalha com a estampa da Mãe e Rainha. Não éramos nós quem escolhíamos o que ele usava, mas, nesse dia tão difícil, sem nenhuma intervenção nossa, a enfermeira pegou justamente essa toalha, entre tantas opções de toalhas esterilizadas na UTI, e a colocou para apoiar o tubo, sobre o peito ainda aberto de nosso pequeno Daniel que lutava entre vida e morte. Sim, a Mãe e Rainha queria nos dizer que ela estava ali e era fiel a Aliança de Amor também nessa hora de tanta dor.
Numas dessas noites mais difíceis, o Daniel passou muito mal, estava tendo paradas cardiorrespiratórias e o coração dele, num único dia, parou por 3 vezes. Então, eu, o pai, pedia para a Mãe e Rainha que, naquela hora da morte, ao menos por um segundo, ela passasse seu olhar atencioso de Jesus para o Daniel e me permitisse a sua vida, para que eu pudesse apresentar Jesus para ele e também a nossa Aliança de Amor.
Nosso Deus é o Deus dos milagres!
No dia 9, apenas três dias após a cirurgia do Gleen, Daniel teve que retornar ao centro cirúrgico, para realizar o take down do Gleen, praticamente, para desfazer a cirurgia anterior, porque, sem nenhuma explicação natural, seu ventrículo, que antes era comprimido, se expandiu e passou a funcionar normalmente. Então, o Gleen estava atrapalhando sua recuperação. Com isso, a válvula tricúspide foi plastiada e passou a funcionar sem repercussão.
A graça foi alcançada, com o auxílio da medicina, mas, Jesus operou o maior milagre de nossas vidas. Contrariando todas as previsões, pouco tempo depois, voltamos para casa com nosso filho nos braços e vivemos na graça de Deus.
Queremos espalhar essa corrente de amor
Desde o primeiro dia no hospital, nós levamos conosco um pequeno santuário e a cruz da unidade. Daniel sempre esteve acompanhado pela Mãe e Rainha e seu Filho Jesus. Seu coração voltou a bater, quando os médicos já não tinham mais esperança alguma.
A Dra. Sonia Franchi ficou tão impressionada que partilhou em suas redes sociais: “Este é um testemunho de fé e superação! Mais uma vez, essa é a prova de que precisamos acreditar que a fé em Deus é nosso maior apoio… Vamos espalhar essa corrente de amor!”
Como vai continuar? Não sabemos! O Daniel passará por nova cirurgia? Somente Deus sabe! Mas, uma coisa é certa: A Mãe de Deus realmente leva a sério a Aliança de Amor conosco e nunca nos abandona. A Ela nossa gratidão sem fim.
Nossa Mãe e Jesus jamais abandonam um filho …que benção