Pe. Albert Eise deixa o testemunho de que vale a pena viver e morrer por um grande ideal.
Karen Bueno – No dia 3 de setembro de 1942, há 75 anos, faleceu o “apóstolo ardente de Maria”, Pe. Albert Eise (1896-1942), no campo de concentração de Dachau, na Alemanha. Ele representa a quinta “Cruz Negra” fincada junto ao Santuário Original, marcando sua entrega de vida por Schoenstatt e sua vivência da Aliança de Amor. Pe. Eise pertenceu à geração fundadora da Obra Internacional e por muitos anos foi um grande apoio ao Pe. José Kentenich diante dos desafios de um novo carisma que surgia na Igreja.
Pe. Eise colaborou na formação da Juventude Feminina Universitária e, principalmente, na organização dos primeiros casais de Schoenstatt, anos antes da fundação propriamente dita da Obra das Famílias. E também participou na fundação da Coluna Familiar de Schoenstatt, para a qual ajudou a preparar o altar do ato solene de fundação, realizado pelo Pe. José Kentenich e o Dr. Friedrich Kühr no campo de concentração.
Enquanto o Pe. José Kentenich costurava colchões e ditava o livro de orações Rumo ao Céu, em Dachau, o Pe. Eise escrevia esses versos em folhas, documentando o material tão importante para os filhos de Schoenstatt. Por algum tempo, Pe. Eise se arriscava repassando as correspondências clandestinas do Pai e Fundador para fora do campo.
Ele faleceu em condições precárias, de tifo, mas com grande amor à Mãe de Deus até o fim. Na noite do dia 17 de outubro de 1946, após a bênção dos novos sinos da igreja dos peregrinos, foram sepultadas as urnas que continham os restos mortais do Pe. Franz Reinisch e do Pe. Alberto Eise no monumento do herois, as últimas “Cruzes Negras” ali fincadas, como vivo e atual testemunho de vida e luta pela santidade pela Aliança de Amor.
Fotos: arquiv – schoenstatt.de