Estamos a caminho de dois jubileus importantes para a Família de Schoenstatt nos próximos dias: em 15 de setembro celebraremos 50 anos de falecimento do Pe. José Kentenich; também, no dia 4 de outubro, recordamos o centenário de morte de José Engling.
Dois ‘Josés’ e um João entre eles. O que há em comum nesse trio? Há uma ligação que transforma a vida de muitas pessoas pelo mundo afora.
Um “João”
A Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt completa hoje, 10 de setembro, 68 anos. Graças ao apostolado do Diác. João Luiz Pozzobon, a Mãe e Rainha chega, do Santuário, até os lares de milhões de pessoas no mundo. Soma-se, nessa conta, a visita da Mãe a muitos asilos, hospitais, escolas, presídios, comércios… (Saiba mais sobre o início da Campanha)
O primeiro “José”
Mas, o início da Campanha tem sua origem em algo muito importante que aconteceu anos antes. Ela surge, em primeiro lugar, pela entrega de vida do Pe. José Kentenich, pela Aliança de Amor. É graças à fundação de Schoenstatt, em 1914, que a Divina Providência percorreu caminhos ousados para levar a MTA aos lares.
Pe. Kentenich foi um Pai para Pozzobon. Há muitos trechos que narram o amor filial que o Diác. João nutria pelo fundador. Assim ele escreveu, quando esperava a chegada do Pe. Kentenich: “Estamos com uma imensa alegria pela chegada do Revmo. Padre José Kentenich, que há tanto tempo esperávamos. Beijando-lhe a mão pela sua chegada, e considerando o que ele é, é a pura verdade que todos devem crer: um santo instrumento enviado por Maria”.
Pozzobon escreveu, certa vez, ao fundador: “Necessito andar sempre junto (ao senhor), ao menos em espírito, porque sua tarefa é pesada – cada dia lhe envio minhas orações pelo bom êxito da mensagem de Schoenstatt, que Maria lhe confiou e entregou em suas mãos”.
Da mesma forma, Pe. Kentenich demonstrava seu carinho por João e acompanhava, com profundo interesse, a Campanha da Mãe Peregrina: “… percebe como, no trabalho do Sr. João Pozzobon, realiza-se, visivelmente, o que dizia Vicente Pallotti: “Ela (a Virgem Maria) é a grande Missionária; Ela fará milagres”.
O Pai e Fundador explicava que o Diác. João levava Nossa Senhora a toda a parte, com a absoluta convicção de que Ela iria manifestar-se onde estivesse presente… Isto era o que Schoenstatt, desde o começo, queria realizar, dizia ele.
O “segundo José”
O segundo José, José Engling, pertence à geração fundadora de Schoenstatt e deu o testemunho de uma vida heroica pela Aliança de Amor (conheça sua história).
No dia da bênção do Santuário Tabor, em Santa Maria/RS, o Pe. Kentenich desafiava os presentes:
“Tudo depende de se encontrar outro José Engling, que se entregue à Mãe de Deus, e se deixe educar inteiramente por Ela. Se for assim, garanto-lhes que a Mãe de Deus e Jesus se estabelecerão aqui, para modelar uma legião de pequenos José Engling. Agora mesmo, deveria perguntar-lhes: Quem quer ser o José Engling da América do Sul?”
Essa pergunta inquietou o Sr. João Pozzobon e despertou nele o desejo de ser e viver como Engling. O “segundo José” deu-lhe uma grande inspiração para a vida de santidade e missão: “Pude compreender que eu, também, tinha que fazer despertar o heroísmo. Não só o cumprimento do dever – todos temos a obrigação de fazê-lo – mas o heroísmo, esse heroísmo total, de entrega”.
Histórias interligadas
A história de dois “Josés” e de um João, nesse caminho jubilar, convida a ter o mesmo heroísmo e convicção. José Engling e João Pozzobon se colocaram como filhos do Pe. Kentenich e, com a ajuda do fundador, cresceram em graça e santidade. Se o Pe. Kentenich pudesse, talvez perguntaria hoje novamente: “Quem quer ser o José Engling da América do Sul? Quem quer ser João Pozzobon? Em resposta, digo-lhes que Nossa Senhora o sabe”.