Hoje, 12 de março, é o Dia do Bibliotecário. A data foi criada em homenagem a Manuel Bastos Tigre, considerado o 1° bibliotecário concursado do Brasil. Mas, será que na era informação, da inteligência artificial, este profissional ainda é importante? É o que a Alessandra Veras, que é bibliotecária e faz parte da Liga Feminina (LAFS) compartilha conosco:
“Ao ouvir falar dos bibliotecários, muitos podem pensar que esta é uma profissão em extinção e, por diversas vezes, os profissionais são questionados sobre o fim dos livros impressos, sobre o quanto a tecnologia tomará conta de tudo e até se é preciso estudar para “arrumar livros na estante”. É importante dizer que esta é uma profissão regulamentada por lei ( Lei 4.084 de 30 de junho de 1962 ) e só pode exerce-la quem é bacharel em Biblioteconomia e possui registro ativo no Conselho Regional de Biblioteconomia.
Algo que também é importante destacar, o que para muitos pode ser novidade, é que o objeto de estudo do bibliotecário é a informação. Ou seja, este é o profissional que organiza, dissemina, dá acesso à informação, auxiliando todos os que precisam em suas necessidades especificas, seja por meio de livros, de materiais digitais etc.
Bibliotecário na era da tecnologia artificial
Este profissional pode (e deve!) se capacitar para utilizar as ferramentas, também a Inteligência Artificial, de forma adequada e habilitar outras pessoas para fazer o mesmo. Além disso, é ele quem vai incentivar para que haja um ambiente digital seguro, promovendo ações, por exemplo de letramento informacional e em inteligência artificial, auxiliando pesquisadores em suas buscas, combatendo as fake News, entre outros.
O que isso tem a ver com nossa vida de Aliança de Amor?
Tudo! Pois, além de auxiliar e orientar para o bom uso das informações e das tecnologias, os bibliotecários estão lidando diretamente com pessoas. Cada uma é única e é um filho amado de Deus, por isso, é dever e direito de todos ser tratado com respeito e dignidade.
É preciso ter um olhar atento, como Maria, nas Bodas de Caná, para compreender as necessidades do outro. Às vezes, se colocar à disposição para ajudar alguém, com um sorriso no rosto, é uma das formas de quebrar as barreiras e iniciar um diálogo; outras vezes, apenas dar um bom dia alegre para quem chega na biblioteca; ou encontrar um livro, uma informação que alguém precisava e demorou muito tempo para conseguir.
Fazer o ordinário, extraordinariamente bem
No trabalho do bibliotecário é preciso muita entrega, paciência e amor pelo que se faz. É ‘fazer o ordinário, extraordinariamente bem’, promover, sempre, um ambiente acolhedor, seguro e de partilha.
Ao mesmo tempo, estas unidades de informação (bibliotecas, centros de documentação e de memória, arquivos etc) promovem um ambiente colaborativo, em que seus usuários aprendem a se ajudar, a respeitar os que ali estão, a desenvolverem sua autonomia, a compartilharem e aprimorarem o conhecimento, e se formarem moral e intelectualmente.
Assim, tendo sempre o olhar voltado para Cristo e Maria, nós, os bibliotecários, podemos contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna, aproveitando também das tecnologias oferecidas, utilizando-as de forma consciente, sendo uma pequena luz no caminho daqueles que os encontram.”
No dia do bibliotecário, lembremo-nos deles que nos ajudaram e ajudam ainda tantas vezes a transfigurar a realidade, em nossos estudos e pesquisas.