Um tempo de grande alegria espiritual, um tempo de graças.
Karen Bueno – O Tempo Pascal, na liturgia da Igreja, é formado pelos 50 dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes. É um período de alegria e de exultação, como se fosse um único dia de festa, ou seja, esses cinquenta dias são como “um grande domingo”. Por isso diz-se que são “dias de Páscoa” e não “dias após a Páscoa”.
Já os oito primeiros dias desse tempo são chamados de Oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor, segundo as Normas sobre o Ano Litúrgico e o Calendário (n. 24). Isso ocorre porque a Igreja compreende a ressurreição como uma celebração tão importante que um dia apenas é muito pouco para celebrá-la, por isso estende a festa – e com isso suas graças – por oito dias.
“A Páscoa não é simplesmente uma festa entre outras: é a festa das festas, solenidade das solenidades”, diz o Catecismo da Igreja Católica (1169).
A solenidade da Ascensão do Senhor é celebrada no Brasil no sétimo domingo da Páscoa. A semana seguinte, até Pentecostes, caracteriza-se pela preparação à celebração da vinda do Espírito Santo. Em sintonia com as outras Igrejas cristãs, no Brasil se realiza nessa ocasião a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”. Recomendam-se para a ocasião orações durante a Missa, sobretudo na oração dos fiéis, e oportunamente a celebração da Missa votiva pela unidade da Igreja (cf. Diretório Ecumênico, n. 22 e 24).
Isso significa que ainda é Páscoa, tempo de alegria, de gratidão, de sair ao mundo – como os primeiros cristãos – anunciando que Jesus ressuscitou: “Alegremo-nos, pois o sepulcro está vazio! Jesus ressuscitou dos mortos! Que Cristo ressurja ainda mais, viva mais ainda quando for retirada a dura e grande pedra de nosso coração, a pedra da história do mundo!” (Pe. José Kentenich, 1939).
Fonte de pesquisa: Diretório Litúrgico Pastoral 2016 da Arquidiocese Militar do Brasil.