Pela primeira vez a Igreja celebra a memória de Maria como Mãe da Igreja. Neste dia 21 de maio de 2018, a solenidade entra para o calendário litúrgico, a pedido do Papa Francisco. O Santo Padre deseja que essa data seja memorada toda segunda-feira depois de Pentecostes, segundo o decreto “Ecclesia Mater”, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Com essa memória, o Papa propõe “favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos pastores, nos religiosos e fiéis, como também a genuína piedade mariana”.
Temos Mãe!
No encontro com a Família de Schoenstatt, em 2014, o Papa Francisco salienta que “não se pode conceber algum outro título de Maria que não seja ‘A Mãe’. Maria é Mãe porque gera Jesus e nos ajuda, com a força do Espírito Santo, a que Jesus nasça e cresça em nós. É ela que continuamente nos dá vida. É Mãe da Igreja. É Maternidade”.
Ele também diz que “não temos o direito – e se o fazemos estamos equivocados – de ter psicologia de órfãos. Ou seja, o cristão não tem direito ‘de ser órfão’. Tem Mãe. Temos Mãe”.
O Santo Padre continua sua reflexão dizendo que Maria “é uma Mãe que não somente nos dá a vida, mas que nos educa na fé. É diferente procurar crescer na fé sem a ajuda de Maria. É outra coisa. É como crescer na fé sim, na Igreja, mas na ‘Igreja-orfanato’. Uma Igreja sem Maria é um orfanato. Então Ela educa, ajuda-nos a crescer, acompanha-nos, toca as consciências”.
Uma resposta filial
Pe. José Kentenich, falando de Maria como Mãe da Igreja, convida a observar: “Não existe nenhuma igrejinha, por mais pobre que seja, que não possua um altar ou uma estátua de Maria. Quem é capaz de contar as imagens e pinturas simples ou artísticas, que recordam a ‘Bendita entre as mulheres’? Contemos os cânticos e as orações, as ladainhas e os hinos, em sua honra; contemos as Ave-Marias e as Salve-Rainhas que se elevam ao seu trono! Nenhuma missa é celebrada, nenhuma procissão se realiza sem despertar ou aprofundar a sua recordação. E não esqueçamos as inúmeras associações e comunidades, Institutos religiosos e Irmandades, que se colocaram sob a sua proteção e propagam o amor a Ela a vastos círculos”.
“Em resumo – diz o Pe. Kentenich – a Igreja está totalmente imersa na atmosfera mariana e não tem sossego até que todos os seus filhos pertençam a Maria e correspondam ao seu amor maternal, com amor filial”.
* Pe. José Kentenich, Maria – Mãe e Educadora – Uma Mariologia aplicada, 2ª edição