Falar da tragédia em consequência da enchente ocorrida no estado do Rio Grande do Sul, neste ano de 2024, é desnecessário. Este episódio, com uma sequência de desastres intermináveis, que se desenrolou ao longo de todo o mês de maio, foi amplamente divulgado em todos os meios de comunicação.
O que tantas famílias passaram e continuam a vivenciar, após retornarem para as suas casas, é inimaginável. Quaisquer vídeos, fotos, reportagens ou relatos que possamos acompanhar são insuficientes para dar a noção real do que aconteceu. Não se consegue ter ideia da situação enfrentada por essas famílias se não entrarmos em suas casas e vivenciarmos juntos a tragédia.
É importante saber que, embora as mídias não deem destaque, muitas famílias continuam necessitadas. A CNBB tem uma página – Tempo de Cuidar – pela qual podemos acompanhar a atualidade.
Desafios da reconstrução
Dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo de Santa Maria/RS, informa que os recursos estão sendo destinados de forma integrada, por meio da ação dos bispos das regiões mais afetadas, na reconstrução da vida de tantas pessoas. “Neste momento, estamos priorizando as situações das pessoas que não têm o mínimo para viver. Estamos adquirindo alguns móveis e eletrodomésticos para que a vida possa continuar”, reforçou.
Para ele, os maiores desafios para os atingidos pelas enchentes são: permanecer no Rio Grande do Sul, renovar a economia da região e cuidar da saúde mental de quem viu e participou de momentos tão duros. “Rezem por nós. O RS vai se reerguendo aos poucos. Queremos cada vez mais sermos solidários com todos, porque foram muitos solidários conosco. Obrigado a todos que estão participando desta grande campanha É Tempo de Cuidar”, disse.
Ela quer estar com seus filhos
Após as chuvas cessarem, membros da Família de Schoenstatt, de Porto Alegre/RS, continuam também a serviço dos mais necessitados, empenhando-se para transfigurar a realidade. A Pastoral do Santuário programou as visitas. Como disse Ir. Marialice Almeida Rodrigues: “A Mãe Peregrina quer estar junto dos seus filhos e pede que levemos a sua imagem àquelas famílias que mais necessitam de sua benção e proteção.” Desse modo, ela motiva a todos para seguir o belo exemplo do Diácono Luiz Pozzobon que levava a Mãe aos mais necessitados: “Agora é a nossa vez.”
Como Pozzobon, um grupo de schoenstattianos pediam a bênção da Mãe e Rainha, em seu Santuário, e a levaram, na Imagem Peregrina Auxiliar, para muitas famílias, especialmente de Canoas/RS. Desse modo, fazem sua parte, nesta situação, para ajudar a Mãe a tornar o Brasil um Tabor das glórias de seu Filho Jesus.
A imagem foi colocada sobre o andor em um carro e, com o casal Ademar e Leocádia Arnecke, da coordenação arquidiocesana da Campanha da Mãe Peregrina, foram para a região atingida. Choca “a visão impactante da quantidade de móveis, eletrodomésticos, roupas, brinquedos, enfim de todos os pertences que compunham o lar e a história daquelas famílias estavam inutilizados e depositados nas calçadas. Quase a totalidade das casas ainda permaneciam sem condições de uso,” conta Ana Luísa Nardin. Ademar e Leocádia também tiveram muitas perdas, mas, amam com o coração da Mãe e Rainha, por isso, seguem em missão.
Levar graças e confiança
Ana Luísa partilha também que, na caminhada, o grupo ia entoando cantos da Mãe Peregrina. Paravam para conversar e ouvir um pouco das histórias das famílias atingidas e as convidavam para rezar uma dezena do Terço e a oração da confiança. “A Mãe Peregrina já é conhecida por muitas dessas famílias, devido ao trabalho missionário realizado na arquidiocese de Canoas,” explica.
Pequenos milagres
No final de um dia, o grupo visitou a casa de Ademar e Leocádia, que lhes mostrou algo que impressiona: A chuva arrastou objetos e móveis pesados, no quarto, restou apenas uma mesinha de cabeceira e, sobre ela, com todos os objetos intactos, secos e no mesmo lugar. Na sala, a força da correnteza tombou um armário grande repleto de livros e, em meio ao cenário de completa destruição, a Bíblia ficou aberta, no chão, na última página do Apocalipse. Como disse uma das senhoras que esteve nesta visita, é algo extraordinário ver de perto esses “pequenos grandes milagres”.
O casal é um exemplo de força e fé profunda, que transmitem esperança e paz, mesmo vivendo momentos de muita dor. Todas as pessoas visitadas ficaram muito gratas por receberem a Mãe Peregrina em suas casas. A gratidão preenche também o coração dos schoenstattianos que acompanham os flagelados. A Mãe e Rainha os enche de esperança de que ela ajuda a manter a fé e dá forças para cada família reconstruir o que foi perdido.
Texto: Ana Luísa Nardin e Ir. M. Nilza P. da Silva
Fotos: Pastoral do Santuário de Schoenstatt, em Porto Alegre
Q testemunho da providência de Deus.E isso q sempre falo em minha familia .q sintonia temos com Deus e com a mãe de Deus. Em nossa vida.As coisas boas relatam os q Deus está.e as tribulações. Porq acontece.ai eu me pergunto.senhor alguma coisa quereis por permitir tal coisa.sabemos q Deus nos ama e quer nossa Salvação.. E h de refletirmos a caminhada..A sua palavra ficou intacta pra revermos onde estamos errando.