Ir. M. Nilza P. da Silva – O Domingo de Ramos é a porta de entrada para a Semana Santa. Colocamo-nos ao lado de Jesus, que entra triunfalmente em Jerusalém, para iniciar sua caminhada de sofrimento. Ele não entra derrotado, mas, vitorioso, vai ao encontro do grande sofrimento, pois ele sabe que será traído, maltratado, condenado a morte e crucificado. Só depois de tudo isso, virá a sua ressurreição.
Quando ele entra, “toda a multidão dos discípulos, tomada de alegria, começou a louvar a Deus em altas vozes, por todas as maravilhas que tinha visto. E dizia: “Bendito o rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto dos céus!”.” (Lc 19, 37-38)
O significado dos Ramos
O ramo de palmeira, usado nas celebrações, é sinal da vitória de Jesus. Quando levamos nossos Ramos pelas ruas da cidade, testemunhamos que nos unimos a essa multidão que acolheu Jesus e que acreditamos nele. Proclamamos que ele é nosso Rei e que confiamos em sua vitória.
No meio das inseguranças da atualidade, nós temos uma certeza: Deus cuida de tudo! Juntos da Mãe de Deus, temos plena confiança de que podem nos vir todo tipo de sofrimento, mas, no final está a vitória. Cristo é rei e triunfa sobre todo o mal. Anunciemos que seguimos a Jesus e acreditamos na vitória. Como reza nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich: “Faze que eu vos leve aos povos, para conquistá-los e lutando, diariamente arrisque a vida por vós. Vosso Reino seja vitorioso em toda parte e amplie suas fronteiras até os confins do universo.” (RC 331)
Somos uma Igreja que sofre confiante na vitória da ressurreição!
O que fazer com os Ramos bentos?
Segundo o costume da Igreja, nas paróquias e também nos santuários de Schoenstatt, tendo passado a semana santa, se queimam os Ramos bentos e guardam as cinzas para serem usadas na quarta-feira de cinzas, do próximo ano. Nas famílias, muitos também os queimam e espalham as cinzas em torno da casa, ou as colocam em um pote de flor ou nas plantações, pedindo proteção e boa colheita. Há ainda os que guardam para queimar em momentos de aflições.
Maria vai inspirar a cada um o que é melhor fazer com o seu ramo abençoado. Nesse tempo de tanta insegurança para toda a humanidade, aproximemo-nos ainda mais dela e contemos com ela, vamos nos inserir em sua fé inabalável nesse período de incertezas. Ela permanece junto a cruz que cada família carrega. Os que, como os apóstolos, permanecem unidos a ela, em oração, contemplam a vitória de Cristo e recebem a força do Espírito Santo!
Rezemos com o Pe. José Kentenich:
Mãe e Rainha, ajude-me a compreender que “sem lagar não há vinho, o trigo deve ser triturado; sem túmulo não há vitória, só morrendo, se ganha a batalha.
Nunca me deixas sozinho, sempre estarás em mim com teu auxílio; irás comigo para o sofrimento e a luta, embora o caminho seja longo e duro.
No sofrimento e na perseguição ensina-me a crer que nada poderá te arrebatar a coroa da vitória!” Amém.
(Rumo ao Céu, 150, 154, 327)