Pe. Antonio Bracht – No dia 14 de março de 1947 o Pe. José Kentenich, o nosso Fundador, teve uma audiência com o Papa Pio XII. Nessa audiência, ele colocou a disposição da Igreja a sua fundação, as suas comunidades, para o serviço da evangelização.
Que comunidades eram essas que ele tinha fundado?
Eram Institutos Seculares, eram Uniões Apostólicas e não uma comunidade na forma tradicional de congregações ou ordens religiosas.
Por que o Pe. Kentenich optou por isso?
Analisando os tempos e percebendo as mudanças culturais, ele via que chegava a hora do leigo na Igreja, do protagonismo dos leigos. Por isso, ele fundou comunidades de vida consagrada e leiga no meio do mundo. A forma como os leigos vivem a sua consagração pede que eles não tenham tantos vínculos, com tantas obrigações, como as comunidades tradicionais, mas, tenham um espaço de liberdade, de flexibilidade para poder viver essa consagração, assim, Pe. Kentenich optou pela forma dos Institutos Seculares.
A liberdade para o serviço
O peso de um compromisso religioso muito forte, com muitas obrigações, é difícil demais para muitos. Então, nosso Fundador queria que as pessoas pudessem optar interiormente, livremente e com muita consciência, por um compromisso que fosse a sua forma mais leve, mas, ao mesmo tempo, tão profundo quanto os votos que as comunidades faziam.
Assim, ele fundou essas comunidades, pensando, então, num serviço à Igreja para a evangelização de modo mais adequado aos tempos, a cultura, a forma de ser das pessoas. Ele motivou que as pessoas assumissem a sua liberdade, se educassem para liberdade, não enchendo-se de obrigações, mas, justamente reduzindo as obrigações ao mínimo (e vivendo a generosidade no máximo grau). Cultivando a espiritualidade, de maneira muito forte, de maneira assegurada e em comunidade, para que, com ação livre a partir de dentro, possam caminhar, por uma opção comunitária, efetivamente e evangelizar, sobretudo pela presença e pelo testemunho.