O Natal deste ano nos faz recordar o Natal vivido pelo Pe. José Kentenich em 1941.
Ir. M. Vilma Vassoler – Em breve celebraremos o Natal do Senhor! Festa da Misericórdia do Pai pela humanidade! Pelo ‘sim’ de Maria, “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14) e a luz de Cristo, nosso Salvador, brilhou no mundo, vencendo as trevas!
Em especial, o Natal deste ano nos faz recordar também o Natal de 1941, vivido pelo Pe. José Kentenich, há 75 anos. Ele se encontrava numa cela de prisão, como prisioneiro da Gestapo – a polícia secreta alemã –, no tempo da perseguição nazista à Igreja. Tempo difícil e de grande provação.
A luta que o Fundador, e com ele toda a Família de Schoenstatt, deveria travar era uma luta pela liberdade – característica fundamental do “homem novo”. Ele estava convencido:
“Meu destino está […] unido com o destino da Família. Por isso minha libertação significa a libertação da Família”.
E “com prazer entrego a Deus essa perda (da liberdade externa) se com isso puder pagar o preço de resgate (…) para que Deus conceda à Família, em grau elevado, o espírito da liberdade dos filhos de Deus tão ardentemente almejado”.
Queremos agradecer ao Pe. Kentenich por essa atitude de doação total de si mesmo, que trouxe tantas bênçãos! Somos convidados a abrir nosso coração para essas bênçãos.
No mundo atual vemos tantos tipos de escravidão… Podemos nos perguntar: do que preciso me libertar? Quantas vezes nos encerramos na prisão de nosso próprio egoísmo, de nossas justificações, de nossa incapacidade de amar; colocamos limites à liberdade dos outros… Com quanta frequência o clamor pela “liberdade” é somente um grito: não quero cumprir a vontade de Deus!
Com Pe. Kentenich, queremos decidir-nos sempre por Cristo, crermos no amor do Pai, para alcançarmos a atitude cristã: “Não se faça o que eu quero, mas o que tu queres!” (Mc 14, 36). Assim, viveremos a liberdade, tanto no fracasso, como no êxito, na alegria e no sofrimento, diante do louvor e da ofensa, sim até em nossos próprios erros.
Segundo o Pe. Kentenich, “é essa a autêntica grandeza do homem livre: abandonar-se, em e com Cristo, à vontade amorosa do Pai”.
A estratégia que usou para uma vida nas cadeias, para viver livre em meio às algemas, foi a entrega confiante a Maria a quem ele contemplava como morada, fortaleza e contínua fonte de alegria. Que ela ajude também a nós e neste Natal do Ano Mariano, faça Cristo resplandecer em nós com maior claridade!
Pedimos por sua beatificação:
Deus Pai todo poderoso, és o amor e a misericórdia. Somente tu, como Pai onisciente, compreendes tudo o que se passa em mim. Ajuda-me, Pai de bondade, nesta minha grande aflição. Atende-me por intermédio do Pe. José Kentenich. Como fiel sacerdote ele amou tanto a tua Igreja peregrina e procurou conduzir todos os que dele se aproximavam a um amor pessoal a ti. Foi sábio e humilde conselheiro para todos os que dele precisaram. Concede-me, Pai eterno, por intercessão do Pe. José Kentenich, especialmente a graça:
(Pausa para pedir a graça, em silêncio)
Em sinal de gratidão, eu te ofereço o precioso sangue de Cristo, nas intenções da Santa Igreja e por todos os que se encontram em grandes aflições.
Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, roga ao Pai eterno, que conceda ao Pe. José Kentenich a honra dos altares, como recompensa por todo o bem que fez à Igreja, para teu louvor e a glória da Santíssima Trindade. Amém.