O ideal nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt no Brasil, ideal Tabor, é um convite a irradiar a filialidade heroica em todos os ambientes onde se atua. Celebrando os 70 anos dessa missão para o país, recordamos que aqueles que estudam ou trabalham em instituições acadêmicas têm um vasto campo de apostolado entre os estudantes. Para compreender melhor como ser o “rosto do Cristo transfigurado” nas escolas, universidades, centros educativos…, Marília Angélica Packaeser de Souza, da Juventude Feminina de Schoenstatt de Santa Maria/RS, compartilha como é, para ela, viver o Tabor nesse ambiente:
No Documento de Fundação, nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, diz: “Todos os que aqui chegarem para rezar, terão de experimentar as magnificências de Maria e confessar: Aqui é bom estar! Aqui queremos construir tendas! Este será o nosso lugarzinho predileto!”.
Em 1947, quando ele chegou ao Brasil, descobriu no povo uma capacidade inata de relacionar-se com Deus por meio da filialidade. Por isso nos presenteou com a missão de sermos TABOR, nos apontou o ‘lugarzinho predileto’, lugar de transformações onde nossa Mãe impera, o Santuário.
Tudo o que é vivenciado no Santuário, pela da Aliança de Amor, somos convidados a anunciar em todos os meios (universitário, colegial, entre amigos, …), com especial enfoque na Mãe que nos conduz ao Filho. Filho Misericordioso, Redentor, que nos olha pelos olhos de Maria. Ele nos vê semelhante ao modo como viu os apóstolos no monte Tabor, um olhar sensível, que permitiu a três pecadores verem sua grandeza, sua profunda unidade com Deus Pai e o Espírito, sendo um único Deus Trino.
Assim, nossa missão é a de cultivar em nós as características do Filho Amado, Heroico e Transfigurado e fazer do meio em que vivemos um lugar onde “é bom estar”. E é justamente isso que eu busco transmitir a todos, percebo a complexidade da missão que nos foi confiada, porém os mais altos ideais são nossa força motriz. Ser Tabor caracteriza muito singularmente nosso ‘Schoenstatt em Saída’. É um impulso missionário, como nos apontou o Papa Francisco na JMJ em Cracóvia, para que sejamos protagonistas: o comodismo do sofá não pertence ao jovem autêntico e cristão.
Para mim, viver o ideal de ser Tabor é mais do que uma missão, é um compromisso diário no pequeno. Enfrentar as dificuldades que o dia a dia nos exige mostra que ser Tabor exige sacrifícios silenciosos. Momentos que deixamos de nos preocupar só com as nossas necessidades e sim mostrar que nas menores coisas todos podemos nos colocar a serviço. Por exemplo, podemos atuar em um ambiente que está instável na semana de provas; assim a solução seria oferecer ao Capital de Graças o sacrifício de não aparentar o nervosismo próprio e esforçar-se para causar nos outros uma alegria. E essa pode ser feita por coisas bem simples, como desejar um bom dia a todos, sorrindo, contar uma piada, uma história ou algo que desfoque do estresse do momento.
Cabe a nós como schoenstattianos, em unidade com nosso Pai e Fundador, ouvir as vozes do tempo e perceber onde o Cristo Transfigurado nos chama para mostrar sua imagem. Relembrando que não há lugar e situação simples demais para ser Tabor. Cristo não exige gestos grandiosos, mas espera de nós atos pequenos de profunda entrega e inteiro compromisso com o ideal Tabor.
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