“Eu vim para servir”
Karen Bueno – O Movimento Apostólico de Schoenstatt do Brasil tem a honra de ter alguns nomes no monumento dos herois – caso de Francisco Ziober e João Luiz Pozzobon. Entre essas pessoas que entregaram suas vidas pela Obra fundada pelo Pe. Kentenich está a jovem Maria Regina Tokano, a Regininha, que nasceu no dia 12 de fevereiro de 1943.
Regininha é uma moça singela, discreta, que não gosta de holofotes sobre si mesma. Porém, mesmo nessa personalidade sutil, a Mãe e Rainha pôde realizar maravilhas que não passam despercebidas aos olhos humanos. “… quero ser Santa. Santo é aquele que vive conforme a vontade do Pai. Deus é perfeito, por isso devo ser perfeita, não só no pensar e sentir, mas principalmente no viver. Dá-me tornar vivência aquilo que me ensinas através de Schoenstatt!”, escreve.
Maria Regina nasceu em Jataizinho/PR, mas passou boa parte da infância e adolescência em Uraí/PR. Mais tarde, em 1961, muda-se para Londrina/PR para continuar com os estudos, cursando História na Faculdade de Filosofia da cidade. Passa então a morar no pensionato do Colégio Mãe de Deus e nessa época começa a participar da Juventude Feminina, descobrindo em Schoenstatt seu lugar no mundo.
A frase que norteia a vida da jovem, seu ideal pessoal, é “Amar pelo servir, em prontidão filial”. Estar a serviço dos demais é a grande característica de sua vida. Regininha é um exemplo de amor serviçal, a vivência perfeita do que a Campanha da Fraternidade nos pede neste ano em especial.
Veja o significado do ideal que norteou sua vida:
AMAR: Amar é a grande meta da heroína, que torna esse amor concreto servindo ao próximo. O amor por si só, já engloba tudo de bom que um ser humano possa desejar. É o sentimento mais sublime que se pode oferecer a alguém. Regininha se propõe a amar, amar a Deus, a Maria, ao próximo, e amar as coisas boas e os sentimentos puros.
SERVIR: A primeira palavra que define seu ideal, ‘amar’, se concretiza pelo servir. Somente o amor pode impulsioná-la a viver servindo desinteressadamente. Deixar suas tarefas para ajudar os outros a cumprir a sua, muita vezes, deixar de se divertir para divertir e sorrir para os outros, de se realizar para se sentir feliz realizando os outros é seu objetivo.
MARIA: Em Maria está toda a base e profundidade religiosa de Regininha, que a chamava de Mãezinha. A Mãe de Deus é o modelo ideal que a jovem aspira, que ensina a amar e a servir. Como não poderia deixar de ser, por sua pureza, seu silêncio, sua dedicação, Maria tem uma presença marcante em sua vida diária, pois era o seu modelo, sua Mãe, sua Conselheira nesse caminhar de filha.
PRONTIDÃO FILIAL: Aqui se revela a pequenez de Regininha diante de Deus e da Mãe. Prontidão é sinônimo de obediência, de humildade, desinteresse, dedicação e de amor a uma causa, seja ela qual for ou exija ela qualquer sacrifício e renúncia. A filialidade define essa prontidão: ela se coloca como uma pequena filha, aberta a servir os interesses divinos.
Neste aniversário…
Hoje é comemora-se mais um aniversário da heroína de Schoenstatt, que em 2015 ressalta a experiência de servir ao próximo como caminho de santidade. Para Regina Tokano não foram precisas grandes ações extraordinárias para se destacar como personalidade marcante, bastou-lhe a santidade na vida diária, a santidade que o Pai Fundador pede a cada schoenstattiano.
Estar a serviço dos demais, mesmo que de maneira sutil, projeta em si mesmo o rosto de Cristo, que “veio para servir”. É um trabalho apostólico desinteressado, mas no caso da jovem heroína, a gratidão por essa serviçalidade é expressa de maneira bem particular no colégio que lecionava.
Regininha faleceu durante uma viagem com os alunos da escola. Seu exemplo de vida levou as pessoas a construírem uma capela nesse colégio, além disso, outra instituição de ensino de Uraí/PR ganhou o nome de Professora Regina Tokano.
Ela é um exemplo que impulsiona a viver a serviçalidade no mundo de hoje, indo contra o individualismo e se entregando por amor ao próximo.