Nossa Senhora de Nazaré é conhecida, desde Belém/PA, como a “Rainha da Amazônia”. Nessa terra mariana por natureza, a devoção à Mãe Três Vezes Admirável encontrou um solo fecundo nos corações de milhares de homens que se juntam para rezar o Terço.
A devoção mariana dos homens no norte do Brasil
Antonio Fiock – Belém do Pará é cidade mariana por excelência. Aqui nasceu, em outubro de 1700 (época do encontro da imagem), a grande devoção a Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, como Mãe de todos nós! Desde aí essa grande mestra vem demonstrando ter forte capacidade intercessora junto ao seu filho Jesus; ao ponto de atrair para si milhares de peregrinos que adentram seu santuário todos os dias do ano e durante o dia todo, culminando na festa do Cirio em outubro.
Essa imensa porta devocional abre, assim, os corações dos paraenses para acolher outros carismas marianos. A experiência da recitação do Terço por Homens na Amazônia e, precisamente, por Belém do Pará, encontra, portanto, ambiente sensível e propício, proporcionado pela devoção à Rainha da Amazônia!
Como começou
Foi da cidade maranhense de São Luís que veio a inspiração para iniciar a reza do terço pela devoção à Mãe de Schoenstatt. Depois de relatar a descoberta desse grupo ao então reitor do Santuário Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, Pe. José Ramos Mercês, obtive dele o estímulo para a organização do Terço dos Homens na Comunidade de São José.
Ora, estávamos nós no santuário da Rainha da Amazônia e aquele incentivo nos passou o sentimento do que significava o verdadeiro propósito de unidade da Igreja Católica Apostólica romana: a Senhora Mãe de Schoenstatt era a mesma de Nazaré e de tantas outras santas Marias!
Assim, naquela modesta comunidade, 12 homens começaram essa caminhada missionária que já dura 13 anos.
De 12 para 7.000
Com o aval de nossa arquidiocese, na pessoa do então arcebispo Dom Orani Tempesta e hoje apoiado pelo atual arcebispo, Dom Alberto Taveira, o THMR pulou de 12 para um número próximo a 7 mil homens participativos, em cerca de 120 grupos apenas nas 8 regiões episcopais dessa Arquidiocese de Belém.
O entendimento do poder da oração, do progresso espiritual e da capacidade de transformar e criar homens novos, encorajou-os a avançar de sua igreja doméstica para as obras missionárias e de serviços sociais, que passam, de modo organizado, por comunidades urbanas e ribeirinhas (ilhas).
Em Belém, hoje, há diversas ações coordenadas pelo THMR, como a celebração do Dia Municipal de Mãe e Rainha, o Terço Ecológico, mobilização para doação de sangue, além de encontros, imersões, vigílias, carreatas e outros eventos. Tudo isso passou a ser iniciativa desses homens que compreenderam e se moldaram no exemplo e na “santidade” do Pe. José Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt. Aquela Aliança de Amor com Nossa Senhora deu os frutos que Kentenich esperava, premiando suas dores e sacrifícios.
Em nosso ambiente tropical, afirmo, por fim, que essa Mãe e Educadora encontra discípulos comprometidos em “dar a volta por cima” e levar a todos a imagem de Jesus Cristo, pelo bom exemplo de seus alunos!