As imagens de São Pedro e São Paulo, no Santuário

O impulso apostólico e a fidelidade ao Papa

Ir. M. Nilza P. da Silva – Ao elevarmos os olhos, do Tabernáculo para a imagem da Mãe e Rainha, no Santuário, encontramos dois apóstolos, que também olham para ela: São Paulo e São Pedro.

Por que elas estão no altar?

Em primeiro lugar, porque ambos representam as duas pilastras que sustentam a Igreja. Em Roma, quase todas as basílicas também têm, na sua entrada, essas duas estátuas. Pedro, com a chave na mão, recorda-nos o primado do Papa. O carisma que o Espírito Santo deu ao nosso Fundador, Pe. José Kentenich, deve estar sempre unido com a hierarquia, servir a Igreja em fidelidade ao Papa. Paulo, com a espada na mão, indica-nos sempre que somos um Movimento Apostólico, nascemos em saída e, como Paulo, temos a missão de anunciar ao mundo a Aliança selada por Jesus, com toda a humanidade.

Como essas estátuas chegaram ao Santuário

Desde o começo, havia uma tensão na comunidade Palotina, porque o Santuário não tinha a imagem da Rainha dos Apóstolos, padroeira dos palotinos. Esse tema ia e vinha sempre de novo. Alguns achavam que a imagem da MTA deveria ser trocada ou por uma Rainha dos Apóstolos ou pela imagem da Mãe do Divino Amor, uma devoção especial de São Vicente Paloti. Nosso Pai e Fundador era da opinião que foi a Divina Providência conduziu a imagem da MTA ao Santuário, então, ela deve permanecer.

No dia 15 de outubro de 1935, Pe. Alex Menningen sugere ao Superior Geral, Pe. Cardi, que, para solucionar essa questão, as estátuas dos apóstolos Pedro e Paulo fossem colocadas de cada lado da imagem da MTA. Isso representaria a Mãe de Deus como Rainha dos Apóstolos.

Esta sugestão agradou ao Superior Geral, porque deu expressão suficiente à sua convicção “de que também o Movimento Apostólico de Schoenstatt é um ramo da árvore plantada por Vicente Paloti.”

A sugestão foi realizada rapidamente, ou seja, as imagens de Pedro e Paulo foram colocadas ali entre 15 de outubro e 12 de novembro, pois nessa data, a direção da província palotina de Limburg, anota na crônica:

“Sendo a ‘Rainha dos Apóstolos’ a Padroeira da Sociedade e de todo o seu trabalho externo, esta ideia (da entronização) foi aceita, em acordo com as orientações do Conselho Geral e, no Santuário de Schoenstatt, sob a imagem de graças e ao lado do tabernáculo, foram entronizadas as estátuas dos Príncipes dos apóstolos, Pedro e Paulo.”

Os dois anjos que ocupavam esses lugares foram retirados e, atualmente, se encontram ao lado da imagem da Mãe e Rainha, na entrada da Casa Geral dos Padres de Schoenstatt, na Alemanha.

Coroa para a Rainha dos Apóstolos

Quando esse altar de madeira, foi colocado em 1934, a imagem da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt recebeu uma coroa esculpida em madeira. Quando os dois apóstolos foram entronizados, e ficar bem claro que ela é Rainha dos Apóstolos, os Palotinos douraram essa coroa de madeira.

Esta coroa foi substituída pela coroa atual, em 10 de dezembro de 1939, quando a Madre Três Vezes Admirável foi, então, solenemente coroada Rainha, no contexto da celebração do jubileu de prata da Aliança de Amor.

Desde então, a MTA é invocada como Rainha

Em 1948, em um relatório escrito na África, Pe. Kentenich explica:

“É possível vincular a imagem da Rainha dos Apóstolos com a MTA… A direção geral da Sociedade (Palotina) assumiu esta ideia, anos atrás, e desejou que nós, no Santuário de Schoenstatt, a tomássemos em consideração. Fizemos isso colocando as duas estátuas dos Príncipes dos Apóstolos no altar e coroando a Mãe Três Vezes Admirável como Rainha.

Desde, invocamos: Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, rogai por nós! – Interpretamos a palavra ‘Rainha’ de modo geral e também como ‘Rainha dos Apóstolos’.”

Fone: urheiligtum.de