Sem dúvidas que a maternidade e a paternidade são uma grande bênção e trazem infindas alegrias. Mas, quem é mãe ou pai também sabe que com a geração de um filho vem junto a coragem e o medo. Que mundo meu filho vai encontrar? Saberá ele ser forte na luta contra o mal? Saberemos educá-lo de modo que ele se decida sempre pela vontade de Deus?
Antes de serem nossos eles são de Deus
Antes de serem gerados no ventre materno, eles já existiam diante de Deus. O Senhor disse a Jeremias “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado.” (Jer 1,5), Com nosso sim a maternidade ou a paternidade, colocamo-nos a disposição de Deus para que, se for de sua vontade, esse ser eternamente amado receba corpo e vida humana.
Consagrar ainda no ventre materno
É por isso que faz sentido consagrar o filho, ainda no ventre materno, pois é confiar à Deus aquele que já lhe pertence e abrir-nos para que Deus o santifique e nos ajude a educá-lo. Que aconteça o que o anjo prometeu a Zacarias: “Desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo” (Lucas 1,15).
Entre os santos que foram consagrados a Maria, enquanto eram gerados no ventre materno, temos São João Bosco, São João Maria Vianey, São João Paulo II. Também Katharina Kentenich consagrou seu filho à Nossa Senhora, enquanto o gerava. Ato que ela repetiu ao deixá-lo no orfanato: “Educa meu filho! Sê-lhe inteiramente mãe! Cumpre no meu lugar os deveres de mãe”, assim reza Catarina Kentenich, diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário, no dia 12 de abril de 1894.
Maria os educa conosco
Não se trata de abandonar a missão materna e paterna, mas, de encontrar aliados divinos que nos ajudarão na missão de educar e conduzir a nova vida, intercedendo por eles e por nós pais. Nunca estaremos sozinhos nessa grande, abençoada, bela, mas, também difícil tarefa, ainda mais nos desafios de nosso tempo.
Consagração das Gestantes
É por isso que, como vemos pelas Redes Sociais, em vários Santuários da Mãe e Rainha de Schoenstatt, no Brasil, desde o ano passado, intensificaram-se o empenho apostólico pela consagração dos filhos ainda no ventre materno. A União de Mães de Schoenstatt, em todo o Brasil, segundo Maria Auxiliadora Tarifa Coelho, abraça essa causa como um de seus apostolados especiais.
Exemplo disso é a Consagração das sete Gestantes, no Santuário da Vila Mariana, em São Paulo/SP. Elas chegaram com seus familiares, foram acolhidas pela Ir. M. Sandra Maieski, assessora do movimento local, e a consagração foi dirigida pelo Pe. Antonio Bracht. Numa breve alocução, ele falou sobre as bençãos e graças que Deus presenteia a cada pessoa, especialmente às mulheres cristãs, que se dignam a se consagrar e a seus filhos ainda no ventre, neste Santuário de Schoenstatt, onde a Mãe de Deus as acolhe com suas intenções e projeta o seu puro amor maternal, ajudando-as no despertar para o verdadeiro sentido da maternidade sobre elas.
Confiança, fé, tranquilidade…
Em seguida, as gestantes e seus esposos rezaram a oração de consagração, na qual está expressa a beleza de ser instrumentos nas mãos do Pai para dar vida ao filho. “Saber que ela já cuida dele (meu filho) ainda no meu ventre me traz uma paz e tranquilidade inexplicáveis. Sigo para a reta final da gestação com a fé e a confiança de que ela já cuidou de tudo,” diz Bruna A. da Silva Alves. Pe. Antonio abençoou cada uma das grávidas e seus esposos que, juntos, manifestaram sua felicidade e emoção pela oportunidade de participar desse ato tão sublime de amor e fé. Emily M. S. Alfaro, relata: “Participar desta Consagração, com a presença de minha família, foi uma grande bênção! Foi visível o carinho com que a Mãe e seu filho Jesus acolheram as gestantes e o sim à vida dado por cada uma. Com a confiança renovada e a certeza de que meu filho já pertence à Mãe, sigo a caminhada de minha segunda gestação.”
Fala um filho consagrado
Ir. M. Sandra mencionou o quanto a consagração de uma mãe e seu filho ainda no ventre toca sensivelmente seus corações. Ela conta que, há poucos dias, um menino de 10 anos, foi ao Santuário, para se consagrar e disse: “Quando eu estava na barriga da mamãe, foi ela que quis, mas hoje, sou eu que quero me consagrar à Nossa Senhora”.
Texto: Ir. M. Nilza P. da Silva, colaboração: Maria Auxiliadora Tarifa Coelho
Consagrar-se a Maria é *ter certeza* de que ela estará sempre a nos proteger e nos levar a Jesus.