Paróquia São Francisco de Assis, Capela do Alto/SP
Ir. M. Nilza P. da Silva – A Mãe e Rainha estabelece sua morada no Santuário Original, em 18 de outubro de 1914, por meio da Aliança de Amor. A partir dali, ela parte em peregrinação pelo mundo, por meio de diversas modalidades de Santuários: filiais, lares, coração etc.
No Brasil, desde o início surgem os santuários-lares nas paróquias. E para cada um deles, vale a mesma condição como para os santuários filiais: serão santuários enquanto permanecem unidos à fonte original, o Santuário, enquanto houve ali, pessoas que se empenham seriamente para viver a sua aliança de amor, depositando suas ofertas ao capital de graças. Se isso não acontecer, então é somente um quadro da Mãe e Rainha entronizado em uma igreja.
Vamos conhecer como é a vida schoenstattiana no Santuário Lar da paróquia São Francisco de Assis, em Capela do Alto/SP, diocese de Itapetininga, e quem fala conosco é o pároco: Pe. Francisco José Lemes Gonçalves.
Conta-nos um pouco como surgiu este Santuário Lar Paroquial.
Pe. Francisco: Nosso Santuário Lar Paroquial foi instalado no dia 29 de maio 2006. Pe. Carlos Alberto da Rocha, pároco na época, se empenhou para que este fato acontecesse. Uma capela abandonada, dedicada a Nossa Senhora das Dores, fora restaurada e como a Mãe Peregrina já estava visitando as famílias aqui, houve o desejo de instalar ali o Santuário Lar. No dia da bênção do Santuário lar houve uma grande festa, reunindo uma multidão de fieis, próximo a 10 mil pessoas. Foi um grande feito para a cidade!
Cremos que Nossa Senhora já preparava nosso povo. Nossa cidade nasceu sob sua proteção sob o título de “Dores” e providencialmente aqui se mostrava como “Mãe e Rainha Três Vezes Admirável”. Um itinerário mariano de Belém ao Calvário. Maria presente nos dois momentos da vida humana: o nascimento e a morte. Creio ser essa sua missão educadora em nosso Santuário Lar. Valor a vida dom de Deus desde seu nascimento (daí sua iconografia de Mãe com o Menino Jesus) e sua iconografia de Dores – mãe solicita no momento de nossa partida e encontro definitivo com Deus.
Qual a influência de um santuário lar paroquial na vida da comunidade paroquial?
Pe. Francisco: Creio que a influência de um Santuário Lar Paroquial em nossa vida paroquial é uma grande responsabilidade. O Santuário é um sinal sacramental sensível da graça de Deus. Maria nos adverte em nossa missão de batizados discípulos missionários (DA). Ela estabelece em nossa paróquia sua escola e, como sempre digo em todo dia 18: sua lição não é outra senão aquela de Caná: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Creio que nossa Paróquia tem crescido muito com a influencia do Santuário, posso dizer sem medo: somos uma cidade mariana.
Como assegurar as contribuições ao capital de graças e o vínculo com o santuário de Schoenstatt?
Pe. Francisco: Tomei o Capital de Graças como um compromisso com a Mãe. Eu mesmo aonde vou carrego-o comigo. Também insisto muito na contribuição ao Capital de Graças, como combustível para nosso Santuário-lar paroquial, para que Maria exerça seu poder de intercessora. Como dizia Pe. José Kentenich: o Capital de Graças é uma flecha ao coração da Mãe, impulsionando-o a ser intercessora. É também um infalível meio de fortalecimento ao Santuário Original em Schoenstatt. Ali é a nossa fonte original.
Qual é a missão de coordenadores e missionários para a vida no Santuário-Lar paroquial?
Pe. Francisco: Sempre que posso acompanho as missionárias da Mãe no sentido de que elas e eles são: os pés, as mãos e a boca de Maria a levar Jesus às montanhas de nossa Judéia (no caso Capela do Alto) santificando nossas famílias; como fizera Maria em casa de Zacarias. Procuro levá-las a sentir a sublime missão que eles tem junto à Mãe.
Que apoio o pároco pode dar e o que ele espera do Movimento de Schoenstatt?
Pe. Francisco: Muito. Aliás, se todo pároco que possui um Santuário Lar em sua paróquia soubesse o tesouro espiritual que tem em mãos… Trabalharia eficazmente nas paróquias e seria um trabalho profícuo. Devem dar todo apoio às Irmãs de Maria de Schoenstatt, às missionários e missionários a tudo que envolve o Movimento de Schoenstatt; pois este favorece uma boa integração na vida da ação pastoral da paróquia.
Que contribuição a Aliança de Amor pode oferecer para a vida paroquial?
Pe. Francisco: Lembrando que o formato de uma aliança não tem começo nem fim, a Aliança de Amor com Mãe oferece para a vida paroquial vinculo estreito e inquebrantável com Deus. Maria garante nossa fidelidade a esta Aliança já bem selada por Cristo na instituição da Eucaristia. Maria é aquela que não deixa, pela nossa fraqueza, quebrar esta aliança. A vida paroquial é fortalecida e cria a consciência nos fiéis batizados da co-responsabilidade no plano da Salvação.
Conta-nos um pouco como o senhor faz para que o santuário-lar paroquial seja realmente um santuário e nele a Mãe de Deus, de fato, esteja presente e atuante como educadora.
Pe. Francisco: Ah é uma luta, para que nosso povo entenda que o “Santuário Lar Paroquial” é o coração pulsante de nossa cidade. Não é a toa que sua localização está no centro da cidade. Faço questão de enfatizar que muito além de ser um patrimônio histórico da cidade, é um patrimônio espiritual, por isso, o Santuário, enquanto estrutura física, é a imagem do verdadeiro Santuário que trazemos dentro de nós. Cuidar bem do Santuário Espiritual refletir-se-á na beleza externa do Santuário de pedra.
Faço-os entender que Maria escolheu Capela do Alto para se estabelecer, como fizera em Guadalupe (México), Aparecida (Brasil), Fátima (Portugal), Lourdes (França) e Schoenstatt (Alemanha). Sempre lugares pequenos e até então sem nenhum significado aos olhos humanos, mas não para Deus. Aqui Maria plantou sua “escola”, aqui Ela nos educa no ouvir a Palavra, nos alimenta, com o Pão da Vida – a qual Ela gerou, e reza conosco como fizera na tarde de Pentecostes. Faço minha humilde parte e sei que a Mãe vai à frente abrindo e derrubando barreiras.
Outras coisas que o Pe. Francisco faz, e não mencionou, é empenhar-se para que o maior número possível de seus paroquianos peregrinem ao santuário, em Atibaia, ao menos uma vez ao ano, a fim de se manterem fiéis a origem. Além disso, empenha-se para que os coordenadores e missionários selem e vivam a Aliança de Amor e se lembrem sempre das ofertas ao Capital de Graças. Além disso, todos os mêses, nos dias 18, há santa missa solene no santuário-lar paroquial, para a renovação da Aliança de Amor.
Agradecemos muito ao Pe. Francisco por seu empenho para que o Santuário-Lar de sua paróquia permaneça sempre unido ao Santuário Original e fiel a espiritualidade de Schoenstatt. Que a Mãe e Rainha recompense sua fidelidade e permaneça em sua paróquia como a grande educadora e forjadora de uma cultura da aliança de amor.