São Luiz Gonzaga, o santo que nosso Pai e Fundador cita no Documento de Fundação
Ir. M. Nilza P. da Silva – “Como para São Luis Gonzaga, nosso segundo Padroeiro, uma Capela de Nossa Senhora em Florença, esta Capelinha de nossa Congregação deverá ser para nós o berço da santidade.” Assim diz nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, no Documento de Fundação, de 18 de outubro de 1914.
Quem é São Luís Gonzaga?
Um jovem jesuíta, italiano, que desde a infância desejou ser sacerdote. Filho de uma família, com muitos bens, lutou muito para que seu pai dissesse sim a este seu desejo. O pai fez de tudo para afastá-lo dessa ideia e o enviou para ser educado para assumir postos da nobreza na Itália e na Espanha.
Por fim, o jovem renuncia a sua herança e é aceito na Congregação dos Jesuítas. Destaca-se por grande inteligência e uma vida de santidade, no amor a Deus, a Maria, a Eucaristia e ao próximo. Durante a peste, ao socorrer os morimbundos, pelas ruas de Roma, é também infectado e morre aos 23 anos. Ver mais aqui.
Luiz Gonzaga foi canonizado, em 1726, por Bento XIII, que, após três anos, o nomeou protetor dos estudantes; Pio XI o proclamou, em 1926, Padroeiro da Juventude católica; João Paulo II o nomeou, em 1991, Padroeiro dos pacientes de AIDS.
Que Capela de Nossa Senhora, foi sua escola de santidade?
O adolescente Luís tinha um grande amor a Maria. Sendo enviado para ser educado para ocupar cargos de nobreza, passava muito tempo, em oração, junto da imagem de Nossa Senhora da Anunciação, na catedral de Santa Maria in Fiore, em Florenza, na Itália.
Já aos 10 anos, consagrou-se inteiramente a ela, para que ela, como a primeira consagrada, o conduzisse a um filial amor a Deus.
Queria ser como ela e, apesar do ambiente promíscuo em que vivia, distinguiu-se pela pureza e um profundo zelo pela virtude da castidade. Maria o conduzia por meio de revelações internas e o educou no amor a Jesus e numa vida serviçal e humilde.
Que relação ele tem com nossa história?
Os primeiros congregados, no seminário em Schoenstatt, tinham a São Luís como segundo padroeiro e protetor da pureza. A medalha que recebiam, tinha “de um lado a imagem da Imaculada Conceição e no outro lado a imagem de São Luís de Gonzaga.” Por isso, em 1914, a imagem de São Luís recebeu um lugar de destaque, no Santuário Original. Em 1934, na reforma, quando o Santuário ganhou o novo altar, essa imagem foi retirada e hoje se encontra no Santuário do Jardim de Maria, no Monte Schoenstatt.
“Consagramo-nos sem reservas à Santíssima Virgem, para que ela nos conduza ao seu divino Filho,” disse Pe. Kentenich a eles, relacionando a educação que Maria dedicou a São Luís.
Na biografia de nossos heróis, vemos claramente que, assim como a São Luís, a Mãe de Deus também educou nossos primeiros a um grande amor a Jesus eucarístico e ao próximo, testemunha disso é a Associação Eucarística e a Missionária, instituídas pelos seminaristas já nos primeiros meses.
O que isso diz para nós hoje?
O genuíno amor a Maria é um caminho seguro de santidade. O amor a Eucaristia, a autêntica aspiração à pureza, o zelo apostólico são provas da autenticidade desse amor.
Celebrar São Luís é colocar-se a disposição como instrumento da MTA, para que, a partir do Santuário, ela nos ajude a sermos os santos que o tempo de hoje precisa.
Foto: Ir. M. Nilza P. da Silva
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Fontes:
Ferdinand Kästner, Sob a Proteção de Maria, Pesquisas e documentos do início da história de Schoenstatt 1912-1914
http://urheiligtum.de/
https://www.diocesesaoluis.org.br
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/06/21/s–luis-gonzaga–jesuita–padroeiro-da-juventude-catolica.html