No inverno, como o Pe. Kentenich, aquecer corações
Hoje, 21 de junho, começa o inverno no Brasil e em todo o hemisfério sul. No ‘Ano Pe. Kentenich’, é uma boa ocasião para recordar uma historinha:
Num frio inverno, durante a Primeira Guerra Mundial, quando o seminário de Schoenstatt estava transformado em hospital militar, os alunos tiveram que ser novamente alojados precariamente na casa antiga, perto do Santuário Original. Sofriam com a falta de espaço, a fome e o frio.
Durante a noite, um deles chorava e soluçava deitado no seu saco de palha estendido no chão. Não demorou até o diretor espiritual (Pe. Kentenich) ficar sabendo da situação. Chamou um dos alunos mais velhos ao seu quarto, tirou um cobertor da sua própria cama e disse: “Leva-o lá em cima ao dormitório e dá-o ao pequeno de quem disseste que chora de frio durante a noite”. Ao relatar, mais tarde, esse acontecimento, o aluno comentou que o Pe. Kentenich só recuperou seu cobertor na primavera.
Em seu amor paternal, Pe. Kentenich presenteava os princípios claros que se pode esperar de um pai e uma terna dedicação maternal.
(Fonte: Padre José Kentenich – Como nós o conhecemos. Ir. M. Anette Nailis)
É bonito recordar o amor paternal do Fundador pelos seus; e mais bonito ainda é saber que ele continua olhando com carinho, atenção e cuidado para seus filhos. A Família de Schoenstatt confia que num futuro não tão distante ele será canonizado e, como escreve o Papa Francisco: “Os santos, que já chegaram à presença de Deus, mantêm conosco laços de amor e comunhão” (Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, nº 4)
Mas, os gestos práticos do Pai e Fundador não são para ficar nos livros ou na memória. Pe. Kentenich foi um grande educador de homens novos e, por seu exemplo, continua educando. É por isso que reler essa história também traz desafios novos a este tempo: o que posso dar de mim mesmo que vai ao encontro do outro? Qual “coberta” posso presentear aos amigos e conhecidos?
No inverno há muitas campanhas de agasalho e cobertor para amenizar o frio daqueles que necessitam. Esse é um gesto muito concreto de serviço e amor que se pode adotar. Mas, o Pai e Fundador vai além, ele dá de si mesmo, ele presenteia algo que lhe faz falta – e isso porque é Pai. No inverno de 2018, do ano jubilar do Pe. Kentenich, chega a cada um o convite para oferecer-se a si mesmo pelos outros, com amor paternal/maternal para, mais do que doar roupas quentes, como o Fundador, aquecer corações.