“Eu vim lançar fogo à terra e gostaria que ele já estivesse ardendo.”[1]
Ir. M. Nilza P. da Silva – Essas palavras de Jesus iluminam o acontecimento de 18 de outubro de 1914, na pequena capelinha, em Schoenstatt, na Alemanha. O Espírito Santo, desde muito cedo, acende no coração do Pe. José Kentenich o fogo de um carisma, para iluminar toda a Igreja. Seu fogo é a chama de Cristo que arde no coração de Maria.
Naquela tarde de outubro, quando o frio de outono estende seu manto sobre a Europa, Pe. José Kentenich abre a janela de seu coração e apresenta aos seus alunos o fogo de seu carisma que aquece os corações juvenis: “Sinto que minhas palavras encontraram eco: vossos corações se inflamaram. Fizestes vosso o meu plano. Deposito tranquilamente em vossas mãos tanto o projeto como a sua execução.”[2] Juntos, eles selam uma Aliança de Amor com Maria e a Capelinha torna-se Santuário, no qual a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt reúne seus filhos e os faz arder no braseiro do amor a Cristo.
“Fidelidade à tradição significa manter vivo o fogo,[3]”
ensina o Papa Francisco. Quem chega nessa pequena capelinha, em Schoenstatt, bem mais de 100 anos após o ato de fundação, encontra a pequena lareira em brasa ardente e silenciosa, que sustenta milhares de outras chamas em todos os continentes. Cada um que ali reza com fé é incendiado, tem sua vida iluminada e parte como lavareda, incendiando o mundo a partir do ambiente em que se encontra.
Como um tufão de fogo
O carisma do Pe. Kentenich se alastra pelo mundo inteiro, como um tufão de fogo. Em mais de 100 países, a força do fogo da Aliança de Amor realmente incendeia corações e ilumina a história de muitas vidas.
Reunidos em pequenos grupos, milhares de famílias, jovens e crianças encontram novo sentido para o seguimento da luz de Cristo e qual a dimensão de sua participação pessoal na missão da Igreja. Só no Brasil, são mais de 12 milhões de pessoas que participam do carisma do Pe. José Kentenich, acolhendo em seus lares a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, em uma pequena réplica do Santuário.
Cada da 18 o fogo da Aliança de renova
Mensalmente, a cada dia 18, milhares de paróquias renovam, com seus párocos e todo o povo, a mesma Aliança de Amor de 1914. Pe. Francisco Lemes diz que faz isso porque “Renova minha fé, o amor a Mãe e Rainha e é um impulso para seguir em frente”, em minha vocação sacerdotal. A jovem Monique Vaz da Silva diz que renovar a Aliança, em cada dia 18, reforça o seu compromisso e a consciência de ser escolhida para uma missão. Marcos e Cassiane Weizenmann partilham: “Cada dia 18 renovamos a Aliança de Amor porque esta Aliança nos define, porque precisamos a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt como educadora e a amamos! Ela nos conhece totalmente, o que acertamos e erramos, nossas virtudes e pecados, e vai nos educando. Vem do coração, inclusive de nossos filhos: ‘Eu não consigo entender minha vida sem a Aliança de Amor e sem Schoenstatt.’ Somos o que somos como pessoas e como família porque estamos em Aliança com a MTA, porque somos de Schoenstatt. Esta é nossa vocação.”
Assim o fogo aceso em 18 de outubro de 1914 espalha suas faíscas e se realiza o que os schoenstattianos rezam cada dia, com as palavras do Pe. José Kentenich:
“Dá-nos arder como labaredas, ir com alegria, ao encontro dos povos, lutar como testemunhas da Redenção e conduzi-los jubilosamente à Trindade.[4]”
[1] Lucas 12,49
[2] Documento de Fundação, 18.10.1914
[3] http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/march/documents/papa-francesco_20150307_comunione-liberazione.html
[4] Rumo ao Céu, 12
Fonte: https://www.s-ms.org/pt