Rumo ao jubileu de ouro, recordemos um fato importante na história do Pe. Kentenich
Leonardo Rodrigues – Em 13 de setembro de 1965, Pe. José Kentenich recebia um misterioso telegrama que pedia o seu retorno imediato a Roma. Tal comunicado causou alvoroço, pois essa mensagem não partiu dos Palotinos, tampouco os filhos de Schoenstatt desobedeceriam uma ordem da Igreja. Assim, abriu-se o processo para a derrubada do exílio do fundador, depois de 14 anos em Miwalkee/EUA (1951 – 1965).
14 anos de confiança
Durante o tempo que Pe. Kentenich ficou exilado, a calma em seu coração e a confiança na Mãe de Deus se faziam presentes a todo o momento. Será que nós teríamos tal paz interior e tamanha fé para suportar as adversidades que a vida nos impõe? Essa pergunta retórica nos leva ao exemplo de nosso Fundador que, nos momentos de angústia, manteve a serenidade, crendo que tudo iria ser conforme os planos de Deus. Vemos nele uma figura serena e com seu coração em paz, pois sabia que Maria cuidaria perfeitamente de tudo, conduzindo toda e qualquer situação em um caminho com propósitos.
Ele amou a Igreja, a Obra e a Família – Dilexit ecclesiam et laboris et familiae
Por que o Pe. Kentenich aceitou, de bom grado, essas provações que Deus pôs em seu caminho? Por que a serenidade estava presente eu seu ser constantemente? A resposta cabe em uma palavra de quatro letras, mas que abrange um mundo inteiro: AMOR. Amor a Deus, à Mãe de Deus. Amor à sua Obra e a toda Família que se formou. E este amor, em todo momento, é recíproco por parte da Mãe Três Vezes Admirável. Tanto que, de forma misteriosa, um telegrama o leva a Roma, mudando toda a história da Obra de Schoenstatt, abrindo os “olhos” da Igreja para um mundo novo que aquele belo lugar queria construir, com homens novos de personalidades fortes.
Telefone do Pai: instrumento da Mãe de Deus
Muitas vezes ‘tiramos’ um “Telefone do Pai” (uma frase do Pe. Kentenich), seja ele fisicamente ou virtualmente, e vemos uma mensagem que, de alguma forma, se encaixa em nossa vida. Isso se deve ao grande amor a Deus que o transformou em profeta. Profeta este que, mesmo nos dias atuais, nos surpreende com sua forma de pensar, com seu “jeito Homem Novo” de agir. Este é o nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich.
Um convite diário
Façamos um paralelo do Telefone do Pai com o telegrama recebido durante seu exílio.
A forma de que a mensagem é transmitida a nós é a mesma daquela enviada a Miwalkee. Não podemos explicar como Deus age. A nossa filialidade com Maria estreita nosso contato com Deus. Ela utilizou-se do Pe. Kentenich como seu instrumento aqui na Terra. Ele, Pe. Kentenich, com todo seu amor filial, disse seu sim pela Aliança de Amor. Tudo o que ele construiu aqui na terra, deixou como legado para seus filhos. Intercedendo sobre nós constantemente. Nós nos atentemos aos chamados do Pai, que todos os dias se faz presente em nossas vidas. Dêmos o nosso ‘sim’ diariamente à Aliança de Amor, aos planos que vêm dos céus.