santuario paroquial

A Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt estabelece sua morada no Santuário Original, na Alemanha, em 18 de outubro de 1914, por meio da Aliança de Amor. A partir dali, aos poucos, vai surgindo uma rede de Santuários por todo o mundo, em diversas modalidades – os Santuários filiais, Santuário-lar, Santuário-coração, etc.

Cada Santuário de Schoenstatt – também o Santuário Paroquial – é fruto da Aliança de Amor: da entrega pessoal, dos sacrifícios oferecidos ao Capital de Graças, como convite para que a Mãe e Rainha se estabeleça num determinado lugar, a fim de torná-lo um Santuário de Schoenstatt e a partir dali continuar a realizar a missão de renovar o mundo, religiosa e moralmente.

Os Santuários Paroquiais de Schoenstatt somente são considerados de fato um Santuário enquanto permanecem unidos à fonte original – ao Santuário Filial e, por consequência, ao Santuário Original – e se houver pessoas que se empenhem seriamente em viver a Aliança de Amor, depositando suas ofertas ao Capital de Graças, pela atuação da MTA nesse local. Se isso não acontecer, então, não se trata de um Santuário, no sentido de Schoenstatt, mas somente de um local que tem a imagem da Mãe e Rainha entronizada. Essa condição é o resultado de uma iniciativa do bom Deus, que dirigiu assim a história e a rede dos Santuários de Schoenstatt.

Como surgiram os Santuários Paroquiais?

Deus, autor dessa ideia, inspirou o Pe. Kentenich, Fundador da Obra de Schoenstatt, as primeiras iniciativas para dar vida a essa modalidade de Santuário, o Santuário Paroquial. Logo após a consagração do primeiro Santuário Filial brasileiro, em Santa Maria/RS, no ano de 1948, surgem pequenas capelinhas ou oratórios consagrados à Mãe e Rainha de Schoenstatt – miniaturas do Santuário Filial – instalados nas paróquias que tinham alguma relação com o Movimento Apostólico de Schoenstatt.

Desde o início, essas pequenas “réplicas” do Santuário Filial, que estão vinculadas à espiritualidade de Schoenstatt, tornam-se lugares queridos, onde o povo peregrina e celebra o dia 18 de cada mês, o dia da Aliança, lembrando a data de fundação do Movimento.

Nas suas visitas ao nosso país, o Fundador, Pe. Kentenich, visitou e conheceu os “pequenos Santuários” – como ele mesmo os chamava – nas paróquias que estavam sob os cuidados dos Padres Palotinos. Numa oportunidade, o Fundador declarou: “Se pensarmos nas diversas paróquias, onde pequenos Santuários da Mãe Três Vezes Admirável estão atuando, e refletirmos sobre o que a Mãe de Deus opera aqui, diariamente, sobretudo no dia 18, poderemos dizer: grandes coisas fez em nós o Todo-Poderoso” (24/02/1952).

Passos para instituir um Santuário Paroquial

Se uma comunidade paroquial quiser consagrar um lugar, na sua paróquia, para transformá-lo num Santuário Paroquial de Schoenstatt, deve seguir alguns passos:

– O ponto de partida é procurar a informação certa, no lugar certo: a Central Regional do Movimento Apostólico de Schoenstatt mais próxima [Clique para ver os endereços] (inserir endereços dos Santuários brasileiros). É muito importante não começar a executar qualquer obra e nem a conquista espiritual sem antes conversar com os assessores que acompanham o Movimento de Schoenstatt e a Campanha da Mãe Peregrina;

– Também é preciso, antes de iniciar alguma atividade para o Santuário Paroquial, ter a autorização dos responsáveis pela Igreja local: o primeiro a ser consultado é o pároco e, por meio dele, o bispo diocesano. O projeto do Santuário Paroquial de Schoenstatt precisa ser aprovado por essas instâncias. A aprovação precisa ser efetuada por meio de um documento oficial (escrito e assinado), que constará no livro tombo da paróquia e enviada uma cópia à Central Regional do Movimento de Schoenstatt. Esse documento é importante para as gerações futuras e para os próximos párocos.

Além disso, é importante ter clareza em relação aos seguintes pontos:

– O pároco não só autoriza a construção e consagração de um Santuário Paroquial de Schoenstatt, mas cabe também a ele, ou alguma pessoa por ele nomeada, a responsabilidade pela sua administração e cuidado pastoral;

– Normalmente, o Santuário Paroquial de Schoenstatt se encontra no interior do Templo (dentro da igreja, em um altar lateral, numa pequena capela, por exemplo). Porém, se houver intenção de construir um Santuário Paroquial num terreno, fora do local em que se encontra a paróquia, que seja observado o seguinte:

Não construir em terrenos particulares. Se há a intenção de receber a doação de algum terreno para esse fim, antes de começar qualquer ação, é necessário consultar a prefeitura para saber se o terreno está em situação regular. Se tudo estiver em ordem, que a doação seja feita para a paróquia e, por intermédio desta, para a Mitra Diocesana, com registro em cartório.

Que o Santuário Paroquial não seja construído no formato do Santuário Original, com a arquitetura idêntica ou extremamente semelhante, pois esta forma é reservada e patenteada pela Obra de Schoenstatt, é destinada exclusivamente para os Santuários Filiais;

– Não convém que se institua um Santuário Paroquial se não há forte vida schoenstattiana na paróquia, pois, com o passar do tempo, facilmente o local pode deixar de ser um Santuário de Schoenstatt pela falta de contribuições ao Capital de Graças. Sem essas contribuições, o local volta a ser um espaço que tem a imagem da MTA entronizada, mas, de onde não jorram as mesmas graças do Santuário Original.

Toda Igreja dedicada à Mãe e Rainha é um Santuário de Schoenstatt?

Não. Frequentemente nos deparamos com paróquias e capelas que foram consagradas sob o patrocínio da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, contudo, como lemos acima, isso não basta para que sejam consideradas um Santuário Paroquial de Schoenstatt. Se lá não estiver viva a dinâmica da Aliança de Amor, tanto na sua origem como na sua manutenção, não existe ali um Santuário de Schoenstatt, segundo os critérios desse Movimento.

Há casos de Igrejas ou capelas dedicadas à Mãe e Rainha de Schoenstatt que foram declaradas pelo Bispo local como um “santuário diocesano”. É preciso ter clareza de que esses são “santuários diocesanos” porque o Ordinário local, dentro de suas legítimas atribuições (seguindo os critérios dos can. 1230 e 1231) assim o definiu. Mas, esses locais NÃO são necessariamente Santuários de Schoenstatt, no sentido compreendido pelo carisma e espiritualidade da Obra de Schoenstatt.

Que imagem deve haver no Santuário Paroquial?

A imagem de graças de todo Santuário de Schoenstatt é a da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Recomenda-se, se possível, que haja também uma foto do Santuário Filial mais próximo ou do Santuário Original de Schoenstatt, para expressar o vínculo espiritual com esses lugares. Além disso, com o tempo podem-se conquistar outros símbolos presentes também nos Santuário Filiais de Schoenstatt (coroa, símbolo de Deus Pai, do Espírito Santo, a Cruz da Unidade, etc.)

 

Referência Bibliográfica:

Vademecum da Central Nacional de Assessores do Movimento de Schoenstatt no Brasil, pág 96.

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