Tempo de preparar um lugar bem quentinho para o Menino Jesus
Sueli Vilarinho – Eis que chega o primeiro domingo de Advento e, neste tempo litúrgico, somos convidados a modificar nosso coração como forma de acolher a Cristo que volta no Natal. Acolhê-lo em cada momento, por mais simples que seja, abrindo o coração para sua chegada.
É tempo de preparar o coração sem medo, com verdadeira abertura aos planos de Deus. Em tempos de barulho, inquietações, precisamos parar um minuto e valorizar que a íntima conversão é pedida, pela palavra de amor a Deus, no silêncio e recolhimento interior.
“Deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim” (1Ts 3,12)
Será o início de nossa conversão de Advento a leitura da Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, que se alegra com a vinda do Senhor e da fé faz brotar a verdadeira felicidade?
Preparar a manjedoura do coração
Em nossa vida de cristãos, a tradição de rezar e catequizar deve passar pela família. Este é um bom momento para estimular que a família se renove na espera de Jesus, que volta pequenino na manjedoura.
Um bom exemplo de “catequese na família” nos dá a Sra. Maria Masuth, mãe de José Engling. Sempre que ela contava aos filhos como seria o nascimento de Jesus, “o seu olhar se enchia de ternura, a voz amaciava-se, sua linguagem tornava-se poética e sugestiva. Lembrava o frio da noite, o escuro da gruta abandonada, as palhas de manjedoura, o sofrimento da mãe por não poder agasalhar melhor o filho recém-nascido”.
Essa história era tão impressionante para o pequeno José Engling que ele não se conteve: “Pois eu dou a minha cama para o menino Jesus”.
A mãe então lhe explicou: “A melhor cama que você pode oferecer ao menino Jesus é o seu coração, contanto que o mantenha sempre limpo dos pecados”. [1]
Que neste caminho do Advento possamos limpar o coração, envolvidos nas palavras bíblicas deste primeiro domingo do Advento: “Confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos”. (1Ts 3,4,2)
[1] Herói de duas espadas, pág. 8-9.