A criadora das capas se apresenta.
Karen Bueno – Se você conhece algum dos livros da foto acima, ou muitas outras publicações do Movimento Apostólico de Schoenstatt, pode procurar na contracapa que provavelmente vai encontrar o mesmo nome inscrito: Luciane Martins.
Em 2017, faz 12 anos que ela cria as artes e projetos visuais para diversos livros, cartazes, informativos e publicações do Movimento de Schoenstatt no Brasil. À sua lista se juntam o conhecido “livrinho verde” da Mãe e Rainha (a nova versão), o informativo e folheto da Aliança dos regionais Sudeste e Paraná, a capa da revista Tabor e uma série de cartazes e imagens.
Luciane de Souza Martins é casada, há quase 15 anos, com Ademilson Martins; é paulistana de nascimento e atualmente mora no Rio de Janeiro/RJ. Ela conta: “Tenho uma irmã de sangue, que é a Ir. M. Doralice [de Souza]; foi ela quem me ensinou a amar a Mãe e Rainha! A Divina Providência nos guiou por esse caminho: aos seis anos fui diagnosticada com câncer nos sistema linfático. Foram anos difíceis, porém aproximaram mais a minha família de Deus. Conseguimos alcançar a graça da recuperação da minha saúde e fiquei bem. E, de certa forma, essa situação definiu minha missão. Sou feliz por minha profissão estar ligada ao meu caminho de fé”.
Em entrevista, Luciane conta um pouco sobre o seu trabalho e como faz para desenvolver a grande diversidade de criações originais a serviço do carisma de Schoenstatt:
Você se dedica exclusivamente aos trabalhos do Movimento? Tem ideia de quantas horas por dia?
Atualmente me dedico exclusivamente aos trabalhos do Movimento de Schoenstatt, em período integral, buscando sempre novas ideias para apresentar a rica espiritualidade de Schoenstatt em todos os meios onde é possível.
Tem alguma participação no Movimento, no Santuário? Já selou a Aliança de Amor?
Fui convidada várias vezes para me inserir no Movimento, em algum ramo, e para selar minha Aliança de Amor, porém sinto que já vivo em Aliança com a MTA, só ainda não oficializei isso. Mas a MTA mostrará qual é o melhor momento.
Muitas pessoas acreditam que você captou bem um “estilo schoenstattiano” de criação, ou seja, dá para ver Schoenstatt em seus trabalhos. Como foi esse processo de percepção da espiritualidade e de transmiti-la nas imagens?
Fico feliz quando ouço isso! Porém vejo que o estilo Schoenstattiano é próprio, com muitas facetas. Preciso refletir diante de cada criação para ver se aquela arte vai expressar para as pessoas tudo aquilo que ela precisa dizer. Na realidade, não consigo explicar racionalmente como se deu esse processo de acolher o estilo schoenstattiano. É algo de dentro do coração. Diante de cada trabalho que é me solicitado, coloco-me diante da imagem da MTA e peço que ela me utilize como seu instrumento para expressar o que as pessoas precisam captar da espiritualidade de Schoenstatt, por meio daquela criação. Como Schoenstatt é dinâmico, eu ainda aprendo muito, pois cada criação é um processo que exige o deixar-se complementar e o contribuir.
Para você, como é esse estilo schoenstattiano de imagens?
Schoenstatt é rico em símbolos muito representativos e isso para um designer é uma porta aberta para a criação. Quando penso na rede de Santuários, na belíssima imagem da MTA e na profundidade espiritual do nosso Fundador, Pe. José Kentenich, vejo que qualquer imagem que utilizo, do rico mundo espiritual de Schoenstatt, comunica para as pessoas que neste mundo conturbado, ainda existe um belo lugar. Por detrás de cada imagem existe vida.
Tem ideia de quantas capas de livro, cartazes e outras coisas já fez?
Em 2017 completo 12 anos dedicados à MTA, então foram muitos trabalhos, não tenho como contabilizar quantos foram feitos ao longo desses anos; basta pensar na Campanha da Mãe Peregrina e em todos os ramos do Movimento Apostólico de Schoenstatt que tive a graça de poder dar a minha contribuição. A cada trabalho concretizado, o sentimento de que pertenço a essa Família me causa muita alegria. Sou imensamente grata por fazer parte dessa equipe tão especial.
O que você aprendeu, o que leva para a vida desse trabalho que, podemos dizer, é uma missão?
Recentemente, celebramos o Centenário da Aliança de Amor. Eu me emocionei com cada imagem na TV, com as músicas, com as fotos na internet. Meu coração pulava de alegria. Lembro-me, com saudade, de quando começamos a fazer a divulgação em torno dessa data tão importante. A concretização desse evento foi maravilhosa! Meu sentimento é: o quanto me sinto abençoada por fazer parte dessa grande Família Internacional de Schoenstatt. Esse trabalho é extremamente importante na minha vida! Sinto que é uma forma de retribuir todas as graças que recebi. Schoenstatt é uma Família que acolhe a todos e isso me inspira!