Ir. M. Nilza P. da Silva – Hoje, 9 de maio, quando a Igreja celebra a Ascensão de Jesus – no Brasil essa solenidade é transferida para o domingo – o Papa Francisco publica a Bula[1] de proclamação do Ao Santo 2025.
Destacamos aqui alguns pontos descritos, a fim motivar cada pessoa a ler o texto na íntegra:
– A esperança é a mensagem central do próximo Jubileu – o Jubileu de 2025 anos do nascimento de Jesus.
– A peregrinação representa um elemento fundamental do Ano Jubilar. “Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida. A peregrinação a pé favorece muito a redescoberta do valor do silêncio, do esforço, da essencialidade.” O Papa convida todos os cristãos a peregrinarem e apresenta que em Roma haverá itinerários especiais para o Ano Santo, somando-se aos que já são tradicionais. Nas Dioceses, seja dado um acento especial ao sacramento da confissão em sua forma individual, pois a reconciliação é o ponto de partida para toda caminhada na fé (5)
– Haverá a abertura da Porta Santa “para oferecer a experiência viva do amor de Deus, que desperta no coração a esperança segura da salvação em Cristo. Lembra o Papa que em poucos anos haverá o Ano Jubilar de 2033 anos da morte e ressurreição de Jesus. (6)
24 de dezembro de 2024 – Início do Ano Santo, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro
29 de dezembro de 2024 – Abertura da Porta Santa na Catedral de São João de Latrão
1 de janeiro de 2025 – Abertura da Porta Santa da Basílica Santa Maria Maior
5 de janeiro de 2025 – Abertura da Porta Santa da Basílica São Paulo Fora dos Muros (estas últimas três Portas Santas serão fechadas em 28 de dezembro de 2025)
29 de dezembro de 2024 – Abertura Solene do Ano Jubilar em todas as catedrais, no mundo todo
28 de dezembro de 2025 – Encerramento do Ano Santo nas dioceses
6 de janeiro de 2026 – Encerramento do Ano Santo, com o fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro (6)
Destaques especiais
A seguir, a Bula Papal destaca algumas realidades que merecem atenção especial nesse tempo de graças: O empenho pela paz no mundo e o fim das violências: “Que não falte o empenho da diplomacia para se construírem, de forma corajosa e criativa, espaços de negociação em vista duma paz duradoura”. (8)
Chama ao empenho de todos pela abertura à vida, com uma maternidade e uma paternidade responsáveis, que se vençam as ideologias e se “trabalhe por um futuro marcado pelo sorriso de tantos meninos e meninas que, em muitas partes do mundo, venham encher os demasiados berços vazios.” (9)
Seguindo os acentos dos Anos Jubilares, desde o Antigo Testamento, a Bula motiva para se dedicar um olhar especial aos prisioneiros, aos enfermos, aos jovens: “Não os podemos decepcionar: o futuro funda-se no seu entusiasmo… cuidemos dos adolescentes, dos estudantes, dos namorados, das gerações jovens! Mantenhamo-nos próximo dos jovens, alegria e esperança da Igreja e do mundo!” (12) Anima para o cuidado dos idosos, migrantes e pobres “o Jubileu lembra que os bens da terra se destinam a todos, e não a poucos privilegiados” (16)
Pede às nações mais ricas que estabeleçam o perdão das dívidas aos países mais pobres (17) e convida ao empenho de todos pela unidade da Igreja. “Todos os batizados, cada qual com o próprio carisma e ministério, se sintam corresponsáveis pela mesma a fim de que muitos sinais de esperança deem testemunho da presença de Deus no mundo.” (17) Suscita o Papa que se cultive a memória dos mártires do passado e do presente. (20)
A Bula descreve que em tempo propício a Penitenciária Apostólica também anunciará quais são e como receber a Indulgência Jubilar. Convida cada um a ser também indulgente e oferecer o perdão a quem lhe ofendeu e a pedir perdão pelos males causados. Suscita que os Missionários da Misericórdia, instituídos no Ano da Misericórdia “exerçam o seu ministério também durante o próximo Jubileu, restituindo esperança e perdoando todas as vezes que um pecador se dirija a eles de coração aberto e espírito arrependido. Continuem a ser instrumentos de reconciliação, e ajudem a olhar para o futuro com a esperança do coração que provém da misericórdia do Pai” (23)
Os Santuários Marianos
Por fim, a Bula destaca a Mãe de Deus, como Mãe e testemunha da esperança. Salienta os “Santuários Marianos espalhados pelo mundo, metas de inúmeros peregrinos que confiam à Mãe de Deus preocupações, sofrimentos e anseios. Neste Ano Jubilar, que os Santuários sejam lugares sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança.” Convida todos os que peregrinarem a Roma a visitar os Santuários Marianos da cidade, “a fim de venerar a Virgem Maria e invocar a sua proteção… Todos, especialmente aqueles que sofrem e estão atribulados, poderão experimentar a proximidade da mais afetuosa das mães, que nunca abandona os seus filhos. (24)
Conclui o Papa Francisco, com o desejo que o Jubileu seja de fato um Ano Santo “caraterizado pela esperança que não conhece ocaso, a esperança em Deus… Deixemo-nos, desde já, atrair pela esperança” e sejamos portadores de esperança para todos, enquanto esperamos por Jesus, que virá em sua glória.
Leia aqui o texto completo da Bula
Santuários de Schoenstatt em Roma
– Santuário Cor Ecclesiae
Via Aurelia Antica, 12, 00165 Roma
Tel. +39 0639378780
– Santuário Matri Ecclesiae (Belmonte)
Via di Santa Gemma 17, 00116 Roma
E-mail: mail@roma-belmonte.info
Site: roma-belmonte.info/pt
– – – – – – – –
[1] Segundo a tradição, cada Jubileu é proclamado por uma Bula Papal (ou Bula Pontifícia) de Proclamação. Por “Bula” entende-se um documento oficial. Cada Bula é identificada pelas suas palavras iniciais. Ex. Pela Bula Incarnationis mysterium (“O Mistério da Encarnação”) São João Paulo II proclamou o Grande Jubileu do Ano 2000. Na Bula se define as datas do início e do fim do Ano Santo e outros detalhes. https://www.iubilaeum2025.va/pt/giubileo-2025/bolla.html