“Esta santificação exijo de vós. Ela é a armadura a vos revestir, a espada com a qual deveis libertar vossa pátria” (Documento de Fundação)
Ir. M. Nelly Mendes – Em 2018 celebramos os 50 anos do retorno de nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich, ao lar eterno. Tudo o que vivenciamos em 2014, no centenário da Aliança de Amor, até hoje ressoa em nosso coração e na vida do Movimento Apostólico de Schoenstatt, como sinais fortes e concretos de que continuamos elaborando a herança espiritual de nosso Pai e Fundador – um empenho que nos coloca diante de muitos desafios.
Nosso Pai disse certa vez que, normalmente, 50 anos após a morte de um Fundador, seu carisma pode começar a se perder, pois não existem mais pessoas que conheceram o Fundador pessoalmente e aprenderem dele, mas somente aqueles que o conheceram por relatos.
Nosso empenho não é apenas que nosso carisma não se perca, mas queremos ser os protagonistas da missão de Schoenstatt e da doutrina do Fundador para os próximos 50 anos, queremos ser ainda mais fiéis que os primeiros.
O que queremos?
Por um lado, queremos assegurar e conservar a fonte de graças e de origem, todo o legado da palavra falada e escrita, a rica espiritualidade deixada por nosso Pai e que nos conduz a Deus, por meio da querida Mãe e Rainha de Schoenstatt, no Santuário de graças.
Por outro lado, temos o grande desafio de testemunhar por nossa vida e aspiração que Schoenstatt pode formar santos, à luz dos ensinamentos e do coração do nosso Pai e Fundador. E que esses santos podem transformar o Brasil em terra santa mariana.
“O mundo atual somente poderá sarar, poderá restabelecer-se unicamente por meio de santos. Não é por novas organizações nem por novas correntes que introduzem no mundo esse ou aquele novo exercício, não, somente santos o conseguem” [1]
Sim, somente os santos poderão ajudar a transformar o Brasil. Mas que Brasil é este em que vivemos? Qual é o perfil atual do nosso país e do mundo? Poderíamos citar várias atrocidades, corrupção, falta de honestidade, desigualdade social e muitos outros contextos que podem levar a certo desânimo… O que fazer diante de tanta injustiça que brada aos céus? Poderíamos até pensar: “Como seria melhor se tivéssemos vivido em outra época!” Mas nosso Pai e Profeta nos diz que é justamente para este tempo que fomos chamados. Nascemos para este tempo e é para essas situações que temos uma missão!
Qual é a nossa missão diante deste Brasil? Sermos santos como cremos que nosso Pai é santo!
[1] Pe. José Kentenich. Extratos de sermões e orientações religiosas, 1927