Ver os acenos da Providência como o Fundador.
Karen Bueno – Ano de 1914. Era dia 18 de julho quando o Fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, Pe. José Kentenich, lia uma edição do jornal ‘Allgemeine Rundschau’. No último parágrafo do texto, em segundo plano pode-se dizer, estava um trecho no qual se falava do Santuário de Pompéia, na Itália. Vendo esse episódio com ‘olhos humanos’ enxerga-se uma cena corriqueira, comum: um sacerdote lendo um periódico, se informando da vida atual da época. Mas aquele momento não era para ser ‘comum’, não deveria ser esquecido: Pe. Kentenich, a partir daquela notícia, viu uma porta aberta e deixou-se conduzir pelo atuar da Divina Providência.
O artigo do Allgemeine Rundschau contava a história do advogado Bartolo Longo. Homem de profunda devoção mariana, Bartolo – hoje Beato – criou em Pompéia um Santuário dedicado a Nossa Senhora do Rosário. Nessa igreja, lugar de peregrinações, não houve aparição da Mãe de Deus, mas a junção da fé e dos sacrifícios oferecidos, tanto pelo advogado como por todos que abraçaram a ideia, fazia sentir a presença de Maria naquele Santuário.
Ao ler aquele texto veio uma ideia ao Pe. Kentenich: não poderiam também eles, da Congregação Mariana, convidar a Mãe de Deus a se estabelecer e criar um trono de graças em Schoenstatt? Como já é conhecido, essa ‘ideia predileta’ do Fundador da Obra Internacional de Schoenstatt tornou-se realidade três meses mais tarde, quando ele e os jovens seminaristas selaram uma Aliança de Amor com a Mãe de Deus.
O que chama a atenção nessa história centenária é o atuar de Deus nas pequenas coisas. Imagine se Pe. Kentenich simplesmente tivesse ignorado essa informação lida no jornal. Imagine se ele pensasse: “que belo trabalho de Bartolo Longo, mas é muito difícil fazer o que ele fez”. Schoenstatt não existiria. Quantas maravilhas seriam deixadas de lado se o Fundador não se colocasse como pequeno instrumento?
Ouvido no coração de Deus
E quantas vezes a Divina Providência nos indica caminhos pelos quais seguir? Do coração de Deus partem acenos que revelam o plano de amor traçado para cada um, mas é preciso sensibilidade e oração para compreendê-los.Pe. Kentenich “entrou pela porta aberta” que a Providência lhe indicava. Mais que confiar, era preciso se lançar ao plano que o Pai traçara.
Diante dos acontecimentos do dia-a-dia é preciso se perguntar: “o que o Pai quis me mostrar com isso?”.
A mão no pulso do tempo
Hoje faltam exatamente três meses para o grande jubileu. Diversas pessoas trabalham intensamente para tornar ainda mais especial a festa do centenário. Contudo, como se vê na história de Schoenstatt, é importante também para e refletir, assimilar a vivência deste ano jubilar. Quais mensagens a Divina Providência me envia diariamente? Qual minha resposta pessoal? É preciso estar atento às ‘portas abertas’ que surgem, pois só assim Deus pode fazer maravilhas na vida de cada um e na vida dos irmãos.
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