Como a Mãe de Jesus, cada um de nós é conhecido intimamente por Deus e chamado pelo nome para viver sua missão
Pamella Carvalho – Com o objetivo de valorizar o nome de Maria, como o próprio Jesus nos pediu em diversas situações, a festividade de 12 de setembro incentiva os fiéis a confiarem na poderosa intercessão da Mãe de Deus e nos convida à reflexão da missão de nossos nomes.
A magnitude do nome da Mãe do Salvador é trazida já no momento da saudação do Arcanjo Gabriel: “e o nome da virgem era Maria” (Lc 1, 27); “Não temas Maria, porque achaste graça diante do Senhor” (Lc 1, 30). Não um nome qualquer: “O nome de Maria, que significa Senhora da luz, indica que Deus a encheu de sabedoria e luz, como astros brilhantes, para iluminar os céus e a terra”.
Meu nome é sagrado
Tal como o nome de Maria, o valor de nossos nomes é trazido no Catecismo da Igreja Católica (2158): “O nome de todo homem é sagrado. O nome é a imagem da pessoa. Exige respeito em sinal da dignidade do que o leva”. Junto ao nosso nome, acrescenta-se o de Filhos de Deus. Pensado desde sempre pelo Criador, o evangelista Lucas nos lembra que nossos nomes estão escritos no céu, como sinal de amor e filialidade. “Os nomes de vocês estão escritos nos céus” (Lc 10, 20).
Como fez com Maria, chamou Deus a Samuel (1 Sm 3, 4); a Moisés (Êx 3, 4); aos discípulos, ao Padre Kentenich e a cada um de nós nos concedendo missões. Como cristãos, já adquirimos a de ser seguidores de Cristo, pelo sacramento do Batismo.
Chamei-te pelo nome
“Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Is 43, 1)
Ao dizer que nos chama pelo nome, Jesus quer dizer que nos conhece intimamente: angústias, alegrias, sonhos, faltas e vitórias. Podem existir nomes parecidos com o nosso, mas o sobrenome, o nome de nossa família, nossa personalidade e tudo que somos, tornam-nos únicos e especiais para Deus.
Conhecendo-nos profundamente, dá a cada um de nós uma missão. Particular e inclusivo, Deus nos enxerga por inteiro. Ama as particularidades de cada um igualmente e não se esquece de nenhum de seus filhos.
Como schoenstattianos, nossa missão é viver a Aliança de Amor. Podemos viver uma preparação em grupo, mas nossa conquista e compromisso com Deus são pessoais. A troca de corações é individual. Maria não sela a Aliança com a massa, mas com filhos escolhidos para viver Schoenstatt. Dessa forma, nossa contribuição é intransferível. Eu selei uma Aliança, eu colaboro, eu encho a talha do Capital de Graças. Por meio de nossa Aliança de Amor, cada um adquire um autoconhecimento que o leva ao seu Ideal Pessoal. Ele está intimamente ligado ao seu nome, pois este carrega sua missão.
José Kentenich: Um nome e uma grande missão
Com o Fundador de nossa Obra, Pe. José Kentenich, não foi diferente. A missão cedida por Deus: Construir um novo reino, dedicado a Maria, servindo a Igreja. Desde cedo o pequeno Pedro José entregou sua vida aos cuidados da Mater e tinha convicção de seu chamado. Prontamente, acolheu a vontade do bondoso Pai e dedicou sua vida à construção da Obra Internacional de Schoenstatt. Uma grande Família, unida por um mesmo ideal, donos de personalidades firmes, livres, apostólicas e convictas de sua entrega pessoal.
Todos esses exemplos reforçam a beleza da Festividade deste dia. Que sigamos conscientes da importante missão desempenhada por Maria e saibamos compreender qual a missão que Deus deu a cada um de nós.