Neste dia 8 de julho, a Família de Schoenstatt recorda a data da ordenação sacerdotal de seu fundador, o Pe. José Kentenich. Sua missão como sacerdote e pai inspirou e inspira muitos que se entregam ao chamado do Senhor numa vocação ordenada. Sobre isso, o Pe. Diogo Fogaça partilha hoje conosco seu testemunho:
“Sou agradecido para com aquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso senhor, que me considerou digno de confiança, tomando-me para o seu serviço” (1 Tm 12).
Olá, este é o lema de ordenação que escolhi para acompanhar minha vida, como uma forma de me educar sempre no serviço da Igreja, assim como o Pe. José Kentenich nos relata nos livros. Sou o Pe. Diogo Fogaça, da Diocese de Itapetininga/SP, natural da cidade de Pilar do Sul/SP; tenho um ano e dez meses de padre e fiz toda minha formação no Seminário Diocesano. Atualmente atuo como vigário e uma das minhas motivações a ser sacerdote é o estar a serviço de anunciar a alegria de servir a Deus no próximo.
Ser padre, para mim, é ser um ‘outro Cristo’ para as pessoas; é saber orientar quando precisarem do amor e do carinho de Deus e ser irmão para poder participar do mesmo sentimento com eles. Assim, me coloco não apenas como um sacerdote, mas como filho, para estar sempre no cuidado de Deus. Pe. Kentenich sempre fala do ser filho, para nos lembrarmos de que, mesmo como padres, sempre precisamos buscar em Deus o refúgio.
Sobretudo, com o meu coração
Sendo um padre jovem de ordenação e sem muita experiência, mas já experimentado a dificuldade do ministério e contemplando as inúmeras alegrias de servir como sacerdote, vejo o quanto temos que buscar uma orientação espiritual para ter uma vida sacerdotal saldável e assim gastar essa vida em favor de muitos que buscam Deus em nós.
Para sermos ‘um outro Cristo’, é necessários ter linhas espirituais que colaborem no desenvolvimento de um bom padre. Nesse sentido, eu me encontrei muito na espiritualidade que Pe. José Kentenich nos comunica com o testemunho de vida, a ser padre chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus. Uma frase que me chama muito a atenção é esta: “Ponho-me inteiramente ao vosso dispor, com tudo o que sou e o que tenho: com o que sei e o que não sei, com todas as minhas capacidades e incapacidades, mas, sobretudo, com o meu coração”. Esta fala do Pe. José me inspira muito a realizar a missão de ser ‘um outro Cristo’, inspira a me dedicar ao chamado de Deus que respondi seguindo minha vocação sacerdotal, sem ter medo dos momentos escuros e da solidão, mas sim clarear a escuridão e ser amigo da solidão para encontrar Deus nela.
Indicadores do amor de Deus
Uma das grandes maravilhas do testemunho deste homem é a intimidade que ele teve com a Mãe de Jesus, fazendo dela sua mãe e nos mostrando que Nossa Senhora é nossa Mãe, como refúgio dos pecadores. A partir do Movimento de Schoenstatt, criado por Pe. José Kentenich, aprendi a me aproximar mais de uma Mãe que me refugia em seu coração e me ensina como devo amar e ser amado pela minha dedicação ao meu próximo. Como padre, preciso saber transmitir o amor de Deus com sabedoria por meio de uma fidelidade à Igreja e amor a Nossa Senhora, para completar a missão que recebi no dia 19 de agosto do ano 2016, pela imposição das mãos de meu bispo, Dom Gorgônio Alves da Encarnação, no dia da minha ordenação. Com essas palavras, gostaria de transmitir a todos o quanto sou feliz e realizado como sacerdote, aquilo que se passa em meu coração e o quanto sou grato pela vida e testemunho do Pe. José Kentenich, que tanto colabora, com seus ensinamentos, em nossa busca constante de nos autoeducar segundo os ensinamentos de Jesus.
Termino pedindo que rezem por mim e por todos os sacerdotes, para que sejamos sempre indicadores do amor de Deus através da intimidade, da simplicidade de Nossa Senhora. Antes de me despedir, quero fazer memória de um padre que, para mim, foi uma ponte para conhecer o Pe. José Kentenich. Lembro-me de um retiro espiritual em Atibaia/SP, no ano de 2012, com o Pe. Ottomar Schneider, no qual ele me disse a seguinte frase: “Minha sorte repousa nas mãos do Senhor”. Esta frase me acompanha todos os dias, para me lembrar de que estou no coração de Deus. Esta frase também remete sempre à figura do Pe. Ottomar, que foi para mim um grande sinal de Deus para a minha vida de sacerdote e sei que ele está lá, diante de Deus, olhando por nós.
Agora, ao me despedir de vocês, meus irmãos, contem com minhas orações e rezem por mim… A bênção de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo desça sobre todos e permaneça! Abraço fraterno, Pe. Diogo Fogaça.
Foto: Pascom Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Porto Feliz/SP