Fruto da fecundidade dos Santuários Filiais, com o intuito de levar as graças do Santuário para seus lugares de atuação, membros da Família de Schoenstatt oferecem à Mãe e Rainha seus próprios lares ou seus lugares de trabalho para consagrá-los como Santuários-lares de Schoenstatt. A condição para se instituir um Santuário-lar é que ali se cumpra a vivência concreta da Aliança de Amor. Também esta forma de Santuário está vinculada intimamente a algum Santuário Filial e, por sua vez, ao Santuário Original.Aqui se nota a diferença do conceito carismático que o Movimento Apostólico de Schoenstatt tem em relação a um Santuário e aquele definido no Código de Direito Canônico. Mesmo sem grande afluência de peregrinos ou necessidade de aprovação explícita do Ordinário Local, em cada igreja doméstica onde se vive a Aliança de Amor e se toma a iniciativa de convidar formalmente a Mãe de Deus a se estabelecer no seu lar ou no seu lugar de trabalho, surge um Santuário de Schoenstatt.
Antes de instituir o seu Santuário-lar, muitos já têm uma imagem da Mãe e Rainha em sua casa. Essa imagem tem um lugar de honra e a família percebe que sua presença é importante para eles. Depois da Aliança de Amor, muitos vão construindo e conquistando, aos poucos, seu Santuário-lar e cada família autenticamente schoenstattiana, cedo ou tarde, sente que não pode seguir adiante sem ter a Mãe e Rainha no centro do seu lar.
A renovação do mundo começa nos lares
A corrente de Santuários-lares nasce nos Estados Unidos durante o exílio do Fundador e ele percebe nisso uma estratégia divina. Tal como o cristianismo original surgiu nas famílias, assim também a renovação do mundo deve partir dos lares. Nesse círculo pequeno e íntimo, a Mãe de Deus quer realizar sua missão de renovar a família e educar homens novos para o mundo de amanhã.
E em torno a essas famílias renovadas criam-se círculos de outras famílias que experimentam a influência do Santuário-lar. Assim, os lares atuam como um ímã: atraem outros e assim se amplia o círculo, mais e mais. Pe. Kentenich afirma: “A renovação de nossa família, especialmente a que se realiza por meio do esforço sério pelo Santuário-lar, parece ser um caminho excelente para construir um mundo novo, um mundo totalmente novo no qual Maria possa atuar como o fez em casa de Zacarias ou nas Bodas de Caná”.
Santuário aberto, apostólico
Se os parentes e vizinhos chegam a uma casa e se aproximam com fé do Santuário-lar, então este se torna também para eles um lugar de graças. O Pai e Fundador convida, por isso, a abrir o Santuário, a oferecê-lo aos irmãos necessitados. Quando um pobre bate à porta é importante dar-lhe alimento, o mesmo acontece quando alguém busca ajuda espiritual. E o melhor que se pode oferecer é colocá-lo em contato com a Mãe e Rainha no Santuário-lar.
A Mãe de Deus também quer enviar seus filhos a partir de seus Santuários-lares e para isso oferece a graça da fecundidade apostólica. Ela quer utilizar cada um como instrumento, para que todas as famílias de nosso bairro, de nossa cidade e de nossa pátria convertam-se em famílias Nazaré. Tal como reina e educa as famílias schoenstattianas, assim ela quer atuar também nas demais famílias.
Referências bibliográficas:
Vademecum da Central Nacional de Assessores do Movimento no Brasil, pág. 96.
Artigo “Santuário Lar: um Presente e uma Missão”, Pe. Nicolás Schwizer.