Uma luz de esperança em meio à escuridão!
Ir. M. Denise Mendes Ternes mora e trabalho em Porto Alegre/RS, e com outras Irmãs e membros da Família de Schoenstatt está ajudando os atingidos pelas enchentes. Ela partilha conosco uma reflexão sobre esse tempo:
Hoje, como Família de Schoenstatt, celebramos o dia da fidelidade e da gratidão: 20 de maio nos recorda a volta do Pe. Kentenich do Campo de Concentração de Dachau em 1945! Esta foi uma luz de esperança em meio à escuridão, pela qual o Movimento passou, no tempo de prisão do Fundador e das dúvidas e expectativas em vista do futuro da Obra.
Deus escreve de muitas formas…
Acreditamos ser esta também a grande necessidade do povo gaúcho, ante tão difícil situação pela qual passa, neste mês de maio: uma luz de esperança em meio à escuridão! Em tempos sombrios Pe. Kentenich, com sua visão profética, ensinava a interpretarmos os acontecimentos à luz da Fé Prática na Divina Providência. Deus escreve de diversas formas no livro da vida! O desafio é compreender a fundo o que ele quer dizer em cada situação!
Não é diferente, hoje, quando olhamos o Estado do Rio Grande do Sul e tudo o que acontece, desde o início de maio. Incerteza, o receio, o medo, o estresse, a angústia são sentimentos que invadem os corações de muitas pessoas e famílias; sem falar no afastamento físico e na separação das famílias, acolhidas em locais diferentes, e o luto. Tudo isto exige um olhar atento, o ouvir com muita caridade e a demonstração de empatia por quem sofre.
Também os voluntários, socorristas, técnicos e especialistas buscam o consolo, para vencer suas angústias e medos, sobretudo, devido ao cansaço e estresse pelo excesso de trabalho e ajudas prestadas.
Somos instrumentos, canais para a graça passar
Uma profissional psicóloga chegou ao estresse, após dois dias de intenso atendimento, devido ao início da tragédia, o que a levou a pedir ‘socorro’. Seu sentimento era de impotência, diante de algo tão inesperado e difícil de interpretar, diante da dor, do medo e de muitos outros sentimentos externados por aqueles a quem atendia.
O estresse já havia tomado conta do seu ser a ponto de, ao encontrar uma Irmã, essa psicóloga pedir pedir ajuda, pedir um abraço. Ficou assim uns segundos abraçada e depois verbalizou que este era um momento importante para ela, sentiu-se acolhida e pediu para conversar. Falou que, neste momento, ela também não tinha muito a dizer para as pessoas, tinha apenas que ouvir. Ela foi acolhida, escutada, e saiu reconfortada, como ela mesma disse, com mais força para continuar o trabalho. Nossa Rainha, no Santuário, pode dar o que seus filhos, por mais que se esforcem, não são capazes de oferecer, mas eles são os instrumentos por onde a graça passa.
A força da fé nos mantém de pé
Receber os donativos, separar, lavar, passar, organizar, marcar e distribuir para os abrigos tem sido um trabalho importante. Na visita aos abrigos, a palavra animadora, a empatia, o amor desprendido, o ouvir atento não é apenas consolo, mas também esperança, sim esperança porque eles não se sentem sozinhos, mas amparados. Nesta missão, a gente não apenas se dá, mas também recebe, pois, há uma partilha de vida, de histórias, de dores e também de superação.
A força da fé faz ficar de pé, mesmo quem perdeu quase tudo, mas não perdeu o mais valioso, sua vida. Por exemplo, uma senhora, que foi resgatada no telhado de sua casa, viu tudo perder-se e teve medo de perder a própria vida. Ela relata que só tem a agradecer a Deus, pois está viva e sua família também! Este é um verdadeiro testemunho de fé!
Outra pessoa conta que, ao ser salva, acolhida por um jovem com um cobertor e um café quente, só recordava do amor que esta pessoa, que sem a conhecer, foi tão desprendida, e a salvou, deu-lhe demonstração de que o amor ainda existe. Ela não conseguia dormir, pensando se esse jovem estava bem, onde ele estaria, até que, pelas redes sociais, ela o descobriu e este era o maior motivo de sua gratidão a Deus.
Nesta hora se conhece o amor verdadeiro
A experiência do cuidado, do amor desprendido, da generosidade e partilha tem sido marcante neste momento de catástrofe. A caridade que não olha quem, nem onde, nem como, mas, vê no outro o irmão que necessita de mão amiga. Esta missão é muito mais do que evangelização, é colocar em pratica a palavra sagrada: “Eles tinham tudo em comum!” (Cf. Atos 2, 44). A ajuda, a humanidade e compaixão devem marcar o cristão.
No caminho da Aliança somos chamados a ‘resgatar’… resgatar quem está longe de Deus, quem desanima, sem ver o horizonte, quem perde a vontade de viver, porque não sabe por onde recomeçar. Nossa missão é grande, somos chamados a ir ao encontro, a sair de nós mesmos e dar o que é mais valioso: a nós próprios!
Encerro com uma frase, que tem sido verbalizada neste momento caótico e de dor: “Se você ignora a dor do outro, então, você não sabe o que é amor!”
Fotos: Foto: Márcia Katzumi, Ir. Denise M. Ternes e Ir. Neiva Pavlak
Ah q relato si IrmaDenise quisera q todo brasileiro lesse esta descrição em síntese pirq foi muito mais.. e s1eus corações se abrissem .1Deus esta a porta e pede amor amor…a 1frasse conclusiva.seja refletida por todos nos.. E muito bom praticar o bem. Feliz Dia da gratidão. Em Pe Jose K pra quem tem dificuldade. Aprenda com ele 1.amém
Sim, há uma luz de esperança em meio à escuridão!
A população brasileira fez muito bem seu trabalho, em cada partilha que ouvimos, lemos ou assistimos sentimos um altíssimo grau de empatia, puro AMOR.
Em situações como esta que estamos vivendo nosso Pai e Fundador ensina com seu exemplo de vida a sermos solidários, calmos, resilientes e tranquilos, mesmo em meio ao mais alto grau de sofrimento.
Então nossas Irmãs de Maria não poderiam deixar de participar deste momento, já que elas são os maiores instrumentos da Mãe e Rainha aqui na terra.
Gratidão às Irmãs de Maria de Schoenstatt pela paz e confiança num futuro melhor, que transmitem ao aproximarem-se dos leigos; bem como pelo exemplo de. verdadeiras cristãs que nos dão.