122 anos da Primeira comunhão do Pe. José Kentenich
Ir. M. Márcia Silva – Jesus “é o centro do meu coração e a Ele me uno totalmente” [1], afirma o Pe. José Kentenich ao falar da importância da intimidade com Cristo, que para ele se tornou mais intensa a partir de sua primeira comunhão, 25 de abril de 1897. Nesse dia o menino José, com 12 anos, revela a sua mãe, Catarina Kentenich, o desejo de se tornar sacerdote.
Ele reconhece a importância da sagrada comunhão e afirma: “Devemos tornar-nos ‘filhos da Eucaristia’, amantes apaixonados da sagrada Eucaristia. Esta é a raiz. Quanto mais forte for a raiz, quanto mais procurarmos a união com Cristo, como ela se apresenta vivamente na liturgia, tanto mais poderemos e deveremos esperar que Cristo realmente assumirá forma e vida em nós” [2].
“Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” [3]
Em Cristo somos filhos de Deus, chamados a viver a santidade. Pe. José Kentenich aponta a participação na eucaristia como um caminho para a vida eterna: “Quem comer deste pão, assim diz Jesus com toda a clareza, viverá para sempre. O pão que eu hei de dar é minha carne para a vida do mundo (cf. Jo 6,51). O Grande mistério: Ele promete sua carne, seu corpo e sangue; Ele promete, devemos comê-lo, devemos saboreá-lo para termos a vida” e explica “Que vida se entende aqui? É a vida do Filho de Deus em nós. Evidentemente, a comida que deveríamos saborear tantas vezes quanto for possível para não morrermos é a Sagrada Eucaristia” [4]. Na sagrada eucaristia “nós somos assimilados, identificados e inseridos na vida de Jesus” [5]
A espiritualidade de Schoenstatt mostra Maria em íntima união com o Jesus. Em diversas ocasiões o Pe. José Kentenich fala de Maria como aquela que é formada por Cristo e que forma Cristo nas almas. Assim ele explica: “Não podem imaginar um ser criado que tenha amado a Jesus de forma tão ardente como Nossa Senhora. Por isso, o meu amor a Maria deve ser, acima de tudo, ligado a Cristo, em intimidade com Cristo e arrebatado por Cristo. E, se o meu amor a Maria não for assim, nele falta algo” [6]
Maria, caminho que nos leva a Cristo
Schoenstatt é um Movimento mariano, porém, o Pe. José Kentenich deixa bem claro que Maria não é a meta de nossa atuação, mas o caminho pelo qual somos chamados a revelar ao mundo os traços de Jesus. “A Mãe de Deus deve ajudar-nos com sua intercessão para podermos imprimir ao mundo o rosto de Cristo” e continua “Per Mariam, cum Maria et pro Maria (por Maria, com Maria e para Maria). Ela representa o início; a meta é e permanece a configuração do mundo em Cristo, para a glória do Pai” [7].
Para refletir:
Qual a importância da eucaristia na minha vida?
Como recebo a comunhão na Santa Missa? Este encontro com Jesus me alimenta e fortalece?
Visito a Jesus no Tabernáculo? Que devemos fazer para tornar nossa vida mais eucarística?
Referências:
[1] KENTENICH, José. Cristo Minha vida. Santa Maria/RS: editora Pallotti. Maio/1997
[2] idem
[3] Gal 2,20
[4] KENTENICH, José. Cristo Minha vida. Santa Maria/RS: editora Pallotti. Maio/1997
[5] idem
[6] ibidem
[7] Wolf, Pedro. Chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus: Textos escolhidos do Pe. José Kentenich sobre o sacerdócio. Santa Maria/RS: Sociedade Mãe e Rainha. 2009