Ir. M. Nilza P. Silva – Há 75 anos, logo em seguida da Segunda Guerra Mundial, a Europa vivia uma situação de caos. Na Alemanha, assim como em vários outros países, todos se ocupavam com a reconstrução. Reconstrução econômica, reconstrução das casas, reconstrução das famílias, que em grande parte tinham agora somente a posição da mãe, pois o pai havia perecido na guerra.
Em Schoenstatt, mulheres fortes e corajosas logo perceberam que não bastava reconstruir o setor econômico, reconstruir as casas, se isso não fosse acompanhado pela reconstrução moral e religiosa de cada família. Unidas ao Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, no dia 8 de setembro de 1950, essas mulheres iniciaram a União das Mães de Schoenstatt, com o objetivo de serem apóstolas, em primeiro lugar, dentro de casa, mas também ajudando concretamente na transformação da sociedade, na construção de um mundo novo. Ser vivas presenças e imagens de Maria, que passam pelo mundo, irradiando a paz, amor, esperança e reconduzir a sociedade para Cristo.
A Mãe de Deus assume junto
Dois dias após a fundação da União das Mães, inicia-se no Brasil a Campanha da Mãe Peregrina, com uma resposta para essa ação ousada das mães da União. É como se a Mãe de Deus dissesse a elas: Eu não fico fora dessa iniciativa, eu vou junto! Assim como as senhoras se empenham pela reconstrução moral, social e religiosa das famílias e da sociedade, por meio da condução de mulheres, eu também vou em cada família, levando as graças do santuário e a presença do meu filho.
Nas palavras do fundador, no ato de fundação da União de Mães, em 8 de setembro de 1950, nós lemos as seguintes frases:
“Precisamos de uma geração de guias… Para isso, devemos fazer vigorosas exigências e formar-nos mutuamente… Devemos ter a profunda convicção: A Mãe de Deus assume a responsabilidade… O ponto essencial é e permanece a consciência de responsabilidade mútua: Eu me santifico por eles. Quero tornar me schoenstattiana, não somente para causar alegria a Deus, mas também para que toda minha família seja abençoada por minha aspiração.”
Mãe Três Vezes Admirável, quem me olhar, te veja
Ao celebrar esse ano jubilar dos 75 anos, a União das Mães de Schoenstatt, no Brasil renova seu compromisso de atuar apostolicamente para a renovação da sociedade e quer viver esse tempo no espírito de fé comprometida das que lhe deram origem, hoje ainda mais necessário do que naquele tempo. De modo especial, elas assumem a missão se esforçar para ser Maria, ajudar cada mulher a reconhecer e viver alegremente a sua missão feminina, acentuando a defesa da vida. A ser uma mãe que abraça a vida desde a sua concepção até o seu final natural segundo o desejo de Deus.
Neusa Maria Rocha conta a atitude com que os membros da União de Mães, no Brasil, querem viver cada dia deste ano: “Somos herdeiras de Hoerde e queremos ser missionárias de nosso tempo, ao anunciar a luz de Cristo, ao levar a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt ao campo de batalha da realidade humana, para que, por meio dela, o mundo possa ser renovado em Cristo.”
Hoje, as Mães da União, herdeiras da sua história, querem refletir a imagem de Maria para o nosso tempo, como expressa o lema jubilar: MTA, quem me vê, te veja.
Emily M. S. Alfaro partilha conosco seu testemunho como membro da União de Mães: “Schoenstatt é uma experiência que me acompanha desce cedo, quando eu ainda era Apóstola de Maria, depois na Juventude Feminina. É também uma experiência que vem de dentro de casa: Minha avó pertencente da Liga de Mães e a minha mãe da União de Mães. Se Schoenstatt é amor, a União de Mães é um amor ainda maior, porque é o amor de muitas mães. Mães que acolhem, que escutam, mães que cantam, que adoram, que rezam, que trabalham, que cuidam dos filhos, que são apóstolas e que, em meio a tudo isso, aspiram ao mais alto grau de santidade!”