Ir. M. Nilza P. da Silva – “Maio é um mês em que, nas igrejas e entre as paredes domésticas, sobe dos corações dos cristãos até Maria a homenagem mais ardente e afetuosa da prece e veneração. É também o mês em que mais copiosos e mais abundantes descem até nós, do seu trono, os dons da misericórdia divina,” escreve São Paulo VI, na carta “mês de maio”
Assim surgiu o mês mariano
A dedicação de um mês inteiro dedicado especialmente a Maria tem sua origem no século XVII, quando a Igreja Católica do Oriente, fazia algumas semanas de preparação para a festa da Assunção, rezando diariamente o Ofício Mariano. Já a Igreja no Egito, fazia esse ritual mariano, no mês de dezembro, unindo a solenidade da Imaculada com a festa do Natal.
Com o crescimento do catolicismo na Europa, a práticas diárias dos exercícios de devoção mariana, passaram a serem realizados em maio, o início da primavera. Em Paris, por exemplo, no século XIV, um grupo de ourives costumava levar à Catedral de Notre-Dame uma planta enfeitada com pedras preciosas. Em 1549, o monge beneditino Wolfang Seidl (+1562) publicou em Munique (Alemanha), algumas sugestões para o Mês Mariano.
Um altarzinho para Maria
São Felipe Néri, o santo da alegria e da juventude, ensinava seus educandos, em Roma, que no mês de maio deveriam ornamentar com as melhores flores os oratórios, entoar hinos marianos e procurar imitar as virtudes de Maria.
Com a fundação das Congregações Marianas, em 1725, os jesuítas ampliaram esse costume do alegre santo e motivaram que, em cada família, se fizesse um “altarzinho” em honra à Mãe de Jesus e se rezasse diante dela. Suas missões, no mês de maio, levaram o costume de imitar as virtudes de Maria, para muitos países, inclusive para o Brasil.
Os Papas Pio VII, em 1815, Gregório XVI, em 1833, e Beato Pio IX, em 1859, concederam indulgências especiais para este mês. Também, desde Pio XII, São João XXIII, São Paulo VI, São João Paulo II, Bento XVI, até o atual Pontífice, Papa Francisco, sempre motivaram os cristãos católicos a expressarem de modo especial o amor a Maria, durante o mês de maio.[1]
A reza do terço e a coroação no fim do mês
O belo costume de coroar Maria, em 31 de maio, deve-se ao fato de que esse dia era dedicado a realeza de Maria. Com a reforma litúrgica, pelo Concílio Vaticano II, a realeza de Maria passa para o dia 22 de agosto, logo após a solenidade de sua assunção ao céu, e em 31 de maio passa a se celebrar a visitação de Maria a sua prima Isabel. A coroação de Maria porém continua nessa data, como solene encerramento de seu belo mês.
“O mês de maio nos estimula a pensar e a falar de modo particular dEla”, fala São João Paulo II em maio de 1979. O Para Francisco reforma a tradição de rezar o Terço em família no mês de maio e revela que este é seu “segredo”: Desde 2020, a cada ano, ele coloca suas intenções especiais para a reza do terço, em toda a Igreja, e a cada sábado de maio, os fiéis se reúnem na Praça de São Pedro para rezarem o terço juntos.
Maio em Schoenstatt
Desde antes da fundação da Obra de Schoenstatt, em maio de 1914, Pe. José Kentenich profere a cada semana uma conferência mariana e motiva seus alunos a oferecerem a Maria sinais concretos de seu amor e seus esforços na autoeducação. Cada oferta significa um tijolo na construção de um santuário mariano em seu próprio coração. No último dia de maio de 1914, o diretor espiritual pergunta: “O término do mês de maio significar o fim do esforço extraordinário para construir no nosso interior uma catedral dedicada a Maria?”[2] Ele mesmo responde: “Nesse caso, seria melhor nunca ter começado.”
Com a Aliança de Amor, em 18 de outubro de 1914, essas ofertas se estendem para cada dia do ano e, em maio de 1916, o Pai e Fundador escreve uma carta ao prefeito da Congregação Mariana, na qual usa pela primeira vez a expressão “Capital de Graças” para designar essas ofertas especiais de amor a Maria: “Talvez também possa dar à sua auto santificação a meta concreta das ‘contribuições para o capital de graças’. Chegou a hora. Todos devem estar a postos! A causa a que servimos deve vencer e vencerá.”[3]
Flores de maio
Nesse maio de 1916, devido à crise econômica na Alemanha, os congregados foram enviados de férias para a casa de seus familiares. Menos José Engling, pois sua cidade natal era muito distante. A ele coube a tarefa de ornamentar o “altar de maio”, no seminário. Orientado pelo Pe. Kentenich, ele se sentiu inspirado a cultivar o jardim de seu coração e anota: “Flores de maio do jardim de meu coração, oferecidas à Rainha de Maio em seu mês.” Em seguida, segue uma lista com muitas virtudes, que ele deseja presentear à Maria, simbolizada pelas flores. Veja aqui essa lista. No final do mês, Engling entrega para Maria 1.712 flores colhidas no jardim de seu coração, ou seja, uma média de cinquenta e cinco por dia. Realmente, maio fora o mês florido de seu jovem amor.
A cada ano, a Mãe e Rainha recebe muitas flores, como estas de José Engling. Envie também a sua, para que jamais cesse na Igreja essa primavera do amor a Maria.
[1] Fonte: Arq de Salvador – site: https://arquidiocesesalvador.org.br/voce-sabe-por-que-o-mes-de-maio-e-dedicado-a-nossa-senhora/
[2] Pe. Kentenich, palestras de maio, livro: Sob a proteção de Maria V.I
[3] Pe. Kentenich, livro: Sob a proteção de Maria V.I
Meu nome tem Maria com certeza minha mãe ao por meu nome Simone Maria fez honras a Maria mãe de Jesus. Amo muito Maria e sou grata a Deus por ter me permitido nascer no mês de Maria minha mãe Maria que pra sempre vou amar de louvar. Salve Maria mãe de Jesus.